O advogado e ex-vereador de Porto Velho, Agnaldo Nepomuceno defende mudança na legislação para amparar nossos estudantes de medicina que com muito sacrifício buscam seus objetivos estudando em outros países. Ele diz que não é possível fechar os olhos e excluir milhares de jovens que, devido às dificuldades encontradas no Brasil foram obrigadas a estudar, principalmente na Bolívia, Paraguai e Argentina.
É necessário buscar alternativas para que eles possam atuar no Brasil e ajudar a minimizar a dor de milhares de pessoas, que estão sofrendo sem tratamento adequado. Agnaldo Nepomuceno diz que, se a questão é qualidade então ela deve ser obrigatória para todos, tantos os formados lá como os formados aqui.
Por que milhares de brasileiros estudam medicina em países como Bolívia, Paraguai, Argentina? Seria uma opção pessoal? Claro que não estudam lá porque no Brasil, com poucas exceções, só conseguem ingressar em uma faculdade pública, ou pagar um curso de medicina em uma faculdade particular membros de família de alto padrão econômico ou da elite dominante.
Agnaldo questiona o que justifica uma mensalidade de seis mil reais para um curso de medicina no Brasil? Qual a diferença das faculdades do Brasil e dos países citados? Por que lá o valor do curso é infinitamente menor que aqui? Seria a qualidade de ensino?
É fácil saber se a questão é ou não a qualidade do ensino, basta aplicar a mesma Prova do Revalida para os profissionais formados naqueles países e para os formados aqui. Será que os formados na maioria das faculdades brasileiras seriam aprovados nestas provas?
Se a Prova do Revalida, (O Revalida é um exame nacional que reconhece diplomas estrangeiros de medicina) realmente é para assegurar a qualidade, então deve ser aplicada para todos independente de onde formou. A verdade oculta nesta questão é dificultar a entrada dos profissionais formados em outros países no mercado brasileiro, isto é, uma verdadeira reserva de mercado. Porque não aplicaram a prova do revalida para milhares de médicos que compõem o programa mais médico?
A política educacional brasileira na maioria das instituições de ensino particular é mercantilista. Primeiro visa o dinheiro, para depois se preocupar com a qualidade de ensino. Os acadêmicos, além das altíssimas mensalidades, são submetidos a várias outras despesas como material caríssimo, cópias, justificativa de faltas, prova de segunda chamada. Até para apresentar atestado médico tem que pagar.
Fonte: Agnaldo Nepomuceno - Advogado / Porto Velho-RO.
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