Estava demorando! Uma agressão ao candidato Jair Bolsonaro, embora individual, será sim considerada como um ato vindo dos que estão começando a se desesperar com a possibilidade de um representante da direita assumir o comando do país. O atentado, aliás, poderia ser previsto e, mais que isso, poderia ter sido evitado. Não o foi, pela soberba e pela negligência. O próprio candidato sempre soube dos riscos que corre. Tanto que aqui em Rondônia e no Acre, Bolsonaro foi prudente e usou um colete a prova de balas, enquanto repetia-se as cenas que se viu país afora: ele carregado nos braços do povo. Em Minas, deixou de lado esse cuidado e por pouco não foi assassinado. Seus seguranças entraram no clima de campanha, ao invés de ficarem atentos aos riscos, permitiram que um maluco solitário, preso em seguida, atacasse o candidato com uma faca tipo peixeira. Por sorte, não o acertou em nenhuma parte vital do corpo. Se o criminoso tivesse usado um revólver, uma pistola, enfim, qualquer arma de fogo, seria o fim da carreira do líder das pesquisas para a Presidência. Claro que o caso terá inúmeros desdobramentos, denúncias, troca de ofensas e acusações, mas a verdade é que o episódio, no final de tudo, deu ainda mais alento à candidatura do extremista, que defende o uso de armas e que quer tratar bandido como bandido. Bolsonaro sai do incidente ferido fisicamente, mas ainda mais fortalecido, porque certamente saberá usar muito bem tudo o que está sofrendo, para reforçar ainda mais sua campanha. E os demais candidatos não tiveram escolha, sob pena de serem detestados pelos eleitores: todos se solidarizaram com a vítima e condenarem o crime.
Enfim, o atentado de Minas, praticado por um celerado, que ainda usava uma camiseta de apoio ao ex presidente Lula, é mais um triste episódio neste momento de divisão do país; de rompimentos, de exacerbação das posições. Cada um está preocupado consigo e com seu grupo e a Pátria fica sempre em segundo plano, quando não em terceiro. O episódio de Juiz de Fora terá ainda muitos desdobramentos e os teria, muito piores, se Jair Bolsonaro tivesse sido assassinado. A partir de agora ele redobrará seus cuidados, porque está mexendo com interesses infindáveis, inclusive vindos do crime organizado. Não se brinca com essa gente. Enfim, a um mês da eleição presidencial, a facada era o detalhe que faltava para colocar Bolsonaro no segundo turno e com um pé na Presidência. O que se espera é que esse tipo de violência pare por aí. Tomara que Bolsonaro se recupere logo e retome sua campanha. Não podemos aceitar a bestialização a política.
REPÚDIO EM RONDÔNIA - Por aqui, a primeira nota de repúdio contra o atentado foi divulgada pelo prefeito Hildon Chaves. No texto, ele destacou: “Independente da nossa visão política e ideológica, não podemos de forma alguma, concordar com o que classificamos como um atentado à democracia brasileira. Repudiamos veementemente, quaisquer atos, que visem subverter o regime democrático”. O coronel Marcos Rocha, candidato ao Governo também divulgou um vídeo, dizendo que Bolsonaro vai ser o Presidente do país e pediu a Deus, “para que ele se recupere o quanto antes, para ganhar a eleição no primeiro turno”. Outro candidato, o também coronel Charlon, do PRTB, igualmente protestou contra o crime, lamentando o acontecido e destacando que é contra qualquer ato de violência. “O Brasil não precisa disso”, lamentou. Vários políticos rondonienses também se pronunciaram, todos protestando com veemência contra o crime praticado contra um presidenciável. Nas ruas da Capital, em reportagem feitas pela SICTV/Record, os entrevistados também se diziam indignados com o evento. A repercussão do caso tomou conta dos noticiários em todos os estados e também no exterior. O nome de Bolsonaro sacode o país. E será o tema central da mídia todos os dias, daqui para a frente, até a eleição e, certamente, depois dela.
IBOPE SÓ DEU NÚMEROS NACIONAIS - No final das contas, o Ibope acabou não divulgando dados de uma nova pesquisa sobre a corrida ao Governo e ao Senado, em Rondônia. O instituto levou ao ar, via Rede Globo, apenas os dados da disputa Presidencial, que continua colocando Jair Bolsonaro muito à frente dos seus principais concorrentes, Marina Silva e Ciro Gomes. Por aqui, continua repercutindo a pesquisa do instituto Big Dados, contratada da Rede Record, que reafirmou a liderança de Expedito Júnior ao Governo e mostrou uma disputa acirrada pela segunda vaga ao Senado entre Valdir Raupp e Fátima Cleide, com outros nomes importantes do cenário político do Estado (Carlos Magno, Marcos Rogério, Jesualdo Pires e Pastor Edésio) ainda com chances de chegar lá. A liderança de Confúcio Moura, ao que tudo indica, está consolidada. Faltam exatos 30 dias para a eleição e o pouco tempo favorece os que estão na frente. Aliás, sobre a pesquisa do Big Dados: Por um erro de edição, faltaram algumas informações importantes sobre o levantamento realizado pelo instituto, tanto para o Governo quanto para o Senado, em Rondônia, cujo resumo dos dados foi publicado nesta coluna. A pesquisa foi realizada no dia 28 de agosto, em 19 municípios entre os mais populosos do Estado e registrada sob o número 01635/2918, no TRE/RO.
