Há quem ache que o número de acidentes registrados em Porto Velho ainda é pequeno, tal o desrespeito, o despreparo, a falta de educação, a falta de conhecimento das leis de trânsito, o total desamor à cidade e a guerra declarada aos outros motoristas, por tantos malucos que pululam dentro de carros, em cima de motos, dirigindo caminhões e outros tipos de transporte, nessa Capital já tão problemática. Não há menos de uma morte por semana e pelo menos duas em finais de semana. O Hospital João Paulo II continua recebendo dezenas e dezenas de acidentados, 70 por cento deles em colisões envolvendo motos. São estratosféricos os números de feridos, aleijados, portadores de alguma deficiência, tudo causado pela violência absurda e doentia vista a cada minuto, em cada canto desta Porto Velho. Os motoristas e condutores de motos e outros veículos parecem, em muitos casos, saírem de suas casas dispostos a matar ou a morrer, como se as ruas fossem aquelas do Velho Oeste, onde os tiroteios eram constantes. Na analogia local, os tiros são as colisões, as batidas, os violentos confrontos. No chão, o sangue é o mesmo. Só que, na maioria dos casos, é sangue de gente jovem. Os assassinatos no Brasil estão acabando com parte de uma geração inteira. O trânsito está matando a outra. Os dois tipos de óbitos representam mais de 100 mil mortes por ano. No trânsito, contudo, quem mata não é bandido. Não é gente do mal. Não são assassinos frios e cruéis. Quem mata são trabalhadores, pais de famílias, filhos, mães, doutores e analfabetos. É também, aliás, o mesmo grupo que morre. Os rondonienses e os brasileiros de bem estão se matando nas ruas.
Em Porto Velho, sem planejamento, sem olhos voltados para o futuro, nada foi feito em décadas, ao menos para estruturar o trânsito, o que ajudaria a diminuir esses índices absurdos de acidentes. Quem planejou alguma coisa, por exemplo, para essa cidade problemática, onde para cada dois habitantes existe um veículo? São 519 mil habitantes para mais de 208 mil veículos, dos quais quase 95 mil são motos. Sem prepara, sem educação, sem fiscalização, sem controle de velocidade, sem uma ampla visão do futuro, não há números da violência nas ruas que sejam reduzidos. Não fizemos nada no passado, não estamos fazendo nada agora. Qual então o futuro do caótico trânsito da nossa cidade?
SEIS ANOS DE ABANDONO
O desrespeito para com o dinheiro público e muito mais com a população é tema notório todos os dias, não só em Rondônia, mas em todo o país. Na Capital do Estado, então, chega a ser pleonasmo tratar do assunto, tal sua repetição. Nessa semana, pela enésima vez, voltou a ser notícia o Posto de Saúde do bairro Lagoinha, cujas obras foram concluídas há seis anos e que até hoje não atendeu um só doente. Agora, a jovem vereadora Cristiane Lopes também entrou na jogada, exigindo providências da Prefeitura. O prédio, nunca usado, já está um caso. Foi arrombado, semidestruído. Levaram até o gerador que deveria ser usado para manter o atendimento em caso de falta de energia. A Semusa diz que não tem os equipamentos para colocar no Posto e nem funcionários. Mas é óbvio que, depois de seis anos, essa desculpa não cola mais. Tem que achar outra. A verdade é a população do Lagoinha está abandonada, tendo que se deslocar a outras áreas da cidade para ser atendida, enquanto um prédio construído há muito tempo está lá, abandonado e atirado às traças. Será que é tão difícil resolver uma coisa assim?
EM DEFESA DAS MULHERES
Um dos mais respeitados promotores de Justiça de Rondônia, Héverton Aguiar é novamente destaque na sua atividade e irá representar o Estado em mais um evento internacional de peso. Ele participa da comitiva brasileira que vai a encontros internacionais em três países, discutir as ações exitosas no combate à violência contra as mulheres. A série de debates e encontros para discutir o tema, começa nessa próxima segunda, dia 11 e prosseguirá até o dia 26 próximo. Itália, Portugal e Lituânia vão sediar esse grande encontro internacional, com o tema “Diálogos Setoriais União Europeia/Brasil, quando a missão brasileira vai trocar experiências sobre o enfrentamento à violência contra as mulheres e a violência doméstica, mais especificamente. Héverton Aguiar, promotor responsável pela defesa das mulheres, no Ministério Público de Rondônia, tem realizado um trabalho bastante positivo, mobilizando a sociedade para combater esse tipo tão danoso do nosso convívio social, que faz vítimas todos os dias. Agora, levará suas experiências para outros países...
