O
Brasil do ou nós ou eles se movimenta de novo, mesmo em tempos de
corona vírus e seus perigos em aglomerações. Não fosse o caso do vírus e
certamente milhões de brasileiros
iriam às ruas, para protestar contra o Congresso Nacional e o STF,
embora alguns dos principais organizadores, tentando salvaguardar o
ocupante do Planalto, prefiram dizer que tudo será feito apenas para
apoiar o presidente Jair Bolsonaro. A implantação do
sistema de um Parlamentarismo branco no país, imposto de cima para
baixo pelo Congresso, contra o que pensa a imensa maioria dos
brasileiros, é sim um assunto polêmico, que precisa ser combatido pela
voz das ruas. O fato do Congresso ter abocanhado mais de
15 bilhões (queria 30 bi, mas negociou, com o perdão do trocadilho!) de
dinheiro que não é seu, tirando-o do Executivo, esse sim eleito para
governar e fazer os investimentos que achar corretos, é um motivo claro
dos protestos. Alguma decisões emblemáticas
do STF, surpreendentes e claramente políticas, também serão alvos dos
protestos (seja neste domingo, seja em outra data) direcionados com mais
voracidade a alguns ministros, mas com críticas a todos eles. O fato
do Congresso viver em função do seu próprio
umbigo, ignorando a necessidade de transformações profundas que o país
precisa; o fato de se continuar sempre na velha política do
toma-lá-dá-cá; a oposição a tudo o que o governo pretende implantar como
reformas, são pano de fundo das manifestações, que se
não forem realizadas nesse domingo, o serão quando o corona vírus
permitir. Se elas tiverem o tamanho que imaginam os bolsonaristas (sim,
porque o País está rachado entre quem apoia Bolsonaro e quem o odeia), o
Congresso sairá diminuído, pressionado e assustado,
porque a voz das ruas é a única coisa que realmente assusta a classe
política. Se a ida do povo às ruas (seja por causa do corona ou por não
concordar com o movimento) for fraco, será um tiro no pé do Presidente,
que conta apenas com o apoio popular para ir
em frente.
O
Brasil vive momentos de muita tensão, de enorme risco para a economia
(com queda vertiginosa das Bolsas de Valores); de falta de matéria prima
e todas as dificuldades
que se sabe, por causa do corona vírus. Vive uma crise política, clara,
desde o dia em que Bolsonaro assumiu, porque os derrotados jamais
aceitaram a derrota e a alternância no poder. Vivemos tempos complexos e
poucas luzes no final do túnel, cada vez mais
escuro. Só multidões nas ruas, exigindo mudanças de postura de parte
dos que vivem apenas para si mesmos e pouco para o País, podem amenizar a
crise. Se o país for tomado por bandeiras verdes e amarelas e grandes
multidões, seja neste domingo, seja num futuro
próximo, saberemos que o caminho está aberto para as transformações. Se
as manifestações fracassarem, será sinal de que não queremos mudar,
mesmo com tudo o que enfrentamos. Agora ou mais tarde, portanto, o povão
nas ruas definirá o momento decisivo para
nosso país. Iremos em frente ou afundaremos?
PROTESTO EM PORTO VELHO ESTÁ MANTIDO - Enquanto
nas grandes cidades a orientação é para evitar aglomerações, o que pode
prejudicar seriamente a mobilização do domingo, em Porto Velho o
protesto marcado há varias
semanas está mantido. Segundo Joel Auzier, um dos organizadores do
movimento, as ações já começaram no sábado, com pit stop em esquinas
importantes da cidade, convocando o porto velhense para o evento. Neste
domingo, a partir das duas da tarde, haverá uma
concentração na Praça das Caixas D´Água. De lá, por volta das 15h30, os
participantes vão se deslocar para o Espaço Alternativo. Segundo
Auzier, será um encontro democrático, onde todos os que quiserem,
poderão se manifestar. Os organizadores estavam, na manhã
deste sábado, buscando um patrocinador para distribuir máscaras aos
participantes.
