Edifício Wilton Paes |
Vizinhos lembram que desde a saída da Polícia Federal, em 2003, existiam dúvidas quanto à firmeza das estruturas do prédio. Dizem ter alertado frequentemente as autoridades sobre problemas. O Corpo de Bombeiros, segundo seu comandante vistoriou o imóvel e também mostrou problemas. Mas o lugar estava ocupado há anos, sofreu ação de uso impróprio, com o acúmulo de materiais inflamáveis, e ninguém tomou providências até o seu incêndio e desmoronamento. É a mostra flagrante de irresponsabilidade das autoridades, inclusive não cumprindo as leis. O ocorrido autoriza a supor que os demais imóveis ocupados irregularmente - tanto em São Paulo quanto em outras localidades - são igualmente bombas prestes a explodir, matar seus ocupantes e cair sobre a cabeça de quem esteja passando pela proximidade.
Infelizmente a questão habitacional tornou-se moeda de exploração política. Grupos que se arvoram em defensores dos sem teto os exploram politica e economicamente e as autoridades nada fazem para impedir. O governo da União, detentor do "imperium" jurídico é o primeiro a abandonar suas propriedades. O Estado e o município tomam medidas paliativas, quando o fazem, e a população de pobres e desvalidos é mantida refém de esquemas político-ideológicos e da leniência dos governantes que, pensando em votos, fazem vistas grossas aos exploradores.
Quando ocorreu o incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria (RS), levantou-se o problema da falta de fiscalização de segurança aos prédios de uso coletivo (muitos deles públicos). Agora, sob o impacto do sinistro no Largo Paiçandu, promete-se levantamento das ocupações irregulares. É preciso que cada autoridade, na sua área de atribuição, assuma suas responsabilidades e atuem para resolver o problema. Será desumano se, por qualquer razão, especialmente por questões políticas, deixarem de agir para voltar a se manifestar somente quando outro sinistro do gênero vier a ocorrer. Acidentes previsíveis pode acontecer, é fruto de falta de responsabilidade e devem ser exemplarmente punidos.
Fonte: Dirceu Cardoso Gonçalves - Dirigente da Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo. - (Jornal Diário da Amazônia).
Infelizmente a questão habitacional tornou-se moeda de exploração política. Grupos que se arvoram em defensores dos sem teto os exploram politica e economicamente e as autoridades nada fazem para impedir. O governo da União, detentor do "imperium" jurídico é o primeiro a abandonar suas propriedades. O Estado e o município tomam medidas paliativas, quando o fazem, e a população de pobres e desvalidos é mantida refém de esquemas político-ideológicos e da leniência dos governantes que, pensando em votos, fazem vistas grossas aos exploradores.
Quando ocorreu o incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria (RS), levantou-se o problema da falta de fiscalização de segurança aos prédios de uso coletivo (muitos deles públicos). Agora, sob o impacto do sinistro no Largo Paiçandu, promete-se levantamento das ocupações irregulares. É preciso que cada autoridade, na sua área de atribuição, assuma suas responsabilidades e atuem para resolver o problema. Será desumano se, por qualquer razão, especialmente por questões políticas, deixarem de agir para voltar a se manifestar somente quando outro sinistro do gênero vier a ocorrer. Acidentes previsíveis pode acontecer, é fruto de falta de responsabilidade e devem ser exemplarmente punidos.
Fonte: Dirceu Cardoso Gonçalves - Dirigente da Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo. - (Jornal Diário da Amazônia).
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