A convocação feita para o dia 15 de março, em apoio ao governo Bolsonaro, causou mais tensão no Congresso Nacional. A bancada de oposição ameaça entrar com pedido de 'impeachment' e as demais lideranças viram o chamamento à população como afronta. Em contrapartida, alguns setores da esquerda, também querem colocar nas ruas seus militantes como forma de contrapor ao pedido de apoio ao presidente.
O dia 15 será um momento de medir os rumos do país. Se um bom número de pessoas se dispor a atender ao chamado do governo e for às ruas, isso fortalecerá Bolsonaro e terá maior poder de cobrança junto ao Congresso Nacional. Caso a ação não seja expressiva poderá causar encorajamento não apenas na oposição, mas em outros setores que também não andam satisfeitos com o governo. De um jeito ou de outro, 15 de março será ma boa medida para as decisões de todos os lados.
O governo precisa que o Congresso Nacional vote e aprove as reformas Tributária e Administrativa o mais rápido possível. Sem essas reformas a economia continuará na insegurança e o crescimento poderá não atingir os índices esperados. É uma questão de sobrevivência, por isso, o tudo ou nada nesse embate. Como o ministro da Economia Paulo Guedes não foi bem-sucedido no embate com os congressistas, o apoio popular seria a maneira do governo ganhar força e fazer a pauta caminhar.
Os congressistas temem desgastes em suas bases, em ano de eleições de 2022. A maior preocupação tem sido com a reforma Administrativa que já causou alvoroço nos serviços públicos. A reforma Tributária não está isenta de causar desgaste político, dependendo de como proceder. Portanto, qualquer decisão pelo andamento das reformas dependerá do resultado das ruas e praças no dia 15 de março.
Fonte: EDITORIAL - Jornal Diário da Amazônia.
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