domingo, 18 de janeiro de 2015

OPINIÃO DE PRIMEIRA

CINCO ANOS E MEIO DEPOIS, UM PRESÍDIO ABANDONADO

Cinco anos depois de iniciadas, a obras do novo Presídio de Ariquemes são apenas um arremedo do que deveria ser. Em 2013, quando já se chegava a praticamente quatro anos do início da construção, sem que ela servisse para nada, chegou a ser especulado de que ao menos parte do novo presídio poderia ser usado, ao menos para desafogar o atual, superlotado com duas vezes e meia de sua capacidade.Mas, é claro, nada aconteceu, mesmo depois do governo federal e do Estado terem investidos mais de 2 milhões de reais, sem se considerar as devidas correções. Cinco anos e meio e nada do novo presídio estar sequer perto de abrigar detentos. Tomado pelo mato, as celas já construídas não receberam, até hoje, sequer um preso. As grandes de janelas e portas começam a se deteriorar. O mato toma conta do local, O cenário é de descaso e total abandono. Depois de serem marcadas várias datas para o reinício das obras, que custarão, no total, mais de 5 milhões de reais, agora surge mais uma luz no fim do túnel: o secretário de Justiça, Marcos Rocha, esteve na cidade nesta semana e garantiu: em seis meses os trabalhos vão mesmo recomeçar. O que o Ministério Público exigiu é que os serviços fossem concluídos em 60 dias, mas parece que isso é impossível. Mais meio ano, mais dinheiro público inútil, mas superlotação no atual presídio e...quem sabe a nova Casa de Detenção de Ariquemes saia mesmo do papel?
O presídio de Ariquemes é apenas uma das dezenas e dezenas de obras ou paralisadas ou atrasadas em Rondônia. Em Rondônia e em todo o Brasil, dinheiro não falta. Falta é fazer com que os contratos sejam cumpridos e as obras entregues às comunidades. Tudo isso está inserido nesta doença nacional, um verdadeira câncer que atacam as células nervosas do dinheiro do contribuinte e as mata. Haverá cura?
 APOCALIPSE NOW! - Duas notícias importantes envolvendo a Operação Apocalipse, ocorrida e, 2013 e que agora chegou à área judicial, foram registradas essa semana. Na primeira, anunciou-se a decisão de que os 51 denunciados começarão a ser ouvidos pela Justiça a partir de março. Na outra (essa também assustadora, ao menos para um dos grupos de envolvidos), foi anulada a sessão em que os cinco vereadores citados no caso e pelo menos três deles presos tiveram seus mandatos mantidos por seus colegas.
 NOVO JULGAMENTO - Ou seja, os vereadores Jair Montes, Marcelo Reis, Eduardo Rodrigues, Cabo Anjos e Pastor Delso, ilesos na primeira vez,  serão novamente julgados. E correm outra vez o risco de serem excluídos da Câmara. Logo depois da tumultuada sessão, no ano passado, quanto o quinteto saiu incólume, o suplente Bosco da Federal entrou com mandado de segurança contra a decisão. Agora, o juiz Cristiano Mazzini, da Vara da Fazenda Pública, determinou a anulação da decisão e que nova reunião para julgar os cinco seja realizada.
 ALIADO FIEL - Depois de alguns poucos dias de descanso, o governador Confúcio Moura já voltou ao trabalho, realizando uma dezena de encontros em pouco tempo. Nesta semana, uma das suas primeiras reuniões foi com o prefeito de Ji-Paraná, Jesualdo Pires. Nela, Confúcio reafirmou que a segunda maior cidade do Estado terá grande apoio em seu segundo mandato, para atender suas principais demandas. Jesualdo, um dos prefeitos mais bem sucedidos do Estado, foi um dos primeiros e mais fieis aliados do Governador, na corrida pela reeleição.
 COMÉRCIO PREOCUPADO - O clima não anda nada bom para o comércio de Porto Velho. Depois de um final de ano com vendas abaixo das expectativas, surge 2015, que todos sabemos, será um ano muito difícil. Esse é um dos temas da entrevista exclusiva concedida pelo presidente da CDL, Edison Gazoni, ao programa Candelária Debate deste sábado. Na conversa com Sérgio Pires, Gazoni fala das preocupações do setor, que continua pagando impostos em profusão, mas não consegue crescer como precisa. A entrevista vai ao ar neste sábado, 13h20, em rede estadual, pela TV Candelária/Record.
 IMPOSTOS ABUNDANTES - "Realismo tributário!". Esse é o novo apelido inventado pelo governo brasileiro para atacar nossos pobres bolsos. Vêm aí aumento de impostos, contas de energia com até 30 por cento de reajuste; mudanças significativas no sistema previdenciário. Vem aí inflação, desemprego, problemas sérios. O governo vai fazer de tudo para nos explorar ao máximo, sem que ele mesmo corte sua obesidade mórbida já em fase de se tornar irreversível. Vamos continuar trabalhando duro para manter a benesses de quem está no poder. Pobres de nós!
 PERIGO NO RIO - No dia 30 de março do ano passado, a cheia do rio Madeira atingiu seu ápice. Chegou a quase 20 metros. Nesta semana, o rio ainda estava subindo, mas não passou dos 13,50. O Sipam diz que vai haver cheia sim, mas não tão violenta quanto a do ano passado, quando quase 100 mil pessoas foram atingidas em Rondônia e região e 35 mil ficaram desabrigados. Até hoje, ao menos 31 famílias ainda vivem embaixo de barracas, no antigo Parque de Exposições. A torcida geral é que a natureza não repita 2014. Senão...
 PERGUNTINHA - Com o aumento de impostos, da conta de energia, do combustível e com a possível volta de tributos como a CPMF, como o assalariado brasileiro vai enfrentar a ganância tributária do governo?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires

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