No emaranhado de nomes que não caem mesmo no gosto do eleitorado (já que a disputa se concentra principalmente nos nomes do novato e extremista Jair Bolsonaro e no do presidiário Lula), é bom a gente ficar de olho num sujeito chamado João Amoêdo. Ele é do Partido Novo, uma sigla que não aceita dinheiro público, que não faz acordos e conchavos políticos; cujos membros não podem se reeleger mais que uma vez e que vem aparecendo como uma alternativa, com o perdão do trocadilho, bastante nova, no contexto da mesmice que são as eleições no país. O Novo não topa, por exemplo, usar os mais de 3 milhões de reais já depositados em sua conta, desde o ano passado, por conta do Fundo Partidário. Houve tentativa de devolver o dinheiro aos cofres públicos, desde que a União o destinasse a investimentos na saúde, educação e segurança, por exemplo. A turma de Amoêdo foi avisada de que, ao contrário do pedido deles, a verba retornaria ao Fundo e seria redistribuída entre outros partidos. O grupo não topou, abriu uma conta poupança e o dinheiro está lá, parado, até que seja decidido um destino que a sigla considere justa e que beneficie a população e não os políticos. O João cheio da grana, por sua fortuna pessoal e de planos, certamente terá dificuldades de crescer entre o funcionalismo, porque defende uma ampla privatização no país, incluindo-se aí Petrobras, Banco do Brasil, Caixa. Para ele, qualquer serviço público pode passar à iniciativa privada, para desinchar o Estado e destinar recursos para a grande maioria da população e não, como hoje, onde o Brasil está separado em castas, com direitos demais para alguns e direitos de menos para outros.
Com apenas uma semana do início da campanha e sem ter participado dos dois debates (na Band e RedeTV!), Amoêdo já aparece em algumas pesquisas com 4 por cento das intenções de voto, empatado tecnicamente com os mesmos de sempre Geraldo Alkmin e Fernando Haddad, por exemplo. E vem subindo, em direção a Ciro Gomes. É bom ficar de olho neste milionário, que aos 55 anos tem um patrimônio de 425 milhões de reais e que tem apresentado uma série de propostas extremamente inovadoras para o país, incluindo mudanças profundas na gestão da economia, como, por exemplo, o fim de desonerações para alguns setores, além da simplificação dos tributos, “principalmente sobre o consumo”. Falta-lhe, claro, a experiência e o jogo de cintura dos políticos que estão há décadas na estrada. Falta também um posicionamento mais claro sobre como pretende enfrentar a violência, a criminalidade e as leis que foram feitas para defender bandido. Mas, no contexto geral, Amoêdo aparece sim como uma perspectiva viável, num meio que parece um circo dos horrores. Olho, portanto, no Amoêdo!
SERÁ QUE VAI BENEFICIAR LULA?
Um caso inédito no Judiciário, aqui de Rondônia, pode sacudir o Brasil com a mudança de posição, vinda do STF, através de um dos seus ministros, para que um condenado em segunda instância não cumpra pena, antes do processo transitar em julgado, ou seja, seja analisado em todas as instâncias. Um dos advogados de defesa do réu rondoniense, é o conhecido advogado Juacy Loura Júnior. Seu cliente havia sido absolvido em primeira instância. O MP recorreu e ele foi condenado na instância superior e, imediatamente, teve sua prisão decretada. Juacy e outro colega seu, de Brasília, Joelson Dias, impetraram um Habeas Corpus em favor do cliente. O Superior Tribunal Federal manteve a prisão em segunda instância, mas o recurso impetrado junto ao STF, instância maior do Judiciário, mudou tudo. O ministro Ricardo Lewandowski, em decisão monocrática, concedeu o Habeas Corpus, permitindo que o réu fique livre até que o processo transite em julgado, ou seja, seja analisado em todas as instâncias, Certamente o assunto vai ter repercussão nacional. Afinal, o STF decidiu que condenação em segunda grau é igual à cadeia. O caso de Lula, por exemplo, se encaixa nessa decisão, Com o surgimento dessa nova decisão, em que Lewandowski disse não à prisão em segunda instância, certamente a discussão do caso Lula vai se acirrar ainda mais, embora o HC só valha para esse caso específico. Com base nesta nova decisão os advogados de outros presos, não poderiam usar o mesmo caminho legal, para tentar tirar seus clientes da cadeia?
EXPEDITO ENFRENTA AS FAKE NEWS
O líder da primeira pesquisa do Ibope ao governo, Expedito Júnior, está concluindo a montagem da sua equipe para a campanha. Tem gente daqui e tem gente de fora. Ele tem falando em realizar, se eleito, um governo diferente, inovador, criativo. Ainda não disse como pretende fazê-lo, mas tem feito um discurso positivo e pra cima, em todo o Estado, onde a recepção a ele e sua campanha têm sido altamente positiva. Internamente, contudo, seu time de advogados está tendo muito trabalho. O tucano tem sido muito atacado por páginas de perfis falsos, na internet, que têm espalhado as famosas fake news contra ele. Pelo menos cinco perfis falsos já foram identificados e denúncias estão sendo encaminhadas para as autoridades competentes. As fake news serão uma verdadeira praga nessa eleição e somente ações efetivas, duras, com punições exemplares, podem ao menos diminuir o enorme volume previsto para a campanha tanto em nível local quanto nacional. O próprio ex presidente do TSE, ministro Luiz Fux, declarou recentemente que as fake podem até mudar resultados de eleições e, se isso for constatado oficialmente, o pleito pode até ser anulado. Coisa grave, que precisa ser combatida com toda a força.
