sexta-feira, 13 de abril de 2018

Opinião de Primeira - DANIEL DIZ ESTAR PRONTO PARA ASSUMIR A RESPONSABILIDADE PARA A QUAL SE PREPAROU A VIDA TODA

“Vou trabalhar duro, vou dar o melhor de mim! É uma responsabilidade que me cabe. O governo tem uma equipe muito boa, tanto que sua avaliação é muito positiva. Então, com tudo o que aprendi na minha vida pública, com mais esses mais de três anos em que estive junto com o governador Confúcio Moura, acho que eu consigo  sim assumir essa enorme responsabilidade, que é a de gerir os interesses maiores de todos os rondonienses”! Não são frases feitas. Elas foram ditas com convicção, há algumas semanas, quando Daniel Pereira se preparava para a missão, árdua e complexa, que começa a assumir oficialmente a partir do final desta sexta-feira. Daniel deve manter a espinha dorsal da equipe de Confúcio. Muito dificilmente mexerá em áreas vitais, como o Planejamento e as Finanças. Vai mexer na segurança pública sim. Tem um projeto de governo para o setor e vai colocar em postos chaves, pessoas da sua confiança, que receberão missões específicas e diretas, com o intuito de apresentar resultados imediatos. Daniel quer queda nos índices de criminalidade no Estado em curto espaço de tempo. Quando disse, numa entrevista exclusiva a Sérgio Pires, na Record News, que iria manter o que está bom e que iria buscar melhorar o que fosse possível e corrigir o que não estava cem por cento, Daniel se referia exatamente à segurança pública, sua primeira e maior preocupação.

Horas depois que Confúcio postou um vídeo, nas redes sociais, na manhã desta quartaanunciando que deixa o governo para concorrer o Senado e renuncia nesta sexta,  Daniel começou a se mexer. Passou praticamente todo o dia em reunião com futuros assessores e parceiros, fora do CPA, já tratando das primeiras ações do seu governo. Obviamente que tudo ocorreu a portas fechadas e ele só atendeu ligações do próprio Confúcio Moura e de algumas pessoas mais próximas. Não se sabe se no discurso de posse dessa sexta, Daniel falará claramente sobre seus planos, se anunciará mudanças, se nomeará seus novos assessores durante a solenidade. O que se sabe é que ele se preparou bastante para esse dia e não parou de preparar-se mesmo na crise que teve com o Governador, quando algumas pessoas da sua turma (de Daniel), pareciam estar decretando uma intervenção branca em algumas várias secretarias. Daniel sabia que o Governador estava apenas transferindo para mais à frente sua decisão de ser candidato. No dia em que Confúcio fez o anúncio publicamente, o até agora vice governador e a partir desta sexta, novo Governador de Rondônia, já estava pronto para a missão. Esperemos que ele a cumpra da melhor forma possível e que nosso Estado continue sendo uma exceção positiva neste Brasil tão debilitado!

O PROFESSOR E A GREVE DOS PROFESSORES
Daniel tem dito que quer dar uma solução para a greve dos professores. Não disse como e nem com que recursos, mas sempre que perguntado, responde que é professor, é de uma família de professores e que valorizar a categoria é uma prioridade para ele. Por isso, ao assumir amanhã, certamente todos os olhos e ouvidos de milhares de professores, de alunos e pais de alunos estarão voltados para ele. Virá mesmo com uma solução a curto prazo? Ou pedirá que os professores retornem ao trabalho, enquanto as negociações continuam? Receberá um cheque em branco da categoria? Ou já tem uma carta na manga, para anunciá-la, acabando com o movimento de paralisação que já chega a quase um mês e meio? Nesta quarta, o governador que sai, Confúcio Moura, disse que gostaria de negociar com os professores, para encerrar a mais longa greve do seu governo. Mas, no mesmo comentário, avisou que não há como atender a tudo que a categoria exige numa tacada só. Enfim, o caso é o mais complexo neste fim de um governo e começo do outro. Daniel Pereira tem a solução? Saberemos em poucas horas...

QUEM FICA, QUEM SAI!
Entre os principais nomes do time de Confúcio, muitos permanecerão onde estão, mesmo no novo governo. Muito provavelmente Wagner de Freitas, o secretário das Finanças e George Braga, o do Planejamento, ficam onde estão, no governo de Daniel Pereira. O chefe da Casa Civil, Emerson Castro, poderá assumir outra missão, já que Daniel pretende trocar o comando deste setor que é muito próximo e da confiança pessoal do Governador. Waldo Alves só não fica na Educação, se não quiser. Daniel tem se declarado admirador do trabalho dele. Deve mudar o comando do DER, para onde pode voltar Josafá Marreiro, que tinha assumindo no lugar de Ezequiel Neiva e permaneceu menos de quatro dias no cargo, por causa da crise que quase causou o rompimento entre Confúcio e Daniel. Muda o comando da PM e da Segurança Pública. Daniel terá que escolher também novos secretários para a área da saúde pública, já que Williames Pimentel sai para concorrer a deputado. Seu provável substituto será o atual adjunto, o competente médico Dr. Maiorquin, embora  a confirmação oficial ainda não tenha sido dada. Júlio Olivar também deixa o Turismo para concorrer à Assembleia Legislativa. Não havia, até ontem, posição do novo Governador de quem poderá substituí-lo.