GOVERNADOR RECOMENDA OUTRA DATA - O
governador Marcos Rocha publicou, dias atrás, nas redes sociais, um
chamamento à população, para o protesto do domingo no Espaço. Contudo,
depois das orientações das
autoridades nacionais para se evitar aglomerações, novo texto inserido
na internet e assinado por ele aconselha que o encontro programado para
esse domingo, seja transferido. “Como
mero apoiador desse movimento espontâneo da população, recomendo aqui o adiamento, tal como o Presidente disse em
sua live de ontem.”
No texto, Rocha diz que a decisão de ir ou não às ruas deve ser do próprio cidadão, mas lembrou que “pontuo
a necessidade de termos responsabilidade, evitando grandes aglomerações
para que o sistema de saúde consiga cuidar dos casos de forma constante
e eficiente”. Depois de lembrar que a Secretaria de Saúde do Estado foi
uma das primeiras a se preparar, no país,
para o enfrentamento do Covid 19, Rocha destacou que “nossas medidas
devem ser responsáveis e inteligentes. Seguindo a orientação do governo
federal, recomendo que as pessoas evitem aglomerações”. O Governador
também anunciou medidas mais duras, para evitar
aglomerações, caso necessário: “Determinei que já nas próximas 24 horas
seja decidido — seguindo as necessidades regionais — a adoção de
protocolos mais rígidos caso necessário, incluindo escolas, boates,
órgãos públicos e etc.”
Ou seja, Marcos
Rocha não vai ao protesto deste domingo.
WALTENBERG NÃO É O ÚNICO NOME DO MDB - Mudança
de planos? Nem tudo é o que parecia ser. As pedras no tabuleiro de
xadrez da sucessão do prefeito Hildon Chaves andam se mexendo. E de
forma surpreendente. O
MDB, por exemplo, que durante várias semanas anunciava estar aguardando
a aposentadoria do desembargador Walter Waltenberg, para convidá-lo
oficialmente a ser o nome do partido na corrida municipal de outubro, já
não fala sobre o assunto no mesmo tom. Mais
que isso, procurou pelo menos dois personagens conhecidos da política
local (Jaime Gazola e Vinicius Miguel), oferecendo-lhes a candidatura.
De dentro do diretório, o partido acatou a decisão de um dos seus
antigos membros, Neirival Pedraça, que também quer
colocar seu nome entre os possíveis candidatos. Há, no mesmo contexto,
outro pretendente: o ex secretário de saúde, Williames Pimentel, que já
concorreu na eleição passada. Tem mais um nome nesse time: o do ex
secretário de Planejamento do Estado, George Braga,
o preferido do ex governador e atual senador Confúcio Moura.
JEAN OLIVEIRA TERIA OUTROS PLANOS - Outro
indício de que os emedebistas estariam mudando de rumos é a muito
provável eleição do deputado Jean de Oliveira, na próxima semana, como
novo presidente municipal
do MDB de Porto Velho, com o aval de alguns dos principais caciques do
partido, incluindo-se aí o presidente regional, o deputado federal Lúcio
Mosquini. O que uma fonte muito bem informada ligada aos emedebistas
confirma, é que o nome de Waltenberg nunca
esteve nos planos de Jean, dentro do pacote da sucessão municipal. O
ainda presidente interino, Dirceu Fernandes, contudo, diz que
Walternberg continua fazendo parte da relação de possíveis candidatos.
Mas já não há a mesma intensidade e convicção sobre o
nome do magistrado que estará se aposentando, nas conversas dentro do
partido, como quando o Desembargador teve há tempos atrás. A política é
mesmo complexa demais para se compreender tudo o que ela apresenta como
surpresa.
