Daniel Pereira chega cheio de vontade de fazer as coisas certas e manter Rondônia no rumo do crescimento acima dos níveis nacionais, como recebeu o Estado do agora candidato ao Senado, Confúcio Moura. Vem cheio de planos, querendo melhorar o que acha que está indo bem e corrigir o que considera que não está funcionando como ele gostaria. Neste sábado, ao ser entrevistado no programa Papo de Redação, com os Dinossauros Everton Leoni, Beni Andrade, Jorge Peixoto e Sérgio Pires, ele falou abertamente sobre todos os temas questionados. Não deixou nada sem respostas. Reafirmou que vai dar continuidade ao que seu antecessor deixou funcionando, inclusive mexendo muito pouco na equipe. Trocou apenas o comandante da PM, entrando o coronel Mauro Ronaldo Flores, que substituiu o também coronel Ênedy Dias, mas não mexeu no comando da segurança pública, porque ainda quer ter uma conversa com o secretário Lioberto Caetano. Pouca coisa mais, até porque afirmou que manterá praticamente 100 por cento da equipe de Confúcio. Terá uma perda importante na área das finanças: Wagner Garcia de Freitas se desincompatibilizou e deixou o comando da Sefin, porque se não o fizesse, não poderia ser candidato a algum cargo eletivo em outubro. Aliás, caso Daniel Pereira seja candidato à reeleição (no programa dos Dinos ele disse que é ainda muito cedo para pensar nisso), Wagner, por indicação de Confúcio Moura, pode ser o vice dele. Claro que tudo isso, ao menos por enquanto, é apenas um pacote de elucubrações. Mas não a saída de Wagner, nome vital no controle das finanças do Estado. Para seus lugar, Daniel nomeou Franco Ono, que era o número dois na Sefin e passa a ser o titular. Neste sábado, o novo governador começou também a tratar da questão da Caerd, embora ainda sem grandes novidades, a não ser o interesse de conversar com todos os setores, antes de aceitar a liquidação da empresa. Ele prometeu começar a mexer com o assunto nesta segunda, depois de se reunir com deputados e o Sindur.
Começa, enfim, um novo momento na história do nosso Estado. Daniel Pereira, professor, sindicalista, político que começou sua carreira no PT e hoje é o principal nome do PSB em Rondônia, dá início a nove meses de administração, prometendo trabalho duro e sério. Experiência e talento pessoais ele tem. O único risco que pode correr é relacionado com alguns poucos dos seus companheiros de sigla e de parcerias políticas. Mas, se conseguir controlar esses mais afoitos, muitos deles desesperados por cargos e apaixonados pela proximidade com os cofres públicos, certamente tem tudo para fazer um ótimo governo e até se credenciar a uma nova candidatura, em outubro. Mas daí já é outra história. Só o tempo vai dizer se ele terá ou não cacife para isso. Vai depender apenas dos resultados do que conseguirá avançar e sua administração realizar por Rondônia. Que ele tenha todo o sucesso do mundo!
“É O COMEÇO DO FIM!”
Ainda não é o fim. Mas é o começo do fim! A frase do primeiro ministro Winston Churchill, ao anunciar o fracasso do governo nazista, depois da invasão da Normandia, em 1944, serve para ilustrar o trágico e triste The End da Companhia de Água e Esgoto de Rondônia, a Caerd. Pouco antes de passar o governo para Daniel Pereira, Confúcio Moura assinou decreto de liquidação e extinção da empresa. Nomeou como liquidante a atual presidente, Iacira Azamor. A partir de agora, a agonizante estatal, envolvida numa dívida de mais de 1 bilhão e 200 mil reais, vai começar a piorar todos os dias, até que sejam desligados os aparelhos, que ainda a mantém respirando. Um programa de demissão voluntária será oferecida aos servidores. Estes mesmos, que estão com cinco salários atrasados. Muitos deles são os mesmos que carregaram a estatal nas costas, enquanto a República Sindicalista tomava conta dos cofres e políticos de todos os naipes se aproveitaram dela durante três décadas. No sábado, numa reunião no Sindur, o novo governador Daniel Pereira e deputados estaduais estiveram com o Sindur, em busca de uma alternativa. Daniel disse que apresentará um plano diferente, mas não eliminou a possibilidade de liquidação. Pobre Caerd, que começa a caminhar em direção ao seu jazigo! Enquanto a empresa não é passada adiante, o que se espera é que o sistema de abastecimento em Porto Velho e nas cidades onde ela atua, não seja prejudicado, deixando a população de torneiras vazias.
PERIGOSA, MAS NÃO DESTRUIDA
Claro que está muito longe de ser uma rodovia de Primeiro Mundo, mas ao menos no trecho de Porto Velho a Cacoal, em torno de 450 quilômetros, a BR 364 não está tão horrorosa como se apregoa. A exceção é um pequeno trecho da entrada e que atravessa parte da cidade de Itapuã do Oeste, que, ali sim, parece um pacote de crateras lunares. Entre Ariquemes e Jaru há também trechos problemáticos, mas não diferentes do que a maioria das rodovias federais do país e, principalmente, na região norte, onde elas estão abandonadas há muitos anos. A Operação Remendo que o Dnit vem fazendo, está funcionando, neste final de temporada de chuvas. A grande maioria dos trechos, da Capital até o centro do Estado, está em condições bastante razoáveis, permitindo até o trânsito normal. O que falta é sinalização, respeito às leis do trânsito – principalmente a alta velocidade praticada pela grande maioria dos motoristas – e uma fiscalização mais atuante. Agora, em relação ao trecho entre Cacoal e Vilhena, aí sim, a situação da 364 piora muito. Quem passa a fronteira de Mato Grosso, quando a BR é de boa qualidade e entra em Rondônia, leva um susto! Mas, em pelo menos três quartos do percurso dentro de Rondônia, na direção sul, a nossa principal rodovia, neste momento, não está tão ruim.
