Para se ter uma idéia dos efeitos da corrupção basta verificar que, no período entre 1990 e 2008, a média do PIB per capita do País era de US$ 7.954. Porém, um estudo constatou que se o Brasil estivesse entre os países menos corruptos este valor subiria para US$ 9.184, um aumento de 15,5% na média do período, equivalente a 1.36% ao ano. O levantamento também traz simulações de quanto a União poderia investir, em diversas áreas econômicas e sociais, caso a corrupção fosse menos elevada. Veja abaixo o quanto a corrupção consome no Brasil.
Educação - O número de matriculados na rede pública de ensin o fundamental subiria de 34,5 milhões, para 51 milhões de alunos. Um aumento de 47%, ou seja, a inclusão de mais de 16 mulhões de jovnes e crianças.
Saúde - Nos hospitais públicos do SUS, a quantidade de leitos para internação que é de 367.397, cresceria 89%, isto é, 327.012 leitos a mais.
Habitação - O número de moradias populares previstas PAC para atender 3.960.000 de famílias: sem a corrupção, alcançaria mais 2.940.371 famílias, ou seja, aumentaria 74.3%.
Saneamento - A quantidade de domicilios atendidos, segundo a estimativa do PAC, é de 22.500.00. O serviço cresceria 103,8%, somando mais 23.347.547 casas com esgostos.
Infraestrutura - Aos 2.518 km de ferrovias, que são as metas do PAC, poderiam ser acrescidos de 13.230 km, um aumento de 525%. Os portos também sentiram uma notável diferença, aos 12 que o País possui saltariam para 184, um incremento de 1537%. Além disto, os recursos sem a corrupção poderiam ser utilizados para construir mais 277 novos aeroportos, um crescimento de 1383%
Falta de Justiça
A corrupção, apesar de negada e pouco combatida, porém, é visível para todos os brasileiros. E se alastra por todos os setores conforme a corregedora nascional de Justiça, ministra Eliana Calmon, que sem mede de enfrentar a corrupção, mostrou uma altivez impressionante ao criticar o lamentável e exercrável corporativismo do Judiciário brasileiro. Até mesmo quando instalada a se desculpar foi incisiva: "Eu não tenho que me desculpar, Estão dizendo que ofendi a magistratura, que ofendi todos os juízes do ´país. Eu não fiz isso de maneira nenhuma. Eu quero é proteger a magistratura dos bandidos infiltrados". E a ministra tem toda a razão. Durante anos, ninguém tomou conta dos juízes. Muito pouco, ou nada, se fiscalizou. E até mesmo lá a corrupção começa por baixo. Não se fala por medo, mas, não é incomum um desembargador corrupto usar o um juiz de primeira instãncia como meio para suas ações. Ele telefona para o juiz e pede uma liminar, um habeas corpus ou uma sentença. Os juizes que se sujeitam a isto são candidatos naturais a futuras promoções. Os que se negam a fazer este tipo de coisa, os corretos, ficam parados no tempo - é o que se diz, em termos nacionais - sobre o comportamento de uma série de magistrados. Ou seja, as promoções não acontecem por mérito, mas, por troca de interesses e asim os piores magistrados terminam sendo os mais louvados. O ignorantre, o despreparado, não cria problema com ninguém porque sabe que num embate leva a pior e, o pior, é que são estes, hoje, os com maior chance de chegar ao topo do Judiciário. E como as nomeações são feitas, nos tribunais superiores, pelo presidente da Republica fica evidente que o braço político se infiltra no Poder Judiciário. A verdade é que exite uma relação de subservência da Justiça ao mundo da política e, para ascender na carreira, o juiz precisa dos políticos. Nos tribunais superiores, o critério é única e exclusivamente político. O resultado mais horroroso disto tudo é que a Justiça não tem independência. Basta verificar que, dificilmente, defende o direito do cidadão contra os interesses do Estado.
Os tribunais estão atolados de processos contra a União, Estados e Munciípios em que os direitos das empresas e cidadãos são violados, porém, a Justiça sempre protela ou dá sentenças que levam em conta dos interesses do Estado e não a lei o que acaba por gerar a sensação de que a lei só vale para os poderosos ou os que poderm pagar. A falta de respeito aos direitos, a falta de uma justiça boa e rápida também é um forte incentivo à impunidade e à corrupção.
Fonte: Agência Estado.
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