Há um tempo, escrevi uma postagem no
Blog, chamada “A Mágoa Adoece e o Perdão Cura”! Eu dizia que notava
que toda vez que eu pensava em uma das “mágoas” que eu tinha sofrido
eu ficava tenso e me dava um bolo no estômago como se a comida não fizesse
digestão. Quando perdoava a pessoa que me magoava, dava uma sensação de perder
10 kg, coisa que a gente não consegue nem fazendo academia todos os dias. Isto
nos leva a uma ideia que devemos perdoar sempre, mas será? Será que temos que
perdoar sempre qualquer coisa, já que dizem que o “perdão tem o poder de cura”? Cá
com meus anzóis, acho que realmente devemos perdoar, mas... Temos que saber o
que e porque perdoar. Tem gente que nem se quer tem a coragem
de pedir “perdão” pelo erro que cometeu com a outra, mas depois diz que a pessoa é
rancorosa por não perdoar. Então resolvi perdoar só o que me diz que seja
sensato perdoar. Já estou cansado de gente “soberba” que acha que tudo tem
razão e não mede palavras ou atos que magoam o outro, seja lá quem for ao ponto
de mesmo sabendo que errou não pedir “perdão” nunca. Muita gente se vale da Bíblia para explicar o perdão como diz Mateus 18:21-22, onde Pedro se aproxima de Jesus e diz: Senhor, quantas vezes pecará meu
irmão contra mim e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: "Não te digo
que até sete, mas até setenta vezes sete". Eu concordo, mas esta pessoa tem que saber também que como dizia William Shakespeare: “A mágoa altera as
estações e as horas de repouso, fazendo da noite dia e do dia noite”. Isto quer dizer amigos, que o magoado sofre 24 horas por dia, enquanto
quem magoa não está nem aí. Às vezes nós sofremos mais por causa das pessoas do
que por causa de nós mesmos, ou das circunstâncias. Ninguém está livre
disso.
Nós decepcionamos as pessoas assim como
somos decepcionados seja na família, amigos, trabalho ou relacionamentos onde
feridas são abertas e mágoas profundas se instalam. Tudo
entra em colapso e, todos os tipos de relacionamentos são abalados e até
rompidos. A mágoa é
autodestrutiva. Dizem que quando
alguém nos desaponta nos fere, quando perdemos algo importante ou sofremos
alguma injustiça, a raiva e a indignação são sentimentos normais, mas o
problema é quando esses sentimentos se transformam em mágoa e amargura. Quando
guardamos uma mágoa, o cérebro reage como se estivéssemos em perigo naquele
momento. Ele produz substâncias químicas ligadas ao estresse, que limitam as nossas ações. A parte
pensante do cérebro fica limitada, é quando agimos sem pensar para nos
livrarmos da sensação de perigo. E é aí que mora o perigo! Perigo de uma
explosão momentânea que pode causar danos e decisões irreversíveis ao causador
ou ao magoado, ao ponto de nunca haver “perdão entre
eles”. Toda mágoa tem um motivo, como disse Alan Kardec, “Todo efeito tem uma causa. Todo efeito
inteligente tem uma causa inteligente. O poder da causa inteligente está na
“razão” da grandeza do efeito”. Sendo assim, se você
magoou ou foi magoado procure saber também onde você errou para chegar tal
desfecho. Quem não se lembra dessa frase de Mario Lago: “Perdão foi feito pra gente pedir”? Se você concorda com essa frase,
deixe a “soberba” de lado e se curve a
razão. “Pedir perdão ou perdoar
é coisas de pessoas fortes e não dos fracos” (Gandhi). Procure dentro do
possível e da gravidade da coisa também perdoar ou, cada um para seu lado, pois “o tempo não comprou passagem de volta, ficaremos só nas lembranças e
não saudades”. Essa mensagem tem direção. Até a próxima.
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