segunda-feira, 1 de agosto de 2016

AMEAÇA - Sem licença, aumento da cota de Santo Antônio pode causar um nova "tragédia" como em Mariana

Rio Madeira / Condenado

O aumento da geração de energia produzida pela UHE Santo Antônio retornou ao debate após a publicação de um edital que define a realização de uma audiência pública que tratará sobre o Projeto Básico Complementar Alternativo (PBCA) do consórcio responsável pela hidrelétrica.

Aí está as Malditas Usinas
Nesse projeto o consórcio alega a necessidade da elevação da cota do lago da usina de 70,5 para 71,3 potencializando a sua produção e aumentando seus lucros. O Edital contendo o projeto foi homologado pelo IBAMA, que deu 45 dias para a realização da audiência, a partir da data de publicação do documento.

Acontece que esse projeto é alvo de duras criticas de moradores da região afetada e representantes de entidades públicas. Eles alegam que o consórcio responsável pela usina não resolveu sequer os problemas dos atuais atingidos e por esse motivo certamente não atenderá as novas comunidades que sofrerão com o aumento do lago.

Projetada inicialmente para 70 metros, os construtores do lago da UHE Santo Antônio conseguiram autorização da ANELL (Agência Nacional de Energia Elétrica) para chegar à 71,30 metros.

Com esse nível, o consórcio construtor pode colocar para funcionar seis turbinas que irão gerar energia para os estados de Acre e Rondônia. As turbinas já estão inclusive em fase de teste e precisam apenas da licença ambiental do IBAMA para colocar a proposta em execução.

Antes de conceder o aumento da cota, no ano de 2012, a ANATEL chegou a determinar que o consórcio reduzisse o nível do lago para 68.50 metros. A medida havia sido criada para evitar possíveis acidentes relacionados à obra, porém pouco tempo depois ela foi revogada.

ELEVANDO RESERVATÓRIO
Assim como aconteceu em Mariana no estado de Minas Gerais com rompimento de uma barragem, aumento de cotas em reservatórios que alterem o projeto inicial devem ser tratados com o máximo de cuidado, pois o perigo de tragédias é iminente.

Após a tragédia de Mariana, o MPF (Ministério Público Federal) solicitou ao consórcio Santo Antônio a apresentação de toda documentação de regulamentação de segurança além de emitir recomendação à para divulgação de seu plano de segurança de barragem da usina.

O MPF alega que assim com a usina de Mariana, a usina de Santo Antônio não realizou laudos de impostos de impactos ambientais novos que garantam a alteração do projeto inicial como o aumento da cota.

A elevação vem sendo alvo de questionamentos de órgõas como CREA/RO (Conbselho Regional de Engenharia de Rondônia) e o SENGUE/RO (Sindicato dos Engenheiros do Estado).

De amplo interesse público, a audiência vem sendo divulgada de maneira anêmica, pequenas faixas em vias expressas, pequenas faixas em vias expressas, pequenos cartazes em supermercados e um banner na página eletrônica do consórcio convidam a população de Porto Velho para o debate da obra.

Porém, a apática publicidade acaba deixando milhares de pessoas que tem interesse direto no debate de fora das decisões, fator que favorece a liberação de um laudo sem a ampla participação da sociedade, como é previsto em lei.

Em nota, a Santo Antônio Energia afirmou que a partir desta quinta-feira (28;7) dará início à uma ampla divulgação através de emissoras de rádios, TV, carros de som, cartazes, faixas, entre outros meios.

Fonte: Jornal A Gazeta de Rondônia.

COMENTÁRIO DO BLOG; Malditas Usinas para Porto Velho. Destruição por completo da floresta, destruição do Rio Madeira. Os frutos dos lucro estão sendo canalizados para outras regiões do Brasil. Sempre este escriba vai afirmar: Malditas Usinas.




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