quarta-feira, 11 de março de 2020

TESTE: NOVO SCOOTER YAMAHA XMAX 250 ABS

Estreia da Yamaha na categoria tem inovações como controle de tração e espaço inédito embaixo do assento



Passamos três dias avaliando o novo XMax 250 na cidade de São Paulo (SP) e estradas. O design é realmente muito diferente se comparado à concorrência de Honda SH 300 e Dafra Citycom. Linhas recortadas com farol e lanterna traseira duplos conferem mais porte e agressividade.  
Esta unidade era preta fosca com rodas douradas, um toque de esportividade que também aparece em outras características do scooter. Também pode ser vermelho ou azul com partes da carenagem e as rodas pretas. Aliás, a família Max de forma geral, e os modelos de maior cilindrada em especial, buscam uma condução prazerosa e esportiva que se aproxime mais da dinâmica da moto.  
O motor 250 é menos potente que os 300 (22 cv e 2,5 kgf.m contra até 27 cv e 2,7 kgf.m dos concorrentes), mas vem com atributos como controle de tração. Não está lá por causa de excesso de capacidade de aceleração, mas por segurança, para evitar perda de tração em piso escorregadio.
Tem chave de presença e se deixarmos a ignição ligada, um aviso sonoro de advertência, como um alarme, começa a tocar. Abrindo o banco, um espaço inédito fica disponível, também com iluminação interna de LED. Cabem dois capacetes fechados e sobra espaço entre eles para objetos menores, o que evitará a necessidade de instalação de baú por muitos compradores.
No escudo frontal estão mais dois porta-objetos, um de acionamento rápido por clique e outro com tomada 12V e trava elétrica pela chave de presença. Uma medida de segurança para deixarmos os pertences enquanto estacionado.
Ao montar, pode-se regular a altura do para-brisa em 50 mm. Na estrada ajudaria a desviar do vento e proteger da chuva. E o painel lembra muito o do TMax 530, com velocímetro e conta-giros redondos separados pelo display central. 
Saindo com o XMax a ciclística se mostra leve, mas progressiva nas mudanças de trajetória. É um ponto de vantagem em relação à concorrência. Faz curvas bem, com ótima estabilidade, até o cavalete raspar, o que acontece especialmente com garupa. Os pneus mais largos ajudam, têm 120/70-15 na dianteira e 140/70-14 na traseira. 
A distância entre banco e plataforma está mais próxima do que no SH e no Citycom. Por outro lado, há o conforto da segunda posição alternativa, com as pernas esticadas se os pés ficarem nos apoios de cima (como no NMax 160). Quem é mais alto pode também afastar o guidão em 20 mm.
Outro diferencial, especialmente para quem também pega trecho de estrada é o tanque de combustível é maior. São 13,2 litros, contra até 10 litros dos concorrentes. E falando em uso rodoviário, mesmo carregado e com garupa, manteve bem os 120 km/h. Sem excesso de ruído ou vibrações. 
O preço de R$ 21.990 deixa o XMax 250 no mesmo patamar do Honda SH 300 e do novo Dafra Citycom HD 300. A diferença de preço entre os concorrentes só é relevante no caso do Citycom da geração anterior, que segue à venda sem ABS, por R$ 19.990.

Ficha técnica 
Motor: 250cc, 1 cilindro, 4 válvulas e refrigeração líquida
Potência: 22,8 cv a 7.000 rpm
Torque: 2,5 kgf.m a 5.500 rpm
Câmbio: automático CVT 
Chassi: underbone  
Comprimento: 2.185 mm
Largura: 775 mm 
Altura: 1.465 mm
Altura do assento: 795 mm
Entreeixos: 1.540 mm
Suspensões: garfo com 110 mm de curso e amortecedores ajustáveis na pré-carga da mola com 79 mm de curso  
Freios: disco de 267 mm com pinça de 2 pistões na dianteira e disco de 245 mm com pinça de 1 pistão na traseira
Pneus e rodas: 120/70-15 na dianteira e 140/70-14 na traseira
Tanque: 13,2 litros
Peso: 179 kg (ordem de marcha)
Fonte: Revista Duas Rodas.

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