Rondônia, que já se destaca atualmente com a produção de grãos e pecuária de corte e leite, deverá se tornar também, nos próximos anos, em um dos maiores produtores de castanha-do-brasil e, consequentemente, de madeira com qualidade superior à do eucalipto, hoje a da maior demanda. Isso será possível com a implementação do projeto, de iniciativa do governador Confúcio Moura, que prevê o plantio de cinco milhões de mudas em todo o Estado, começando por um núcleo experimental com 25 mil plantas na Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), em Porto Velho.
Em visita ao núcleo da Sedam na quarta-feira (17), acompanhado do novo sub-chefe da Casa Civil, Vitorino Cherque, e do novo titular da Sedam, tenente-coronel PM Vilson de Salles Machado, o governador foi informado pelo adjunto da Sedam, Francisco de Sales Oliveira, sobre o andamento do plantio. Segundo Sales, apesar de a maior cheia do rio Madeira registrada neste ano ter prejudicado a germinação de mais de 80% das sementes, as mudas não atingidas pela alagação já estão sendo distribuídas aos produtores e viveiristas interessados.
Mais sementes
De acordo com Francisco de Sales, inicialmente foram adquiridas, via licitação, 18 mil quilos de castanha da Reserva Extrativista Rio Cautário. Para atingir a meta dos cinco milhões de mudas estipulada pelo governador, Sales disse que são necessárias mais sementes, e que contatos estão sendo feitos com viveiros públicos e produtores para a expansão do plantio a todo o Estado. A expectativa é que de 10 a 15 anos Rondônia se torne o maior produtor do país. Além de a castanha-do-brasil ter a madeira melhor que o eucalipto, o adjunto da Sedam apontou como outra vantagem o fato de ser uma planta nativa do bioma amazônico, o que favorece o avanço dessa cultura.
Por considerar a importância do setor florestal para o fornecimento de energia e matéria-prima à indústria da construção civil e de transformação, ainda na visita o governador Confúcio sugeriu que seja incentivada a expansão do plantio para a Colônia Penal Ênio Pinheiro, em Porto Velho, com o plantio de um milhão de mudas, utilizando a mão de obra dos reeducando, e também para Ariquemes.
Fonte: Jornal Alto Madeira
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