segunda-feira, 22 de setembro de 2014

O resgate de escutar a sabedoria dos anciões

A convivência entre gerações tanto pode ser benéfica como danosa. No que toca ao idoso, por conta da convivência benéfica, certo é que o acolhimento e o afago fortalecem as relações inter-pessoais; já a danosa, no sentido de que a falta de escuta o relega à classe dos excluídos.

Contudo, a metáfora de olhar pelo espelho retrovisor do carro, algumas vezes, é importante para não desprezar o passado, a fim de propiciar o resgate de escutar a sabedoria dos anciões, bem retratada nas civilizações antigas que nos ensinam a convier com aqueles que estão na idade mais avançada e respeitá-los. Diz-se isso porque, trazendo a realidade atual, a procura pelos "conselhos de anciões" é a mola propulsora para darmos um enfoque prospectivo aos sentimentos de medo, angústia, afeto etc, a fim de que se possa tratar  de forma adequada as situações de difíceis tomadas de decisão por pessoas mais jovens. Para tanto precisamos entender que a falta de maturidade a situação específicas não é um fim em si mesma, mas, sim, um meio para se chegar a um conhecimento diferente. Paulo Freire ensina que não há saber mais ou menos: há saberes diferentes. Certo que é  o percurso da vida tem como ser suavizado diante da promoção da escuta às pessoas de mais idade, simplesmente porque trazem consigo uma bagagem de conhecimento ímpar.

Já é hora de a sociedade promover discussões tendo como objetivo analisar as questões a que os idosos estão expostos. A propósito, foi publicada a lei nº 14.560 que instituiu o mês de outubro como "mês de proteção" no sentido de que sejam promovidas discussões a respeito não só do idoso, mas, também, que en volvam criança/adolescente.

Enxergar que a convivência com idoso reserva-se ao âmbito familiar é uma visão reducionista Ao contrário, a convivência ampliada ajuda no resgate de escutar a sabedoria dos anciões para o efeito de encaminhá-lo à inclusão social. Que sejam promovidos muitos eventos no mês de proteção dos meus, dos teus, dos  nossos idosos!

Fonte: Claudia Barbedo - Advogada, Professora Universitária / COLABORES OPINAM - Jornal Alto Madeira

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