CARA NOVA, CABEÇA DIFERENTE
Há sim algumas caras novas na política rondoniense. Não só caras, mas cabeças também. É por isso que a coluna tem sugerido aos seus leitores de toda a Rondônia que fiquem de olho no jovem prefeito de Ariquemes, Thiago Flores. Ele não é do time dos comuns, no meio em que começa a atuar e, ao que parece, chegou para ficar. Se não cometer erros pelo caminho, que o levem à estrada da mesmice, Thiago vai longe. Sabe decidir, sabe dizer não; não aceita transformar seu governo em retalhos de cargos para agradar parceiros políticos, tem jeito para administrar. Só um exemplo, para sublinhar a diferenciação: nenhum dos seus secretários foi indicação política. Mudou para o pequeno PSL, também para ter mais liberdade de ação e não precisar rezar por cartilhas que, considera, possam desvirtuar os bons projetos da política e da administração pública. Thiago não terá vida fácil. Vai crescer bastante, politicamente e, na medida em que crescer, vai virar alvo, pela concorrência que representará para muitas lideranças. Mas é uma esperança – e há sim, outros nomes que surgem, com perfil semelhante – de que Rondônia também seja arejada, na política, com mudanças que representem um novo rumo para a administração pública.
A BOLA ESTÁ COM MARCITO
Em Ji-Paraná, Jesualdo Pires deixou a Prefeitura, nesta sexta, em alto astral. Foi uma administração de pouco mais de cinco anos, mas recheada de avanços e conquistas para uma cidade que é diferenciada no contexto de Rondônia. Se poderia enumerar inúmeros avanços, entre as mais de 200 obras realizadas, mas um deles sintetiza o que de muito positivo Jipa melhorou, nestes tempos de dificuldades e crise nacional. Como uma das cidades brasileiras que mais gerou empregos, graças a uma política criativa de apoio à atração de novas empresas, o reflexo é notório. Um deles, foi inclusive destacado durante a última solenidade presidida por Jesualdo, um convênio com a Polícia Militar, para melhorar ainda mais a segurança pública na cidade. Os números da violência, na segunda maior cidade do Estado, despencaram. Onde há emprego pleno, há menos violência. Ex deputado estadual e prefeito eleito e reeleito de Ji-Paraná, Jesualdo entra agora numa grande batalha por uma cadeira no Senado Federal, enfrentando pesos pesados da política rondoniense. Entregou a Prefeitura ao seu vice, Marcito Pinto, com a certeza de que a cidade continuará no mesmo ritmo de crescimento, já que ambos rezam pela mesma cartilha do desenvolvimento e da boa administração.
AMORIM VAI ESTAR NA URNA
Ele é polêmico e jamais vai deixar de sê-lo. Já ocupou alguns dos mais importantes cargos públicos do país, sempre levado pela mão do eleitor, mas ainda está indeciso sobre qual cargo disputará este ano e por qual partido. Tem uma certeza, contudo: seu nome estará na urna eletrônica, em outubro. Ernandes Amorim já foi senador, deputado federal, deputado estadual, duas vezes prefeito de Ariquemes e hoje, setentão, é vereador em sua cidade. Pode disputar o Governo, gostaria mesmo de concorrer a uma cadeira na Assembleia Legislativa, para formar uma dobradinha oposicionista com outro deputado polêmico, Hermínio Coelho, mas está mesmo se encaminhando para disputar uma cadeira à Câmara Federal, porque na sua região, o número de candidatos à ALE é impressionante. Suplente de deputado pelo PTB, é o primeiro suplente de Nilton Capixaba, que, aliás, corre o risco de perder o mandato, por condenação no caso das ambulâncias. Obviamente que há ainda muitos recursos para Capixaba, mas Amorim, caso seja chamado, está pronto para voltar a sentar numa cadeira que já conhece muito bem, a de membro da Câmara Federal. Ele e o presidente da sua sigla, o próprio Capixaba, já não cantam a mesma música. Qual o novo caminho que Amorim seguirá? Por enquanto, nem ele tem certeza.
O CRIMINOSO É O HERÓI
A inversão de valores imposta ao Brasil por alguns poucos, mascara a verdadeira democracia, que é o governo das maiorias (embora respeitando as minorias) e se tornou concreta novamente, no caso da prisão do ex presidente Lula. Decretado o início do cumprimento da pena de 12 anos, em sua primeira condenação – virão outras – Lula ignorou por mais de 16 horas a ordem judicial, embalado por uma militância esquerdista que só quer a lei valendo para os outros. O juiz Sérgio Moro só faltou pedir desculpas ao condenado, dando a ele o direito de se entregar, com hora marcada, coisa que outros réus nem sonham em ter. Enquanto alguns militantes agrediam jornalistas e outros atacavam o prédio onde a presidente do Supremo, a ministra Carmem Lúcia, tem um apartamento, militantes do MST e dos famigerados “movimentos sociais”, à margem da lei, fechavam rodovias, sob os olhares complacentes do Judiciário e da Polícia Rodoviária Federal. A Justiça pede desculpas a criminosos, a polícia teme enfrentá-los, dando a eles como que uma autorização para que continuem delinquindo. Não há democracia quando os condenados são os que ditam as normas num país. Deveríamos estar morrendo de vergonha, mas, para muita gente, o ladrão é o herói. Lamentável.
PERGUNTINHA
Você acha que as polícias agiram corretamente não proibindo o fechamento de rodovias e protestos mais violentos de partidários do ex Presidente Lula ou acha que houve bom senso ao evitar os confrontos?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário