QUEM VOTA ERRADO TAMBÉM TEM QUE ASSUMIR A CULPA
Não é fácil para a população, refém da violência; abandonada à própria sorte nas mãos dos bandidos, compreender as rápidas ações de instituições como a OAB, o Ministério Público e o próprio Judiciário para se preocupar com a questão dos presos, enquanto as milhares de vítimas ficam órfãs. É incrível como motins são tratados apenas como meios de justa reivindicação dos detentos e que, na maioria dos casos, suas exigências, feitas em ações que são claramente baseadas na chantagem, sejam atendidas. Os casos recentes de Vilhena e Ariquemes, apenas para citar dois casos de Rondônia, são sintomáticos, porque sintetizam uma situação nacional. Em Vilhena, os presos reclamaram de um tipo de comida que qualquer operário adoraria ter em sua mesa. Em Ariquemes, os bandidos presos queimaram colchões porque queriam ser transferidos para Porto Velho. Imediatamente seus pedidos foram atendidos pelas direções dos presídios e pelo Judiciário. Daí, quem acompanha tais episódios, cai de pau nessas decisões oficiais.
O que se tem que deixar bem claro é que a culpa é da legislação, criada para proteger a violência e os criminosos e que têm que ser cumprida por todos. Mas que o povão não compreende e critica, não há dúvida. Cada vez que acontece um evento desses, em que se ouve pesadas críticas a quem se preocupa muito com os presos, é sempre bom lembrar que a culpa, no final, também é de quem está reclamando. Quem faz as leis são os políticos eleitos, principalmente para os parlamentos, embora nas últimas décadas a maioria delas parte do Executivo e não do Legislativo. Mesmo assim, eleger quem sempre se preocupou com os direitos humanos dos bandidos e não das vítimas, é dar carta branca para que as coisas continuem exatamente como estão. Reclamar depois de ser cúmplice? Aí é moleza!
SANTO ANTONIO PAGA - Há ainda quem duvide da importância das usinas do rio Madeira para toda a estrutura de desenvolvimento não só da Capital, assim como a de todo o Estado. Mas para se ter uma ideia da grandeza dos investimentos, bastaria apenas informar que a Santo Antonio Energia, consórcio da Hidrelétrica de Santo Antonio, já pagou, apenas até o ano passado, nada menos que 64 milhões de reais em royalties. Desde que iniciou a geração de energia, o dinheiro tem sido pago religiosamente.
COBRAR A APLICAÇÃO - Na divisão do bolo, os recursos, distribuídos através da Secretaria do Tesouro Nacional, destina 45% para o Estado, 45% para Porto Velho e os restantes 10% para os órgãos administrados diretamente pela União. Só para este ano de 2015, outros 80 milhões de reais serão direcionados aos cofres públicos, nos três estágios de governo. O que a população tem que cobrar, agora, é a boa aplicação de todo esse dinheiro. Mas daí, já é outra história.
NAZIF OTIMISTA - Durante entrevista ao programa Tempo Real, nesta semana, o prefeito Mauro Nazif falou com otimismo sobre os últimos dois anos de seu governo e voltou a dizer que transformará Porto Velho numa grande cidade, mesmo em tão pouco tempo. A população, no geral, não acredita nisso. Mas já há elogios à administração Nazif pela realização de algumas obras importantes, principalmente na área de infraestrutura e asfalto em bairros. A iluminação melhorou também e há alguns avanços na área da saúde. Mas a verdade é que Nazif ainda tem imensos desafios a superar. Conseguirá?
MENOS UM - Na grande maioria das vezes, os bandidos saem ganhando. Quando não matam a vítima por nada ou a ferem, deixam sequelas emocionais para o resto da vida. Por isso, as pessoas de bem comemoram quando um bandido é morto, o que é lamentável, mas compreensível. Nesta semana, mais um caso em Porto Velho. Dupla tentou assaltar policial civil. Um foi morto e outro fugiu. Pessoas próximas, ao saberem do episódio, aplaudiram a ação do policial. É que ninguém mais suporta a violência sem resposta à altura das autoridades...
A ANSIEDADE AUMENTA - Nos bastidores da política, a ansiedade toma conta, em função da posse dos novos deputados e da eleição da Mesa Diretora da Casa. É que a disputa no parlamento reflete diretamente no governo. Confúcio Moura só anuncia sua equipe definitiva depois de saber como a ALE se formará, a partir do seu comando, em relação à sua administração. A tendência é que a convivência seja menos dura do que o foi nos últimos anos, mas como nada é definitivo, só depois da eleição do presidente e da Mesa da Assembleia, muitos cargos no governo serão confirmados ou não...
TEM FUTURO - Em Ji-Paraná, mesmo com todas as dificuldades financeiras (aliás, obstáculo terrível para 100 por cento das prefeituras do país), o prefeito Jesualdo Pires vem somando pontos importantes e fazendo uma administração bastante competente. Alguns setores, como a saúde, melhoraram muito. Ele ainda enfrenta problemas com a Caerd, que não consegue resolver a questão do abastecimento, mas no que depende diretamente da Prefeitura, as coisas têm andado de forma positiva. Jesualdo é nome que tem futuro na política rondoniense...
PERGUNTINHA - No primeiro encontro da presidente Dilma com todos os seus 39 ministros, será que ela conseguiu decorar os nomes de todos eles?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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