O que houve de melhor e de pior neste ano que já está terminando? Foi termos perdido a Copa e de forma tão vergonhosa, com os 7x1 para a Alemanha, o que de pior nos aconteceu? Ou, por outro lado, o sucesso da festa, a qualidade dos estádios e o fato de tudo ter corrido de forma tão positiva, é que deve ser destacado? Devemos comemorar as conclusões da Comissão da Verdade, que esclareceu crimes de meio século atrás ou devemos protestar pelo enorme retrocesso nas questões da segurança pública, com o crime dominando todas as regiões do país e a impunidade grassando como nunca? Devemos comemorar o crescimento do agronegócio, setor que se tornou vital para a economia brasileira, como o que de melhor aconteceu na economia do país ou, ainda, lamentar o índice de crescimento do PIB, que não chegará a mais que 0,10 por cento neste ano? O melhor foi termos tirado milhões de brasileiros da linha da miséria e o pior foi a volta da inflação, que pode corroer salários, causar desemprego e destruir o que construímos com tanto sacrifício?
As opções são imensas e as respostas também. Ainda não sabemos se a reeleição da presidente Dilma Rousseff, para o Brasil e de Confúcio Moura, em nível local, poderão ser considerados fatos positivos ou negativos, porque só o futuro é que vai responder. E o Congresso? Melhorou ou piorou? O que sabemos, com certeza, que foi positivo o crescimento da economia de Rondônia, bem acima da pífia média nacional.. O conjunto de fatos negativos foi a sucessão de operações da Polícia Federal e Ministério Público em nosso Estado, junto com polícia estadual, envolvendo inúmeras autoridades rondonienses e graves denúncias de desvio de dinheiro público. O ano foi pesadíssimo. No balanço final, temos mais a comemorar ou lamentar? Que cada um dê sua resposta!
SOLUÇÃO RÁPIDA - O novo chefe da Casa Civil, Emerson Castro, já disse a que veio. Depois de uma passagem bem sucedida na Educação, onde teve várias conquistas e um relacionamento com a classe dos professores sem qualquer conflito, o que é raro para um secretário da área, ele vem marcando presença em decisões importantes. A solução dada à crise do Hospital das Irmãs Marcelinas, é apenas uma prova da ação positiva do novo titular da Casa Civil. Em uma hora e meia, ele ajudou a resolver uma situação que se arrastava há quatro anos, quando o Hospital chegou a ameaçar de fechar suas portas.
NÃO É TROUXA - Claro que a nova função, a forma objetiva como resolve as coisas; a prática de colocar sempre o Governador à frente, como responsável pelas soluções dos problemas; o fato de não ser do tipo de entrar em confronto por qualquer coisa, coloca Emerson Castro na alça de mira dos que não aceitam dividir o poder. Já tem gente, dentro do próprio PMDB, querendo indicar outros nomes para a Casa Civil. Confúcio Moura, que não é trouxa, faz de conta que não ouve. A pressão, ao menos até agora, tem passado ao largo. Emerson está cada vez mais sólido no posto.
PERIGO NA BELMONT - No feriado de Natal, a Estrada do Belmont, sempre muito movimentada, já que liga a avenida Lauro Sodré ao bairro Nacional, foi totalmente interditada. Um trecho desmoronou, deixando pelo menos 10 famílias desabrigadas e causando grandes prejuízos, além de inúmeros riscos a moradores e veículos que por ali passam. Um igarapé se transformou num local muito perigoso, porque engoliu parte do asfalto e ameaça continuar destruindo a Belmont. A Prefeitura ainda não anunciou como vai resolver o problema.
ATRAÇÃO PERIGOSA - Atravessar a ponte sobre o rio Madeira, na altura do bairro da Balsa, na BR 319, se tornou até atração de final de semana para muitos motoristas. Agora, a região, além da ponte, tem também outra atração, só que nefasta. Quem quiser ver como o rio Madeira está sendo poluido por pesadas doses de mercúrio, vai para olhar as balsas e dragas, que a cada dia são em maior número. É que o garimpo ilegal voltou com tudo ao Madeira. Sob os olhares complacentes das autoridades. Ao menos até agora...
"NEGÓCIOS" POLÍTICOS - A presidente Dilma deve anunciar mais nomes para seu ministério, um dos maiores do mundo (são 39 ao todo), até o início de 2015. Com algumas exceções, como os nomes de Cid Gomes da Educação e Joaquim Levy, da Fazenda, a grande maioria só interessa aos partidos da base de apoio, que fazem pressão para cuidarem de áreas onde possam usufruir de dinheiro público, infelizmente nem sempre em benefício do povo. As negociações políticas correm o risco de se transformarem em negociata. Nisso, o Brasil não muda!
DOENÇA NACIONAL - No norte é o inverno amazônico que traz inundações e causa prejuízos imensos neste época do ano. Já no sul e sudeste, são os temporais de verão. Há décadas que se vê as mesmas cenas. Por aqui, a gente reclama muito e com razão, porque as soluções nunca aparecem. No restante do país, também. Com exceção de uma ou outra obra paliativa, gaúchos, catarinenses, paulistas e cariocas, principalmente, sofrem tanto quanto os moradores da regiões amazônica. Não resolver problemas é uma doença nacional...
PERGUNTINHA - No último domingo de 2014, dá para se aproveitar o descanso para uma reflexão positiva sobre o ano que passou ou devemos concluir que ele já vai tarde?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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