segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

OPINIÃO DE PRIMEIRA

INDÚSTRIA PESADA PODE PERDER  20 MIL POSTOS DE TRABALHO
A notícia de que Governo e Prefeitura da Capital criarão uma Coordenadoria Metropolitana para execução de obras, com recursos e estrutura próprias, causou um frisson entre o empresariado do setor. Para se ter uma ideia, a indústria da construção pesada conta hoje com mais de 400 empresas e mais de 20 mil empregos diretos. Caso a parceria estatal assuma as obras e deixe de contratar essas empresa, o setor teme que haja uma quebradeira geral e que os trabalhadores do setor (exatamente os que têm menos qualificação e por isso, mais dificuldades de serem aproveitados em outros setores), fiquem desempregados. Nota oficial do sindicato da categoria foi divulgada no final de semana, deixando claro o temor do segmento da construção caso a Coordenadoria realmente seja criada e as empresas alijadas do processo.
Segundo a nota do Sindicato da Indústria da Construção Pesada de RO, o Sinicon, além de gerar milhares de empregos, o setor contribui com muitos milhões de reais em impostos federais, estaduais e, principalmente, municipais. Acentua ainda que como "2015 será um ano para superar contextos desafiadores e necessita que o Poder Público, o maior contratante do setor, fortaleça a indústria da Construção Pesada", o anúncio de que Estado e Prefeitura poderão fazer as obras sem a parceria das emprdesas, "vem na contra mão das expectativas. Os líderes empresariais afirmam o temor, inclusive, de uma escalada de demissões", diz a nota da entidade. E o faz com razão: quando o Poder Público torna-se concorrente da iniciativa privada, a tendência é que todos percam. Não só o setor atingido pelas medidas, mas principalmente o contribuinte, que nunca sabe como as obras serão feitas,. quando e nem a que custo. O risco de graves prejuízos e de desemprego num setor vital é grande, portanto.
  "ENORMES PREJUÍZOS" - Ainda no mesmo tema, precisa ser levado em conta outro alerta do Sinicon, em sua nota oficial: "as poucas iniciativas governamentais em executar obras diretamente, ao longo de tempo demonstraram ineficácia e causadoras de enormes prejuízos aos cofres públicos, pois a aparente economia na sua execução é superada, em larga escala, pelo somatório, da ineficiência na execução, da precariedade na manutenção e zelo de equipamentos, aquisição de insumos e ausência de recolhimento de impostos diretos e indiretos". Precisa dizer mais alguma coisa?
 VIVA O AGRONEGÓCIO! - Mas não há só notícias preocupantes em relação à economia de Rondônia. Pelo contrário. Mesmo com toda a crise que se avizinha, a tendência é que o Estado continue crescendo bem acima dos parcos índices nacionais. O agronegócio (com a soja se destacando e a pecuária, com quase 13 milhões de cabeças, chegando ao oitavo rebanho do país), está em franca expansão. E ainda teremos um novo porto para escoamento da produção, que funcionará em caráter experimental já em março.
 DESAGUA NO COMÉRCIO - Novas empresas estão tchegando ao parque industrial de Porto Velho. Há um clima de otimismo em vários setores da produção, mesmo com toda a situação de enormes dificuldades que se desenha para o futuro breve. No interior, a economia também vai indo bem, apesar de todos os percalços. O único setor que anda muito preocupado é o do comércio. É nele que vão desaguar, de imediato, todas as dificuldades que atingem em cheio o consumidor. Mesmo assim, ainda não há clima de pânico...
 GATOS PINGADOS - Textos  criativos, alguns bem humorados, outros recheados de ranço e ódio: assim são as convocações, pelas redes sociais, dos protestos contra o governo e um chamamento pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. A próxima mobilização nacional está agendada para 15 de março, um domingo à tarde. Inclusive em Porto Velho, onde os participantes prometem se reunir na Praça das Caixas D ´Água. No geral, esses protestos têm sido pífios. O último, em São Paulo, convocado pelas redes sociais, reuniu exatos 49 gatos pingados. Vamos ver no que vai dar este próximo...
 VOLTANDO AO NORMAL - Pelos lados da Assembleia, as atividades começam com tudo na próxima semana. Segunda tem um café da manhã para a imprensa, promovido pelo comando da Casa e pelo departamento de comunicação, agora comandado pelo competente Waldir Costa. Depois, na terça, começam as sessões normais. A transformação do DER numa Secretaria já não estará mais na pauta. A mudança seria feita para que a ida do deputado Lebrão para o comando do órgão não tivesse risco de infringir a lei. Mas como Lebrão desistiu, o DER deve continuar sendo apenas um departamento e não uma secretaria.
 NEM TUDO É CRIME - Não param de surgir denúncias de que políticos receberam dinheiro desta ou daquela empresa para suas campanhas. O tratamento à informação é como se isso fosse ilegal, um crime, punível com duríssimas penas. Não é. Se declarada corretamente ao TRE, a doação de campanha é legítima. Claro que há incontáveis casos em que a grana está mais suja do que pai de galinheiro. Mas há sempre que se separar as doações ilegais das corretas. Senão, corre-se o risco de criminalizar tudo, sem distinção.
 PERGUNTINHA - Quando vai acabar a hipocrisia na terra onde agressões a animais merecem longas reportagens na TV e crianças famintas são ignoradas pelas ruas de todas as cidades?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires


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