Pesquisa do Cepeme e do Pipatro da Fiocruz detectou que os infectados tinham em comum a ingestão de açaí
Pesquisa realizada pelo Centro de Pesquisas em Medicina Tropical (CEPEM) e pelo Instituto de Pesquisa em Patologias Tropicais (Ipepatro) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indica o açaí como possível causador de surto de toxoplasmose na região central do Estado. Os casos surgiram entre o fim de julho e meados de agosto, mas de cem casos já foram confirmados. Ouro Preto e Ji-Paraná apresentaram o maior número de contaminações.
Apóis a confirmação do suirto de doença, uma série de hipóteses foi levantada para identificação do causador. Por meio de questionários, aplicados pelos especialistas, foi possível perceber que a maioria dos contaminados tinha em comum a ingestão de açaí.
Segundo o diretor do CEPEM, médico e pesquisador Mauro Tada, os estudos ainda não foram concluídos, mas já apotam o provável causador. "Está se conduzindo para isso. Ainda não existe uma confirmação porque precisamos achar o protozoário no açaí recolhido, e isso leva um tempo mesmo", explicou.
Lote do alimento pode ter sido contaminado
As investigações levantaram a possibilidade de um lote do alimento contaminado. "É o mesmo fornecedor. O açaí vem de Humaitá/AM, há um fornecedor de Itapuã do Oeste, e a partir daí foi se distribuindo para as demais cidades. É preciso concluir os estudos e descobrir em qual momento ele foi contaminado. Pode ser no manuseio, no transporte. Tem que ser encontrado para eliminar a fonte e impedir um novo problema", completou Tada.
Fonte: O Estadão.
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