Novo scooter da Yamaha tem design chamativo e mais espaço. Como ele se sai contra o pioneiro do segmento?
Depois do primeiro teste com o novo Yamaha XMax 250, reunimos o scooter com o modelo que inaugurou esse segmento no Brasil. O consagrado Dafra Citycom 300 é o ponto de referência para avaliarmos como se sai a novidade japonesa. Preço mais acessível ainda será suficiente para superar um lançamento com design mais agressivo, itens de série inovadores e maior espaço embaixo do banco?
O Citycom tem banco extremamente confortável, largo e macio, com suspensões de atuação suave. É ágil em uso urbano e permite viajar em ritmo seguro com boa proteção frontal.
Está à venda no país há dez anos com pequenas alterações, mas passou a maior parte do tempo sem concorrente. O Honda SH 300 só chegou em 2016, com preço mais alto e design que não caiu no gosto do brasileiro. Já o XMax chama atenção pela estética de linhas angulosas, mais atual.
Outras conveniências que agradam no novo Yamaha são a chave de presença, a capacidade do tanque acima da média, para 13 litros (10 litros no Citycom), e o compartimento sob o banco para impressionantes 45 litros. Cabem dois capacetes integrais, e ainda sobra espaço entre eles. No Citycom cabe um capacete, com alguma sobra na parte da frente.
Os dois possuem porta objetos com tomada 12V no escudo frontal, abaixo do guidão, também com suas diferenças. No XMax o espaço à esquerda tem trava elétrica e é trancado automaticamente quando a chave de presença se afasta; à direita o fechamento é do tipo rápido, por clique. O Citycom usa uma tampa com fechadura tradicional, acionada pela chave de ignição.
Em movimento, o XMax tem comportamento dinâmico mais leve e ágil nas mudanças de direção, no que o peso menor em 13 kg ajuda. É possível ajustar a altura do para-brisa em 50 mm, de acordo com a estatura do condutor ou para uso urbano e na estrada.
O ponto alto do Dafra é o conforto proporcionado pela maior distância entre banco e plataforma, que deixa as pernas menos dobradas, e pelas rodas de aro 16 polegadas (15 e 14 no Yamaha) para transpor irregularidades no asfalto.
São conceitos claramente distintos, a Dafra busca conforto e a Yamaha mais “esportividade” e estabilidade nas curvas. O acerto das suspensões é diferente e os pneus mais largos, de 120/70 na dianteira e 140/70 na traseira (110/70 e 130/70 no Citycom).
Aliás, por R$ 21.990 o XMax é o único da categoria com controle de tração para evitar que o pneu traseiro destracione em piso escorregadio. Também vem com ABS nas duas rodas, enquanto o Citycom permanece à venda na versão mais acessível com freios combinados CBS (R$ 19.990). A versão topo de linha ABS foi substituída por uma reestilização com a mesma base mecânica por R$ 21.490, que será comparada ao novo Yamaha em breve.
Embora o motor do Citycom seja um pouco maior, de exatos 278cc, os dois scooters aceleram juntos (as fabricantes declaram até 27 cv e 2,7 kgf.m contra 22 cv e 2,5 kgf.m). O teste de 0 a 100 km/h foi cumprido em 17s40 pelo Dafra e 17s46 pelo Yamaha.
A diferença prática só aparece na velocidade máxima, ou seja, na estrada. O Yamaha chegou a 122,8 km/h e o Dafra a 126,8 km/h, apenas 4 km/h a mais.
Fonte: Revista Duas Rodas
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