Se a situação não anda bem na economia brasileira, a tendência é ficar mais complicado no próximo ano, após o período dos festejos de carnaval. Mesmo em clima de turbulência constante no entorno do Congresso Nacional, renova a possibilidade dos congressistas aprovarem o retorno do Imposto da CPMF, o chamado imposto do cheque.
O teste de fogo aconteceu no dia 1 na Comissão de Orçamento, do Senado Federal, quando, a maioria dos senadores decidiu manter a CPMF no relatório de receitas do Governo Federal para o próximo ano. Alguns senadores votaram contra, mas foram vencidos pela maioria.
A medida é bem vista pela equipe econômica do Governo Federal como forma de gerar mais orçamento aos cofres públicos e equilibrar as finanças da União, hoje com um déficit de mais de R$ 35 milhões.
A preocupação do governo de equilibrar as contas tem um bom motivo. O Tribunal de Contas da União (TCU) acompanha mais de perto a vida financeira do Brasil. Ainda está na memória do leitor as chamadas pedaladas fiscais que teriam sido praticadas no atual governo. Ocorre que o governo tem se esforçado para garantir um orçamento mais enxuto, inclusive com a redução de ministérios, cortes em diárias e viagens internacionais.
A Confederação Nacional da Indústria divulgou esta semana a Sondagem Industria, feita junto com as médias e grandes indústrias do País. O estudo aponta que cada três meses os problemas que as empresas enfrentam no dia a dia dos negócios mudam de acordo com a situação da economia.
O estudo revela ainda que o peso dos impostos sempre ocupa o primeiro lugar da lista elaborada pela Confederação. No terceiro trimestre de 2015, o problema foi mencionado por nada menos que 44,9% dos empresários. A carga tributária continua sendo a grande vilã dos empresários. Equivale a quase 36% do Produto Interno Bruto (PIB). Em resumo: mais de um terço de tudo que o País produz vai para os cofres do governo.
Fonte: EDITORIAL - Jornal Diário da Amazônia
Nenhum comentário:
Postar um comentário