sábado, 20 de agosto de 2016

Brasil desperdiça 40 mil toneladas de alimento

Essa perda e desperdício de alimentos têm diversas implicações.

No Brasil, diariamente, são desperdiçados 40 mil toneladas de alimentos, segundo Viviane Romeiro, coordenadora de Mudanças Climáticas do World Resoures Institute (WRJ) Brasil, uma instituição de pesquisa internacional. Isso coloca o Brasil, segundo ela, entre os dez países que mais perdem e desperdiçam alimentos no mundo. Viviane participou do Sustainable Food Summit da América Latina, evento promovido pela Rede Save Food Brasil, no último dia 30 de julho, em São Paulo, e que discutiu a perda e o desperdício com alimentos em todo o mundo.

“O Brasil está entre os dez principais países que mais perdem e desperdiçam alimento. Estamos falando da cadeia de perda e de desperdício. Perda que tem a ver com a colheita, a pós-colheita, com a distribuição e o desperdício que já vem no final da cadeia, que é no varejo, no supermercado e com o hábito do consumidor”, disse Viviane.

Essa perda e desperdício de alimentos têm diversas implicações. Uma delas é com relação à segurança alimentar. “Hoje temos aproximadamente 7 bilhões de pessoas {no mundo} e a estimativa é que, em 2050, seremos 9 bilhões. Enquanto isso, aproximadamente 1 bilhão de pessoas não tem acesso adequado e sofre com desnutrição e falta de alimento. Então, primeiramente, essa é uma questão de segurança alimentar”, disse.

Segundo Allan Boujanic, representante da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação  (FAO) no Brasil, cerca de 30% de tudo o que é produzido no mundo é desperdiçado e perdido antes de chegar à mesa do consumidor. Isso provoca, segundo a FAO, um prejuízo econômico estimado em US$ 940 bilhões por ano, o que corresponde a cerca de R$ 3 trilhões.

PROBLEMAS AMBIENTAIS
Outras implicações, segundo Viviane, dizem respeito ao aspecto econômico e ambiental. “É um assunto que envolve uma questão social e de segurança alimentar, de impacto econômico, mas também de impactos ambientais e destacamos essencialmente a perda da biodiversidade, impactos na biodiversidade, impactos no uso do solo, da questão da água, da escassez da água, e também a questão do clima, das emissões de carbono”, disse.

Sobre a questão ambiental, Viviane disse que, se essa perda mundial com os alimentos fosse um país, ela seria o terceiro maior país do mundo por emissão de gás de efeito estufa, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos.


Fonte: Agência Brasil


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