PSB, PT E MAURO NAZIF
Daniel chega ao poder cercado de pedidos dos seus companheiros do PSB e de antigos aliados do PT, partido, aliás, onde ele começou sua carreira política e elegeu-se duas vezes deputado estadual. Por causa de alguns aliados, ávidos por tomar um naco do poder, ele quase ficou sem nada, pela possibilidade concreta, que chegou a existir, de um rompimento total com o governador Confúcio Moura. Partiu do próprio Daniel a ordem para que os que estavam já dando ordens pelas secretarias do Palácio Rio Madeira/CPA recolhessem os flaps e saíssem do ar. Agora, contudo, quando ele assume o Governo, a mesma turma está de volta, aguardando nomeações, cargos, missões políticas. A única certeza que se tem, ao menos por enquanto, é que Daniel vai prestigiar bastante seu companheiro de partido, o ex deputado federal e ex prefeito de Porto Velho, Mauro Nazif. O próprio Daniel tem repetido, nos últimos meses, que uma das suas principais missões como membro do PSB é fazer de Nazif o deputado federal mais votado de Rondônia. Não se sabe se conseguirá. Sua missão não será fácil, porque embora Nazif sempre tenha sido um parlamentar diferenciado, sua pífia administração no comando de Porto Velho ainda está fresca na memória do eleitor. Mas, vamos ver se Daniel consegue mesmo atingir sua meta.

GRATIDÃO E MÁGOAS
Confúcio gravou um vídeo, no CPA, para se despedir dos rondonienses como Governador e anunciar que deixa o cargo para concorrer a uma das duas cadeiras a que Rondônia tem direito, no Senado Federal. Em alguns momentos mostrou-se visivelmente emocionado. Horas depois, ao participar do programa dos Dinossauros (Papo de Redação, Rádio Parecis FM), atração de maior audiência do rádio rondoniense há sete anos, o Governador, durante quase duas horas, falou de tudo, respondeu a todas as perguntas, acenou com um pedido de paz aos professores, dizendo que gostaria muito de fechar um acordo para acabar com a greve de 43 dias; foi homenageado com vários comentários dos ouvintes e em apenas um momento mostrou-se magoado com episódios que viveu na sua administração. Citou o caso em que foi levado coercitivamente, sem necessidade, para depor na Polícia Federal, como uma tristeza que leva consigo. O segundo fato é um que ele repete sempre: ter sido impedido, por denúncias jamais confirmadas de superfaturamento e outros erros, de ter construído o Heuro, o Hospital de Emergência e Urgência de Rondônia. Afora  isso, foram muitos agradecimentos a todos os que o ajudaram a transformar seu governo num dos mais elogiados do país.

AO SENADO, FALTA UM DECIDIR!
A disputa ao Senado já tem pelo menos quatro nomes considerados entre os que têm chances reais de serem eleitos. Já estão na lista o próprio  Confúcio Moura; o senador Valdir Raupp, ambos pelo PMDB e o prefeito de Ji-Paraná, Jesualdo Pires, do PSB, que se desincompatibiliza nesta quinta, para concorrer. O quarto nome é o do professor Aluízio Vidal, da Rede de Sustentabilidade, que tem um forte eleitorado na Capital. E Expedito Júnior? Ele será o fiel da balança nesta disputa. Se entrar nela, muda todo o quadro. Os três com mais chances (pelo poderio político e econômico), torcem para que Expedito concorra ao Governo e não ao Senado. O tucano só vai falar sobre sua decisão depois que ficar definida a situação do ex governador e senador Ivo Cassol, atual líder das pesquisas ao Governo. Só se Cassol não puder disputar o comando do Estado é que Expedito o fará, daí com apoio do grupo cassolista. Vários outros nomes, de partidos menores, estão surgindo todos os dias, como possíveis candidatos ao Senado. Não se sabe ainda se todas as pré candidaturas sobreviverão até as convenções e se algum destes candidatos nanicos terá alguma chance real de chegar lá.  Se a eleição fosse hoje e Expedito estivesse fora, Confúcio, Raupp e Jesualdo disputariam as duas vagas.

RESPIRANDO POR APARELHOS
A Caerd não tem mais cura. Está em estado terminal, respirando com a ajuda aparelhos. Fosse uma empresa privada, já teria falido há muito tempo. Suas dívidas superam 1 bilhão e 200 milhões de reais. Não fatura mais que 11 milhões ao mês e quase toda a arrecadação é cassada pela Justiça, para pagar funcionários, principalmente, mas também alguns credores. A empresa não pode ter sequer um carro no seu nome, que ele vai para o rol dos perdidos em ações judiciais. Qual a saída? O governador Confúcio Moura, que está deixando o cargo, disse ontem na Rádio Parecis (programa Papo de Redação) que está negociando a municipalização da água, citando conversas já tidas com o prefeito Hildon Chaves e com Jesualdo Pires, de Ji-Paraná. “Temos um projeto para que isso se concretize, mas tudo direitinho, dentro da forma da lei, para que os municípios assumam o abastecimento de água e a Caerd possa receber um dinheiro para pagar suas dívidas”, afirmou. Confúcio também garantiu que, mesmo como toda a crise, ainda esse ano 100 por cento de Porto Velho terá abastecimento de água. Mas lamentou que das 155 mil habitações, apenas 25 sejam abastecidas e que, ainda, 60 por cento da água distribuída pela Caerd seja perdida, por vazamentos. Não tem jeito mesmo!

PERGUNTINHA
Se você pudesse fazer apenas um pedido ao novo governador Daniel Pereira, pediria mais atenção para a segurança pública, para a saúde ou para a educação?

Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.


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