ESTÃO COMEMORANDO O QUE, MESMO? - A inversão de valores chegou a tal ponto neste país da corrupção e da malandragem, que coligações que disputam a eleição comemoram, efusivamente, a liberação de alguns de seus candidatos para a disputa, pelos TREs ou pelo TSE. Obviamente num país sério, isso seria sequer alvo do noticiário, porque não se pode imaginar que alguém que não mereça, esteja concorrendo a algum cargo público. Mas aqui é o Brasil, onde um presidiário exige isso e exige aquilo e que um ministro do TSE diz que uma subcomissão da subcomissão da comissão da ONU, tem poderes de decidir quem pode e quem não pode disputar um pleito neste Brasil da piada feita. Tanto em Rondônia como em outros Estados (e também na disputa presidencial), saltam para as manchetes dos jornais, sites, rádios e TVs, o noticiário sobre a autorização para que esse ou aquele candidato concorra em outubro. Fosse num país da decência e de leis que não sejam esdrúxulas, um sujeito com ficha mais suja que pau de galinheiro não poderia sequer pleitear uma candidatura. Até porque, se assim o fosse numa terra decente, ele estaria preso e não concorrendo. Mas, enfim, levaremos ainda algumas décadas para podermos extinguir do noticiário a informação de que fulano ou beltrano “comemoraram” a autorização da Justiça Eleitoral para concorrerem, porque então só disputará quem nada teme e nada deve.
DROGA NO MURO DA ESCOLA - Parece inacreditável, mas, infelizmente, é a mais pura verdade. Depois de várias denúncias de que haviam traficantes agindo ao lado da Escola Marcos Freire, zona leste da Capital, a PM decidiu agir. Foi ao local e quando a guarnição policial chegou, a surpresa foi enorme. Não era um ou outro jovem envolvido com droga. Eram, ao todo, 13 vagabundos, dentro eles quatro “dimenor”, que não podem trabalhar, mas vivem nas ruas vendendo droga e praticando pequenos crimes (quando não os grandes, como assassinatos). Isso mesmo. Ao lado do muro de uma escola, em Porto Velho, uma verdadeira gangue de criminosos traficava drogas, jogando-a por cima do muro para abastecer estudantes que eles cooptaram e se tornaram viciados. Todos foram levados para a Delegacia e, é claro, logo em seguida seriam soltos. Os menores vagabundos, tratados como Vossa Excelência por nossas leis criminosas, também log estarão de volta às ruas. Em poucos dias, todos farão tudo de novo, aqui que sabem fazer de melhor: cometer crimes, vender drogas para estudantes e atacar vítimas desavisadas. É uma vergonha a que somos submetidos, as pessoas de bem, com as leis tenebrosas que nos empurraram goela baixo e que temos que engolir, silenciosos. Quem sabe pelas urnas podemos nos livrar de todos esses políticos que incentivam o crime, ao criar leis para protegê-lo?
BATEU O DESESPERO NO PT, NO MDB E NO PSDB - O desespero bateu. No PSDB, no MDB, no PT. O tucano Geraldo Alkmin, que sempre viveu à sombra do governo Temer, na campanha está tentando se mostrar inimigo número 1 do Planalto. Seria cômico, não fosse trágico. Já o MDB, com seu candidato banqueiro que não sai de números ridículos nas pesquisas, agora começa a tentar abraçar o PT, para tentar pegar alguma sobra, pelo menos. Os petistas, que vão para uma eleição presidencial com um novo poste (embora esse mais culto, sofisticado e preparado do que o poste Dilma Rousseff), tentam agora abraçar os emedebistas, a quem acusam de golpistas nos últimos dois anos. Todos estão apavorados com os resultados das urnas, porque na eleição presidencial, nenhum deles aparenta ter qualquer chance. Bolsonaro, Marina Silva e Ciro devem decidir quem vai para o segundo turno e o restante da troupe ficará de fora do páreo. Tentam agora, às portas da eleição, esquecer os discursos, alguns bem recentes, uns esculhambando com os outros, contando com o fato do eleitor estar se lixando para essas brigas partidárias. A situação beira o ridículo, com Michel Temer e Geraldo Alkmin batendo boca e Fernando Haddad correndo atrás do MDB, até há pouco traidor e golpista. Mais uma vergonha, nessa eleição deprimente que teremos pela frente.
CONTA DE ENERGIA É CAIXA PRETA - Você tem ideia dos reais motivos pelos quais você paga uma das mais caras tarifas de energias do mundo? Claro que há muitas explicações. Uma delas é a necessidade de sustentar a obesidade mórbida das estatais da área, que finalmente começam a serem privadas. Mas uma das principais causas, poucos sabem. E que no contexto da sua conta de energia, você paga nada menos do que 26 taxas diferentes. Isso mesmo! E são 26 tipos de tarifas, incluindo uma inacreditável “taxa de carvão!”. Isso mesmo. Você paga uma taxa pelo consumo de carvão, mesmo que nunca, jamais, em toda a sua vida, sequer tenha feito um churrasco. Paga também IPTU, IPVA, PIS e uma série de outros tributos. Agora certamente as coisas vão começar a clarear, porque até aqui, pelo que se sabe, a conta de luz – claro que nós rondonienses, estamos incluídos nesse contexto – que pagamos mensalmente, como se fosse apenas o que consumimos de energia, é uma caixa preta impenetrável. Com as privatizações, em breve as coisas começarão a ser esclarecidas. Aí, provavelmente, vamos nos assustar com o que nos tiraram esses anos todos, sem que soubéssemos....
PERGUNTINHA - Você acha que o atentado contra Jair Bolsonaro será utilizado para impulsionar ainda mais sua candidatura ou esse fato não será relevante para a decisão do eleitorado brasileiro?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
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