Uma visão sistêmica da história da humanidade mostra os problemas que surgiram ao longo dessa caminhada não podem ser compreendidos isoladamente. São acontecimentos sistêmicos, o seja estão sempre interconectados e são interdependentes. Se desfiados como os fios que formam um tecido, este não existiria mais. O tecido só existe porque os fios formam um sistema. Isto mostra que todas as coisas são mutuamente dependentes uma das outras e nada existe sozinho. Desde os tempos primitivos os fatos sociais se articulam dessa forma, agora com o advento da tecnologia da comunicação, isto ocorre com muito mais velocidade. É isto que caracteriza o mundo atual super conectado. Os pesquisadores lançam mão de métodos científicos, para adquirir conhecimento a respeito dos fenômenos naturais e sociais. O primeiro passo é a observação sistêmica de experimentos controlados, em outros como na astronomia, lançam mão dos cálculos matemáticos. Os cientistas buscam interligar os dados de maneira coerente e lógica, livre de contradições internas ou melhor desenvolvem um método científico.
Assim, é evidente que experimentos no campo das ciências exatas, como física, química, biologia, podem ser repetidos à exaustão nos laboratórios científicos. E dadas as mesmas circunstâncias o resultado é sempre o mesmo. A não ser que se descobriu uma novidade. A postura sistêmica derrubou paradigmas científicos e sociais que predominaram durante a primeira metade do Século 20 no Ocidente. O conceito de visão sistêmica do mundo vem das civilizações antigas da Ásia, especialmente da Índia e está ligado às religiões hinduísta e budista. Assim não assusta o filósofo oriental os períodos chamados de ciência revolucionária, onde os paradigmas utilizados pela ciência tradicional desabam. Um não exclui o outro, mas são qualitativamente diferentes. Assim, mudanças de paradigmas ocorrem em quebras de continuidade, em rupturas realmente revolucionarias e produzem as chamadas mudanças paradigmáticas . Pela tradição nunca houve um conflito entre a ciência e a religião no Oriente, pelo contrário, as duas atividades humanas sempre conviveram harmoniosamente. O mesmo não se pode falar noOcidente.
Exemplos mais simples são o advento do aplicativo Uber, que virou de pernas para o ar o mercado de táxis no mundo e a tevê via internet, que proporcionou o advento do Netflix e congêneres, que destruiu as locadoras de filmes. Não ocorreram apenas mudanças no modo de transportar pessoas ou alugar filmes. O que ocorreu foi a quebra do paradigma dessas atividades. Outras, talvez tão polêmicas virão, como por exemplo a automação da venda de gasolina nos postos de combustível. . Estes exemplos mostram que aquela visão da sociedade contemporânea, como uma maquina permanentemente aperfeiçoada, foi substituída pelo conceito de uma rede. Uma concepção sistêmica . Ou seja uma visão ecológica no seu sentido mais amplo, mais profundo, que reconhece a interdependência fundamental de todos os fenômenos e o fato de que eles estão encaixados em processos cíclicos da natureza, em que vivem. Quer se queira, quer não, não há volta. A extinção de determinados processos, profissões, atividades vão ser substituídos por outras atividades. A questão é se as pessoas estão dispostas a sair da zona de conforto e enfrentar as mudanças, ou vão tentar impedir que elas ocorram.
Fonte: Heródoto Barbeiro - Record News
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