Uma das queixas muito ouvidas no Governo Cassol é que teria transformado numa autêntica distribuição gratuita a Ordem do Mérito Marechal Rondon, entregue a pessoas as mais diversas e, com as exceções de praxe e que premiaram pessoas que têm história e participação na construção deste Estado, houve casos claros de premiação apenas visando outros interesses.
Distribuir títulos honoríficos a pessoas que pouco contribuíram para o Estado, nesse campo a Assembléia Legislativa têm sido usuária constante, é uma clara demonstração da pequena importância que os responsáveis dão para essas comendas.
Na área da Ordem do Mérito Marechal Rondon um ex-membro do Conselho que trata do assunto, e que seguidamente colocou-se contra a aprovação de nomes sem qualquer referencial de trabalho pelo Estado, chegou a encaminhar a dois chefes da Casa Civil minuta de projeto de Lei ordenando a indicação e a escolha, até mesmo acabando com o erro da norma vigente de que o Governador pode, a qualquer momento e sem consultar ninguém conceder a maior comenda do Estado a qualquer pessoa.
Este Jornal desconhece se a proposta entregue aos dois secretários - presidente do Conselho - foi levada adiante.
Na Câmara porto-velhense essa prática, de conceder o titulo de Cidadão Honorário de Porto Velho esta similar, talvez até pior, ao que acontece com sucessivas legislaturas de deputados estaduais que transformaram o título de Cidadão Honorário de Rondônia a qualquer um, sem uma análise profunda do que o indicado tenha feito, em alguns casos apenas por ser dirigente de alguma linha religiosa.
Ainda na segunda-feira (9) a Câmara porto-velhense reuniu para entregar o título maior do município a um cidadão que veio aqui organizar um partido político, não prestou qualquer serviço - e não estamos falando de serviço de relevância - de interesse de Porto Velho e em menos de algumas horas, entre a aprovação do projeto e a entrega, tudo foi consumado.
No caso o presidente nacional do PRB, o novo cidadão honorário de Porto Velho que talvez, na hora de deitar a cabeça no travesseiro, deve ter-se perguntado: "O que é que eu fiz para ser homenageado"?. Seria apenas uma questão ética, mas aí, com certeza, seria querer muito.
São fatos que certamente levam à reflexão sobre a importância que tenha um deputado ou um vereador: será que é só para mimosear amigos com títulos honoríficos, apadrinhar nomes de pessoas inteiramente desconhecidas e vias públicas - caso da rua Amador dos Reis que ninguém sabe quem tenha sido? Considere-se dito?
Fonte: EDITORIAL - Jornal Alto Madeira
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