Como se imaginava, as fake news estão dominando novamente a campanha eleitoral. É a canalhice nacional, muito maior do que se se calcula, que vem não da classe política, que é um resumo do país, mas do próprio brasileiro comum. Ainda pior que as fakes e tudo de podre que elas representam, é o absurdo, inusitado e tenebroso esforço das pessoas de bem em acreditar nelas e não nos desmentidos, mesmo que feitos com todas as provas possíveis de que, aquela informação não é uma informação, mas um tratado sobre a mentira. Os exemplos são inúmeros. O último, refere-se a invenção de que as urnas eletrônicas foram fraudadas, para elegerem o candidato do PT, Fernando Haddad ou darem a ele muito mais votos do que ele realmente fez. Não adiantam os desmentidos. Não adianta dizer que tem eleitor burro, desinformado, sem noção, que digita o número errado do seu candidato e, quando o faz, claro que a foto que ele espera ver não aparecerá na tela. Não adianta dizer que em mais de 20 anos, não há uma só comprovação de fraude em eleições no Brasil. Não adianta dizer que o sistema é seguro, que não pode ser acessado por hackers, simplesmente porque nunca está disponível na internet. Os descerebrados, os pobres coitados, os ingênuos, os pouco e os bem informados querem que isso seja verdade e, portanto, qualquer argumento contra isso é ignorado. Quem esclarece as coisas, com seriedade, seja jornalista, seja autoridade, seja alguém do mais alto respeito no Judiciário, todos são considerados mentirosos. Porque eles querem é que a fake seja verdade e ponto final. Como discutir com boçais desse nível?
Há também grande urgência de começar a colocar na cadeia quem publica e dissemina as Fake News. Como os que estão postando uma foto falsa da candidata a vice de Haddad, com ofensa aos cristãos, quando a frase real é “Rebele-se”. Ou os que inventaram dezenas de declarações homofóbicas, racistas e ofensivas aos nordestinos, que o candidato Jair Bolsonaro jamais pronunciou. Aqui em Rondônia, felizmente, as fakes ainda não chegaram ao nível do insuportável, como o são em nível nacional, mas também já começam a aparecer com mais força, principalmente nas últimas semanas. Na campanha estadual, houve várias denúncias falsas contra candidatos, mas, no geral, elas ainda não causaram o estrago esperado. Mas, mesmo assim, continuam sendo tratadas como verdade pelos imbecis que não aceitam a realidade, querem que seja o que a ele acredita, mesmo que isso seja absolutamente absurdo. Até onde esse inferno vai continuar?
NÃO VÃO PROCESSAR O PROCURADOR?
Rodinei Candeia é polemico procurador do Estado do Rio Grande do Sul e um ferrenho adversário da esquerda. Ele não deveria ser processado com urgência pelo Ministério Público Federal, por órgãos estatais, por setores da Igreja Católica e por representantes de ONGs nacionais e internacionais que atuam no país? Porque, se está caluniando tanta gente, ele está cometendo um crime grave. Segundo ele, todos esses organismos, mancomunados, “atuam em conjunto para criar laudos fraudados, para ampliarem ou criarem áreas indígenas”’, atendendo, conforme ele próprio fala, “a grandes interesses que querem a estatização dessas áreas, principalmente pelo que há embaixo da terra: minérios em profusão”. Caso não processem o procurador gaúcho, esses organismos estarão concordando com ele? Até quando ele diz que “a maioria dos processos de criação de áreas indígenas é feita com base em mentiras absurdas, fraudes, invenções e sem qualquer base jurídica”? Vamos repetir o nome do Procurador, para que os membros dos organismos que se sentirem ofendidos o processem: Rodinei Candeia. Não é possível que nossas instituições, tão respeitadas, sejam denunciadas de forma tão agressiva (esse e outros vídeos estão no Google, nas redes sociais e no youtube, é só pesquisar) e tudo ficar por isso mesmo. A menos que...
COMPRA DE VOTOS, DE NOVO!
Candidato à Assembleia com maior votação em Porto Velho, apesar de não ter conseguido se eleger (ficou na segunda suplência), o ex secretário de saúde do Estado, Williames Pimentel, foi surpreendido com uma homenagem em sua casa, depois da eleição, por vários grupos de eleitores e eleitoras, coisa rara na política atual. Geralmente quem fica fora é rapidamente esquecido e quem ganha é que é festejado. Ao ser pego pelo coração, Pimentel acabou postando nas redes sociais um vídeo com depoimento extremamente emocional, contando da sua luta em busca dos votos e criticando duramente o que denunciou como compra de votos. Segundo Pimentel, todos os 9.886 votos que conseguiu foram conseguidos pelas propostas, pela luta, pelo olho no olho do eleitor. Ele protestou, com veemência, contra quem comprou votos com 50 e 100 reais ou dando gasolina para o eleitor. Não deu nomes, mas é óbvio que estava falando sobre uma verdade que continua valendo em todas as eleições. Mais uma vez a compra de votos ocorreu em todas as cidades do Estado (em Porto Velho, mais que todas), só que as ações são bem feitas, organizadas e extremamente difíceis de se provar. Mas que os compradores de votos abusaram de novo, só duvida quem quer fazer papel de ingênuo. Pimentel tem toda a razão de reclamar, como a grande maioria dos candidatos, que deu duro e não comprou ninguém.
