segunda-feira, 17 de outubro de 2011

OS EFEITOS DA CORRUPÇÃO

Para se ter uma idéia dos efeitos da corrupção basta verificar que, no período entre 1990 e 2008, a média do PIB per capita do País era de US$ 7.954.  Porém, um estudo constatou que se o Brasil estivesse entre os países menos corruptos este valor subiria para US$ 9.184, um aumento de 15,5% na média do período, equivalente a 1.36% ao ano.   O levantamento também traz simulações de quanto a União poderia investir, em diversas áreas econômicas e sociais, caso a corrupção fosse menos elevada. Veja abaixo o quanto  a corrupção consome no Brasil.
Educação - O número de matriculados na rede pública de ensin o fundamental subiria de 34,5 milhões, para 51 milhões de alunos.  Um aumento de 47%, ou seja, a inclusão de mais de 16 mulhões de jovnes e crianças.
Saúde - Nos hospitais públicos do SUS, a quantidade de leitos para internação que é de 367.397, cresceria 89%, isto é, 327.012 leitos a mais.
Habitação - O número de moradias populares previstas PAC para atender 3.960.000 de famílias: sem a corrupção, alcançaria mais 2.940.371 famílias, ou seja, aumentaria 74.3%.
Saneamento - A quantidade de domicilios atendidos, segundo a estimativa do PAC, é de 22.500.00.  O serviço cresceria 103,8%, somando mais 23.347.547 casas com esgostos.
Infraestrutura - Aos 2.518 km de ferrovias, que são as metas do PAC, poderiam ser acrescidos de 13.230 km, um aumento de 525%. Os portos também sentiram uma notável diferença, aos 12 que o País possui saltariam para 184, um incremento de 1537%.  Além disto, os recursos sem a corrupção poderiam ser utilizados para construir mais 277 novos aeroportos, um crescimento de 1383%



         Falta de Justiça

A corrupção, apesar de negada e pouco combatida, porém, é visível para todos os brasileiros.  E se alastra por todos os setores conforme a corregedora nascional de Justiça, ministra Eliana Calmon, que sem mede de enfrentar a corrupção, mostrou uma altivez impressionante ao criticar o lamentável e exercrável corporativismo do Judiciário brasileiro.  Até mesmo quando instalada a se desculpar foi incisiva: "Eu não tenho que me desculpar, Estão dizendo que ofendi a magistratura, que ofendi todos os juízes do ´país.  Eu não fiz isso de maneira nenhuma.  Eu quero é proteger a magistratura dos bandidos infiltrados".  E a ministra tem toda a razão. Durante anos, ninguém tomou conta dos juízes.  Muito pouco, ou nada, se fiscalizou.  E até mesmo lá a corrupção começa por baixo. Não se fala por medo, mas, não é incomum um desembargador corrupto usar o um juiz de primeira instãncia como meio para suas ações.  Ele telefona para o juiz e pede uma liminar, um habeas corpus ou uma sentença.  Os juizes que se sujeitam a isto são candidatos naturais a futuras promoções.  Os que se negam a fazer este tipo de coisa, os corretos, ficam parados no tempo - é o que se diz, em termos nacionais - sobre o comportamento de uma série de magistrados.  Ou seja, as promoções não acontecem por mérito, mas, por troca de interesses e asim os piores magistrados terminam sendo os mais louvados.  O ignorantre, o despreparado, não cria problema com ninguém porque sabe que num embate leva a pior e, o pior, é que são estes, hoje, os com maior chance de chegar ao topo do Judiciário.  E como as nomeações são feitas, nos tribunais superiores, pelo  presidente da Republica fica evidente que o braço político se infiltra no Poder Judiciário.  A verdade é que exite uma relação de subservência da Justiça ao mundo da política e, para ascender na carreira, o juiz precisa dos políticos.  Nos tribunais superiores, o critério é única  e exclusivamente político.  O resultado mais horroroso disto tudo é que a Justiça não tem independência.  Basta verificar que, dificilmente, defende o direito do cidadão contra os  interesses do Estado.
Os tribunais estão atolados de processos contra a União, Estados e Munciípios em que os direitos  das empresas e cidadãos são violados, porém, a Justiça sempre protela ou dá sentenças que levam em conta dos interesses do Estado e não a lei  o que acaba por gerar  a sensação de que a lei só vale para os poderosos ou os que poderm pagar.  A falta de respeito aos direitos, a falta de uma justiça boa e rápida também é um forte incentivo à impunidade e  à corrupção.

Fonte: Agência Estado.
            



    

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