PORTO VELHO, UMA DAS QUATRO PIORES CIDADES DO BRASIL
A Revista Exame bateu abaixo da linha da cintura nos governantes de Rondônia e nos prefeitos de sua principal cidade (o atual, os passados, os políticos que saíram, os que estão nos cargos), colocando nossa Capital entre as piores, num mapa de 100 cidades pesquisadas. Ficamos no lamentável 97º lugar. Atrás de Porto Velho, apenas Ananindeua, no Pará; Belford Roxo e Duque de Caxias, ambas no Rio. Nas primeiras cinco, cidades com problemas sim, mas também com infraestrutura muito boa. A primeira do ranking da Exame foi Santos. As outra quatro primeiras, por ordem: Belo Horizonte, Jundiaí, Blumenau e Campinas. Entre as melhores, apenas uma capital, a de Minas Gerais. No total de 77 pontos possíveis, Porto Velho conseguiu apenas 32 e uns quebrados. Foi reprovado em ítens como desenvolvimento e bem estar; qualidade dos domicílios, educação e segurança. No ítem governança, teve a maior nota: 7,47, mas mesmo assim muito longe dos 27 pontos máximos. Na saúde, um pouco mais que o mínimo: 5,52 pontos. A governança vai bem, diz a pesquisa, mas a cidade vai muito mal. Numa Capital onde normalmente as ações da Prefeitura se unem com as do Governo do Estado, em Rondônia esses resultados até agora, segundo a pesquisa da Exame, foram pífios.
Para se ter ideia de onde andamos, Boa Vista, a capital de Roraima, ficou em 49º lugar na mesma lista. Ou seja, ficamos a uma distância quilométrica de uma cidade que, se imaginava, teria muito menor condição de vida de qualidade do que a capital rondoniense. Manaus, por exemplo, com quase o triplo da população de Porto Velho, ficou na posição 81. Até agora há contestaçoes sobre a pesquisa da Exame. Mas a verdade é que a qualidade de vida na maior e principal cidade de Rondônia está mesmo muito, mas muito longe do que se poderia esperar....
E OS IMPOSTOS? - Pais dormindo em filas para conseguir vagas em escolas estaduais, municipais, creches...Pais e mães desesperados, querendo achar um jeito de ter escola para seus filhos. É um problema rondoniense, mas é também um problema em centenas e centenas de cidades brasileiras, para não dizer milhares. É assim que é tratado o povo que paga os maiores impostos do mundo. Na hora em que vai cobrar o serviço público, é tratado dessa forma. É inacreditável que, ano após ano, esse lamentável problema continue...
NÃO É ÉPOCA DE ELEIÇÃO - É surpreendente como a classe política usa a internet e as redes sociais em seu benefício. Nas campanhas eleitorais, tudo é usado com grande avidez e competência. Mas, quando é para facilitar a vida do povo, do contribuinte, dos pais que querem matricular seus filhos, aí esses avanços não valem. Eles têm é que ser mal tratados, passar dias inteiros acampados e serem vítimas de uma burocracia brutal. Se fosse em época de eleição, essas filas e esse tratamento com o povão certamente não ocorreria.
DIA QUENTÍSSIMO - Reunião extraordinária da Assembleia Legislativa nesta quarta, vota dezenas de projetos. Mas só um deles deve dar o que falar e ser o tema mais quente do dia. Projeto de autoria do Executivo retira do Estado o custo de manutenção da segurança dos ex governadores. Atinge diretamente o ex governador e atual senador Ivo Cassol, que desde 2010, quando estourou o escândalos dos deputados chantagistas, gravados por ele, tem segurança especial. A turma de Cassol acha que é vendetta. O governo diz que é economia. Os deputados vão decidir...
REVÓLV ER NO BEBÊ - Um desgraçado, irresponsável, quase uma besta humana, assaltou uma mulher no bairro Ulysses Guimarães, em companhia de um comparsa. Mas como isso acontece todos os dias em todos os bairros da cidade, nem seria novidade. Mas o animal não se conteve: colocou o revólver na cabeça de uma criança de três anos, filha da vítima. Todo esse terror para roubar uma bolsa e um celular. Um dos criminosos foi pego. Ainda bem, para ele, que foi preso pela polícia. Porque se tivesse caído nas mãos da população do bairro, a essas alturas estaria prestando contas ao demônio...
OS RIOS SOBEM - A cada dia que passa, mais preocupa a questão da cheia dos rios rondonienses, principalmente o Madeira. Mas há o mesmo perigo em várias cidades, como Ji-Paraná, Cacoal e próximo à fronteira, com o rio Mamoré. Comunidades inteiras clamam à natureza que, neste ano, não seja tão implacável como no ano passado, quando milhares de famílias foram afetadas diretamente pela maior enchente da história do nosso Estado. Este ano há alguns planos e ações preventivas, mas se as águas subirem muito, nada vai resolver. Só se poderá amenizar o sofrimento dessa gente toda.
CADÊ A AJUDA? - O competente repórter Eduardo Kopanakis, da TV Candelária, foi ao distrito de Abunã, falar com moradores sobre o risco de nova cheia. O que viu o deixou perplexo: há muita gente que jamais recebeu qualquer apoio de nada, apesar dos muitos discursos que se ouviu sobre a mobilização em prol dos atingidos pela enchente. Uma moradora chegou a dizer que soube de muitas promessas, mas sua casa está exatamente como estava desde quando as águas baixaram. Não é de arrancar os cabelos?
PERGUNTINHA - Os seguranças que estão a serviço dos ex governadores, se forem retirados dessa atividade, irão para as ruas reforçar o frágil policiamento ostensivo?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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