DEFESA DE ACIR CONFIRMA CANDIDATURA
A defesa do senador Acir Gugacz já contestou, junto ao TRE, pedido de impugnação feita pela Procuradoria Eleitoral, que alegou que o candidato ao governo estaria inelegível por condenação em segunda instância. Apresentada pelo advogado Nelson Canedo, a contestação afirma que a condenação por parte do Supremo Tribunal Federal, foi suspensa com a apresentação de recurso na própria Corte, o que, automaticamente suspendeu os efeitos, entre as quais, a inelegibilidade. Ou seja, para a defesa, Acir está apto a disputar o pleito. Ao tratar do mérito da impugnação, a defesa de Gurgacz afirma que não foram levados em conta, pelos procuradores que pediram a impugnação, o fato de que a apresentação dos embargos infringentes no STF, suspenderam os efeitos da condenação. Segundo Canedo, nos embargos infringentes a infringência do que foi decidido no acórdão é o que se busca de forma imediata, sendo, aliás “consectário lógico de eventual provimento”. Por fim, outra hipótese levantada pela defesa é de que, além de Corte poder alterar a própria decisão, a prescrição poderia ser alcançada e declarar a extinção da punibilidade”. O caso está ainda para ser julgado no TRE rondoniense.
MAURÃO DESTACA VOLUME DA CAMPANHA
Quinze cidades visitadas em uma semana. Os primeiros dias de campanha, na avaliação do deputado Maurão de Carvalho, candidato ao MDB ao Governo, foram dos mais positivos. Em todas as regiões do Estado onde esteve, acompanhado do seu candidato a vice, Wagner Garcia de Freitas e por diversos candidatos, como os pretendentes ao Senado Valdir Raupp e Confúcio Moura, o emedebista se diz motivado e empolgado, depois de “sentir o apoio e o calor da população”, por onde andou. Segundo Maurão, essa mobilização, o apoio popular; a parceria com alguns dos nomes mais destacados da política rondoniense; a militância atuante do partido e um programa de governo enxuto, viável e que será seguido rigidamente, se ele for o Governador, o incentivam a ampliar ainda mais sua caminhada, levando-a a todos os recantos de Rondônia. Para Maurão, sua campanha ganha volume e o número de multiplicadores é cada vez maior. “Vamos ampliar nosso trabalho em cada recanto de Rondônia, levando nossa mensagem e nossas propostas à população”, afirmou, O candidato começa também, no final de semana, com os demais concorrentes, a apresentar suas ideias e propostas no horário eleitoral gratuito. Ele terá o terceiro maior tempo.
PIMENTA SONHA EM CRESCER
O candidato do PSOL/PT ao Governo, Pimenta de Rondônia, começa a gravar nesta semana seus primeiros programas eleitorais. Ele terá o quarto maior tempo no horário eleitoral gratuito e quer usá-lo para convencer o eleitorado rondoniense que é um nome viável, com um projeto viável para o Estado. Pimenta já disputou várias eleições, sempre pelo nanico PSOL, que não cresce em Rondônia. O diferencial dessa vez, além da figura dele própria, que é de um político digno, gentil, apaixonado por suas convicções, é que Pimenta terá a parceria do PT, um dos maiores partidos políticos do país, mesmo na crise que está vivendo. Com isso, seu tempo de contato com o eleitorado deu um salto, permitindo que ele tenha espaço suficiente para falar com o rondoniense, apresentar suas propostas e dizer a que veio. Seu candidato a vice é o jornalista Paulo Benito, que também participará ativamente dos programas eleitorais, até por sua larga experiência na frente das câmeras. O coronel Marcos Rocha, do PSL, quinto colocado na pesquisa, terá pouquíssimo tempo no horário eleitoral. A equipe que está tratando da sua participação na propaganda gratuita está quebrando a cabeça, para que ele possa dizer alguma coisa ao eleitor. É o mesmo caso de Vinicius Miguel, um jovem candidato, que terá apenas alguns segundos por semana para conversar com o público. O PSTU, com Pedro Nazareno e o PMDB, com o Comendador Queiroz, mal terão tempo de dizer Oi. Os dois estão em último na pesquisa do Ibope.
FIM DAS ALAGAÇÕES NA MAMORÉ?
A Prefeitura da Capital anuncia uma grande obra de drenagem pluvial profunda, na avenida Mamoré, na zona leste da Capital. Num longo trecho, onde as alagações são constantes e a avenida está esburacada, será feito um pacote de serviços, que inclusive atrapalhará a vida dos moradores, pelo menos até dezembro deste ano, mas a Prefeitura garante que valerá a pena. A obra faz parte do projeto de infraestrutura para asfaltar 21 ruas do Bairro Flamboyant, que iniciou em maio de 2017 e inclui drenagem pluvial profunda e superficial, asfaltamento com meio-fio, sarjeta e calçada. Mais de 11 milhões de reais serão investidos. O serviço que realizado no local tem o objetivo de dar vazão à água, principalmente de chuva, ligando uma galeria a outra. É bom que a população tenha paciência e que a obra seja entregue mesmo, exatamente como está anunciada. Passar trabalho para ver depois serviços abandonados, é, certamente, o que os moradores menos querem. Mas se tudo for feito como o anunciado, certamente valerá a pena a espera e o sacrifício.
PERGUNTINHA
A essas alturas da disputa eleitoral, você já escolheu seus candidatos, com a certeza de que está mesmo escolhendo os melhores ou vai apenas tentar encontrar os menos ruins, para conduzir seu destino, da sua família, do Estado e do país?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO
Nenhum comentário:
Postar um comentário