NOSSA BANCADA E O SEGUNDO TURNO
Os dois senadores eleitos por Rondônia já começam suas atividades em posições antagônicas, ao menos nas questões locais, já que em nível nacional, ambos apoiam a candidatura de Jair Bolsonaro para a Presidência. No Estado, Confúcio Moura anunciou seu voto e apoio ao seu ex secretário, o Coronel Marcos Rocha, do PSL. Já Marcos Rogério, do DEM, abraçou a campanha de seu companheiro de coligação, Expedito Júnior. O MDB rondoniense, aliás, emitiu nota nesta quarta, anunciando que libera seus filiados para que escolham livremente a quem querem apoiar. Um dos primeiros a se posicionar foi o deputado federal reeleito Lúcio Mosquini, que se posicionou em Rondônia como eleitor de Marcos Rocha e na briga pela presidência, por Jair Bolsonaro. Mariana Carvalho é Expedito, cujo candidato a vice é o irmão dela, Maurício Carvalho. Jaqueline Cassol está fora do Estado, volta em dez dias e só então vai se pronunciar sobre o assunto. Imaginava-se que ela e sua família optariam pela candidatura do tucano, a quem todos são ligados há longo tempo, mas ao menos até agora, isso não aconteceu. Em nível nacional, não há dúvidas: ela é Bolsonaro. Léo Moraes, do PODEMOS, campeão de votos no Estado, está em silêncio. Desde a vitória nas urnas, não se pronunciou, ao menos oficialmente. O PDT de Acir Gurgacz vai com Marcos Rocha e com ele vai também a neo deputada Silvia Cristina, de Ji-Paraná. O coronel Crisóstomo é do PSL. Bolsonaro lá, Rocha aqui. Expedito Netto vai com o pai, em Rondônia e deve ir de Bolsonaro nacionalmente. Mauro Nazif, do PSB, ainda não se pronunciou.
LULA E O VERMELHO FORA DA ELEIÇÃO
Lula está fora da eleição! Também foi desprezado o vermelho do PT. O partido agora é só verde e amarelo nas propagandas políticas e exclui o ex presidente preso das fotos, junto com Fernando Haddad e Manuela D´Ávila. É inacreditável o poder de enganação dos políticos, principalmente de um partido decadente, cujos principais nomes estão atrás das grades ou a caminho delas. O negócio é esconder o vermelho, pelo tom comunista e esquerdista; calar sobre as bandeiras que tomaram as ruas do país,, quando seus adversários usavam a bandeira nacional e, malandramente, fazer de conta que as verdadeiras cores são o amarelo, o azul e o branco. É uma clara estratégia para se comparar ao adversário da direita, Jair Bolsonaro, que usa os principais símbolos nacionais, coisa que o PT raras vezes fez, durante todo o período em que comandou o país. A ideia foi trazida pelo novo coordenador da campanha de Haddad e senador eleito pela Bahia, Jacques Wagner, outro que engana na política há décadas, mas sempre tem o apoio da maioria dos baianos. O eleitorado brasileiro agora se deixará ludibriar com essas nova tática? Ou ela pode acabar sendo um tiro no pé do partido, que agora está renegando suas cores e sua história? Vamos ver o que dirão as urnas, daqui a 17 dias...
UM MINISTRO DIZ NÃO, OUTRO DIZ SIM!
Dois pesos, duas medidas. Na terça, o ministro Gilmar Mendes negou pedido de prisão do ex governador do Rio, Antony Garotinho, alegando que ele só pode ser conduzido à cadeia depois que todos os seus recursos foram analisados. Menos de 24 horas depois, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, tomou medida oposta, num caso muito semelhante e determinou a prisão e o início do cumprimento da pena do senador rondoniense Acir Gurgacz. Toffoli negou Liminar em que a Mesa do Senado pedia que o STF não autorizasse a prisão, até que os recursos fossem julgados. Aliás, como no caso de Garotinho. Acir foi condenado a quatro anos e seis meses, em regime inicial semiaberto, por crime contra o sistema financeiro nacional. O mandado de prisão já teria sido encaminhado para cumprimento pela Polícia Federal. Até o final do dia, os defensores do senador, que acabou também ficando de fora da eleição ao Governo de Rondônia, por causa da mesma decisão, não tinham informado quais os próximos passos para tentar mudar a decisão.
COMANDANDO DE DENTRO DA CELA
O chefão está preso. Sem sair da cadeia. Mais três dos principais envolvidos, foram presos. Mas já estavam na cadeia. Deu pra entender? Isso mesmo. Uma operação da Polícia Federal que desarticulou uma rede de traficantes de drogas de Rondônia, passando por Mato Grosso do Sul e pelo Paraná, era comandada daqui mesmo. De dentro de celas do nosso putrefato sistema penal, onde são os presos que mandam e fazem o que querem, inclusive comandar o tráfico de três estados. A Justiça expediu 19 mandados de prisão, sendo quatro deles de bandidos que já estavam nos presídios de Porto Velho. Outros 16 mandados de busca e apreensão também foram autorizados contra membros do esquema criminoso, em sete cidades. Em Rondônia, os tentáculos estavam em Porto Velho, Vilhena e Ji-Paraná. No Mato Grosso do Sul, em Campo Grande. No Paraná, nas cidades de Pontal do Paraná, Campina Grande do Sul e Colombo, Durante as investigações, que já duram vários meses, foram apreendias mais de 1 tonelada e 700 quilos de maconha, além de outras drogas. É inacreditável como presidiários têm como comandar uma grande estrutura como essa, envolvendo gente de três estados, de dentro de suas celas. Até quando essa moleza vai continuar?
PERGUNTINHA
Você espera mais propostas ou mais ataques mútuos entre os candidatos ao Governo do Estado e a Presidente, no horário eleitoral gratuito que volta a partir dessa sexta?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho - RO.
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