A ameaça de mais um grave conflito em Rondônia, é daquelas situações em que falta bom senso, equilíbrio, vozes pacificadoras e busca de uma solução que beneficie as pessoas e não as ideologias. Na Reserva Jacy Paraná, localizada na região de Minas Novas, dentro do município de Buritis, mais de 1.500 famílias estão prestes a perder tudo o que construíram em mais de um quarto de século. Algumas estão na região há bem mais tempo. Pode-se repetir aqui o absurdo de Roraima, que retirou centenas de pessoas que trabalharam na terra para entregá-la aos índios, que não sabem o que fazer com ela. Os que construíram o Estado ficaram sem nada. Os índios continuam tão pobres e famintos quanto antes. Mas as ONGs internacionais que mandam na região e muitos ideólogos do atraso estão tendo orgasmos até hoje. Aqui, na área transformada em Reserva Extrativista em meados dos anos 90, depois que já havia dezenas e dezenas de famílias vivendo nela, a intenção é retirar todos os moradores, destruir o que eles construíram e fazer com que tudo volte a ser floresta. Justamente numa área onde há grande produção agropecuária. Só para ser ter ideia, Buritis é o quarto produtor de gado de Rondônia (foto) e grande parte do rebanho está lá, na área que o Estado e a União querem transformar em terra arrasada para seres humanos.
As famílias, ameaçadas de despejo, dizem que vão resistir. Não querem deixar para trás tudo o que construíram durante grande parte de suas vidas, à cuista de muito trabalho e sacrifícios. Fala-se que a qualquer momento pode haver ordem para que forças policiais - incluindo-se aí Força Nacional de Segurança - podem invadir o local e retirar todas as pessoas à força. Mais uma vez, a ideologia de alguns se sobrepõe ao bom senso e aos interesses maiores da coletividade.
CONTINUA VALENDO - Em fevereiro passado, a Assembleia aprovou decreto anulando a criação da Reseva Jacy Paraná, tentando salvar o que é possível e tentando fazer valer o bom senso. Não adiantou. Decisões judiciais mantiveram a área como de reserva e a ordem de retirada de todos e de tudo continua vigendo. A proposta de trocar aquela área, já ocupada e produzindo há anos, por outra do Estado, tem sido ignorada. O caso repercutiu no Congresso, mas ainda sem qualquer solução prática e viável.
POBRES FAMINTOS! - Repercutiu no país inteiro o protesto dos coitados dos presos de Vilhena, que fizeram um barulhão, ameaçando com rebelião, por causa da comida horrorosa que recebem: carne com molho, carne moída, panqueca e strogonoff. Exigem diversificação dos alimentos. Se tivessem que trabalhar para comer (e mal), como a maioria dos pobres brasileiros, muitos dos quais vítimas dos que estão presos, certamente dariam valor ao que ganham de graça. Mas, no Brasil é assim: é possível que as exigências sejam atendidas, senão, os defensores dos direitos humanos dos bandidos vão protestar!
NÃO DÁ NOJO? - Incompetência, perda de tempo, visão distorcida pela ideologia cega. Tudo isso serve tanto para a ministra da Promoção Racial, Nilma Gomes, como para os paranoicos membros de um tal de Instituto de Advocacia Racial, que pediram a proibição do livro Caçadas de Pedrinho, de um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos: Monteiro Lobato. Dá nojo ter que aguentar esse tipo de asneira, num país que tem tantos problemas graves, inclusive o racismo. Só que defender os mais pobres, que sofrem ataques racistas, não dá mídia nem voto. Mas idiotice dá!
CORTANDO NA CARNE - O prefeito de Vilhena, Zé Rover, é o entrevistado do Candelária Debate deste sábado (13h20 da tarde, em rede estadual para mais de duas dezenas de emissoras afiliadas à TV Candelária/Record). Ele vai falar, entre outras coisas, do grande choque de economia que está impondo na Prefeitura da sua cidade. Já foram definidas mais de uma centena de demissões. secretarias serão eliminadas e todas as gratificações sofrerão cortes. Rover aperta os cintos para que sua cidade, avisando que vai economizar para não quebrar. É imperdível!
FOGO NA PM - A humilhação às forças policiais chega a todos os setores. Em Porto Velho, a última da bandidagem foi o ato de vandalismo, incendiando uma base da Polícia Militar no bairro Teixeirão. O local estava abandonado, já havia sido alvo de ações de vândalos, mas nesse caso os marginais avisaram que o que iam fazer. E fizeram. É um deboche às autoridades e à lei. Nossa polícia, infelizmente, não tem respondido à altura até quando é atacada dessa forma. Lamentável!
SALVANDO O QUE DÁ... - O Exército, como sempre, está apoiando a comunidade. Em parceria com Prefeitura e Estado, retirou peças históricas (as que ainda sobraram!) da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, ameaçadas de nova enchente do rio Madeira. O acervo será guardado no prédio do relógio e um dia, quem sabe, será recuperado. As perdas já foram imensas e dessa vez, não se pode negar que a ação preventiva é elogiável. Até a locomotiva vai der retirada para um ponto mais alto, fora do alcance das águas. Pelo menos isso!
PERGUNTINHA - A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, vai durar quanto tempo no cargo, com tanta pressão de petistas e representantes do extrema esquerdismo brasileiro contra seu nome no governo Dilma Rousseff?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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