A DESPEDIDA DE WALTENBERG - Por
falar em Walter Waltenberg: a segunda-feira começa com um evento
importante, no Judiciário rondoniense. A partir das 8h30 da manhã,
sessão do TJ julga o pedido de
aposentadoria de um dos mais respeitados magistrados que já passaram
pela história da nossa Justiça. O Desembargador se despede de uma longa
vida de serviços prestados à Justiça e à coletividade. Receberá de seus
pares, certamente, muitas homenagens. Sairá
de cabeça erguida e orgulhoso do dever cumprido. A partir daí, na
condição de cidadão comum e sem as amarras legais que impedem os
magistrados de participarem da vida política, ele estará apto e decidir
seus novos caminhos. Tem repetido que sua meta principal
é dedicar-se ao agronegócio, onde é um empreendedor de sucesso. Mas tem
sido instado a disputar a Prefeitura de Porto Velho. Até agora, não
disse nem sim e nem não. Começará a definir seus próximos passos depois
de muitas consultas à família, aos amigos e
ao travesseiro. Se decidir entrar para a política, certamente a
qualificará muito. Esperemos pela decisão...
CORONA TRANSFERE CPI DA ENERGISA - Seria
um dia importante no contexto da CPI da Energisa. Mas a penúltima
reunião, em que haveria participação maciça da bancada federal e de
representantes da Agência Nacional
de Energia Elétrica, a Aneel, que seria realizada nessa segunda-feira,
foi cancelada. A decisão partiu do presidente da Assembleia, deputado
Laerte Gomes, que anunciou a interrupção, por 30 dias, de quaisquer
encontros com muita pessoas, incluindo audiências
públicas e a própria CPI, no recinto do Parlamento, por causa do risco
do corona vírus.Com isso, os convites e convocações que haviam sido
expedidos foram cancelados, com a reunião sendo transferida para nova
data, que será anunciada em breve pelo presidente
da CPI, deputado Alex Redano e pelo relator Jair Montes. Aliás, Montes
esteve em Brasília até este sábado ao meio dia e ficou extremamente
preocupado sobre como os riscos do corona vírus estão afetando a vida
dos brasileiros. No aeroporto de Brasília, esperando
o voo para retornar ao Estado, ele só andava pelo local usando máscara,
daquelas que protegem a boca e o nariz. Aliás, no aeroporto, centenas
de pessoas também utilizavam esse tipo de proteção. Perigo no ar!
LÉO MORAES PROPÕE MEDIDAS RADICAIS - Medidas
radicais? O deputado rondoniense Léo Moraes, líder do Podemos na Câmara
Federal, quer proibir todos os voos da Europa e da Ásia para o Brasil,
no pacote de medidas
para impedir que o corona vírus se espalhe pelo país. Em pedido
encaminhada ao Ministério Público Federal, pedindo ação pública, Moraes
quer também que navios procedentes dessas regiões também sejam proibidos
de atracar em nossos portos. Ele alega que os Estados
Unidos e Israel, por exemplo, já adotaram a medida, que serviria, no
nosso caso, para proteger a saúde dos brasileiros, conforme alegou. Léo
quer as três armas (Exército, Marinha e Aeronáutica), vigiando nossas
fronteiras. À princípio soa como uma medida
extremamente exagerada, que poderia causar um caos econômico, tanto
pelos negócios perdidos, quanto pela derrocada do turismo. Mas não o é,
se comparadas à medidas como as tomadas pelo governo da Itália, por
exemplo, que praticamente isolou seu território
do mundo e impede que os cidadãos saiam de casa, a não ser para comprar
alimentos e remédios. A paranoia do corona vírus espalha-se pelo mundo,
na medida em que a doença avança por todos os continentes.
