O Brasil e os demais países que compartilham a Amazônia possuem uma evidente e jamais contestada soberania sobre ela, mas há um pacto internacional - o Acordo de Paris - tentando evitar que as diversas causas do aquecimento global conduzam ao ponto sem volta, a partir do qual não será mais possível reverter os danos causados e suas consequências, como secas desastrosas, incêndios descontrolados e chuvas desreguladas. Com fartos exemplos recentes, há "catastrofistas" e teóricos da conspiração dizendo que o ponto já foi alcançado, o planeta está perdido e a humanidade terá que arranjar outro para sobrevir. Otimista, a ousada brasileira Agatha Bacelar, que concorre à cadeira hoje ocupada pela poderosa Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos EUA, defende incentivar os cientistas a descobrir formas de revertê-lo. Se o apelo de Agatha funcionar, salva-se a humanidade. Mas até lá é preciso cumprir as leis e castigar os criminosos sem prevaricação nem conivência. O governo criou o Conselho da Amazônia para ganhar tempo até conseguir dar respostas convincentes aos apelos da União Européia de não permitir a degradação da floresta. Se o tempo for bem aproveitado, o Conselho unirá a região e resgatará a abalada imagem do Brasil no exterior, criando consenso interno pela sustentabilidade e a segurança necessária - jurídica, familiar e étnica - sem os quais os investimentos continuarão travados.
Fonte: Carlos Sperança / Jornal Diário da Amazônia.
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