CAFÉ: MINISTRA GARANTE SOLUÇÃO - Sobreviveu
o bom senso. Depois da medida surpreendente e sem pé nem cabeça do
Ministério da Agricultura, de ter autorizado aumento nos preços mínimos
do café em todo o
Brasil, menos o Conilon de Rondônia, a ministra Tereza Cristina
prometeu corrigir a situação. Ao receber a bancada federal do Estado em
peso (todos os oito deputados federais e o senador Acir Gurgacz), Tereza
Cristina garantiu que os cálculos sobre o preço
do produto rondoniense será revisto. Somos hoje o segundo produtor
nacional do café conilon e o quinto do país, em termos de tonelagem
produzidas. Estiveram com a ministra, à frente o líder da bancada, Lúcio
Mosquini e os deputados Mariana Carvalho, Jaqueline
Cassol, Silvia Cristina, Léo Moraes, Mauro Nazif, Expedito Netto e
Coronel Chrisóstomo, além de Gurgacz. A pressão sobre o problema dos
preços, está sendo feita também pelo Governo do Estado. O secretário da
Agricultura, Evandro Padovani, participa nessa
próxima quarta, dia 17, de uma reunião com os secretários da área de
todo o país e levará o protesto rondoniense sobre a discriminação com o
nosso café. Espera-se que a promessa da ministra será cumprida logo.
GURGACZ NO COMANDO: O PDT SE MEXE - Por
falar em Acir Gurgacz, o partido que ele comanda, no Estado, se
mobiliza também para outubro. Já foram realizadas reuniões em Porto
Velho e agora será a vez de Ji-Paraná.
Na segunda maior cidade do Estado, o prefeito Marcito Pinto vai
concorrer à reeleição e tem o apoio de toda a estrutura dos Gurgacz, que
são, há anos, a grande força empresarial e política daquela próspera
comunidade. Alianças estão sendo estudadas, incluindo
aí o DEM, que pode indicar o vice. O PDT vai concentrar muito do seu
esforço e das suas atividades políticas para conseguir manter o controle
da segunda maior Prefeitura de Rondônia. Em Porto Velho, o PDT promete
candidatura própria, com o advogado Ruy Motta.
Em outras cidades, o comando do diretório regional autorizou que sejam
feitas alianças de acordo com os interesses locais. Em Ariquemes, por
exemplo, a sigla vai apoiar o nome do empresário e ex deputado Tiziu
Jidalias, do Solidariedade. Acir Gurgacz comandará
as ações do partido e espera seu crescimento, a partir de outubro. A
deputada federal Silvia Cristina, do alto dos quase 17 mil votos que fez
na cidade e hoje uma das mais importantes nomes do partido, vai também
participar ativamente da campanha municipal.
GUAJARÁ, ENFIM NO MAPA DO CRESCIMENTO! - Guajará
Mirim volta, enfim, a aparecer no mapa de Rondônia como uma cidade onde
pode haver sim progresso e desenvolvimento, mesmo que pelo menos 92 por
cento da sua área
seja considerada de preservação, o que é um verdadeiro absurdo,
impedindo seu povo produzir, crescer e ter uma renda decente. Mesmo
assim, há boas novas. Nesse final de semana, Guajará teve pelo menos
dois eventos importantes. Um deles, a rodada de negócios,
em parceria com o Governo do Estado, que pela primeira vez ocorre fora
do eixo da BR 364. Foi um evento importante, abrindo portas para que a
cidade se integre nos projetos de expansão, realizado na Acrivale, o
parque de exposições da cidade. O segundo, mas
muito importante evento, é a Feira de Artesanato, que começou na sexta e
se encerra neste domingo à noite. Nada menos do que 50 expositores
participaram do grande evento. O prefeito Cícero Norinha está
comemorando esse novo momento da sua cidade: “Guajará
está dentro deste novo contexto de desenvolvimento do nosso Estado,
conciliando indústria turismo e cultura”. Que seja mesmo um recomeço
para nossa Guajará, uma cidade que merece atenção especial de todas as
instâncias dos governos.
PERGUNTINHA
O
que você acha do sistema de Parlamentarismo disfarçado, implantado no
Brasil, sem o aval da população do país, que em todos os plebiscitos já
feitos não aceita esse
tipo de governo?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
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