O DOBRO DE CIRURGIAS
Fazer saúde pública é enxugar gelo, mas mesmo assim deve se registrar os avanços, quando o trabalho, dentro das atuais condições, é feito com competência e bons resultados. Por isso, compreende-se a alegria do secretário Williames Pimentel, da Sesau, em destacar dois importantes avanços do setor, no Estado. O primeiro deles é o número de cirurgias realizadas pelos hospitais rondonienses nos últimos quatro, cujo resultado aponta para um crescimento em que mais que dobrou. Em 2012, por exemplo, foram feitas 12.103 cirurgias. No ano passado, o resultado saltou para 25.520, ou seja, mais que dobrou. Em 2013, o número já mostrou crescimento, com 16.806 cirurgias e em 2014, elas atingiram 18.223. O segundo fator extremamente positivo veio de fora: a Anvisa considerou o Fhemeron, o banco de sangue de Rondônia, um dos que apresentam melhor qualidade entre todos os demais no país. Quem deu a boa nova a Pimentel foi João Batista Júnior, gerente da Anvisa. Claro que há muito ainda a melhorar, mas não se pode negar que essas duas notícias dão alento e incentivo à Sesau, para continuar trabalhando duro.
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O AGRONEGÓCIO NA TV
O crescimento do agronegócio tem sido acompanhado muito de perto pelo jornalismo da SICTV/Record de Rondônia. Agora, a emissora anuncia mais um passo na direção de contar a grandeza do setor e tudo o que ele representa para nossa economia. Nos domingos, sete horas, o conhecido jornalista Eduardo Kopanakis vai comandar um programa especial, em rede estadual para todas as mais de duas dezenas de emissoras da SIC, direcionado para o mundo do campo. O SIC Rural vai estrear ainda este mês, apresentando muitas reportagens sobre o agronegócio, sobre a cultura agrícola do Estado e a produção de carne, considerada entre as melhores do mundo e que já é exportada para mais de 40 países. Jornalista premiado, Kopanakis conhece muito bem o setor, inclusive porque apresenta também, ao lado da jornalista Jean Carla Costa, o programa Rondo Rural, na Rádio Rondônia, todos os sábados, das cinco às sete da manhã. A dupla ainda é responsável pelo site www.rondorural.com, especializado no agronegócio no Estado.
DESTAQUE NACIONAL DA UNIR
O professor doutor Ari Ott, reitor da Universidade Federal de Rondônia (Unir) e toda a sua tropa de comando da instituição, junto com seus mestres, doutores e professores, têm mesmo que comemorar o excepcional resultado obtido pela instituição, em nível nacional. O Curso de Enfermagem da Unir foi considerado pelo Enade como o melhor entre todos da Região Norte e o quarto melhor do país, com nota máxima de cinco pontos. O resultado das boas notas deixou o curso de Enfermagem da Unir atrás apenas três universidades no ranking nacional do Enade. O sucesso dos acadêmicos foi comemorado pelo diretor do Núcleo de Saúde da Universidade, Juliano Cedaro, e pelo chefe do Departamento de Enfermagem, Aldrin Pinheiro e, obviamente, pela direção da Unir. Segundo Ari Ott, a meta é ter cursos cada vez mais qualificados, com notas sempre maiores, em busca de uma posição de destaque no ranking nacional das Universidades.
DEZ ANOS SEM HISTÓRIA
Estamos prestes a bater mais um daqueles tristes recordes. Agora, a da obra de restauração mais demorada de toda a História. Trata-se nada menos do que o Museu do Ipiranga, em São Paulo, um dos mais lindos monumentos do nosso país, com um riquíssimo acervo, mostrando tudo sobre nossa Independência e seus personagens. Fechado há quase cinco anos, depois que parte do prédio apresentou riscos de ruir, começou então, pela Universidade de São Paulo, a série de estudos para a restauração. Neste Sete de Setembro deste ano veio, enfim, a notícia: o Ipiranga vai lançar enfim a concorrência pública para a restauração do gigantesco prédio, para uma obra que pode demorar...uma década. Isso mesmo: 10 anos, no mínimo. O total a ser gasto ainda não foi anunciado, mas já se fala numa reforma “bilionária” do histórico prédio que tem mostrado há décadas, às novas gerações, tudo sobre a História da nossa Independência. Se os londrinos vão ficar quatro anos sem o Big Ben, seu monumento mais famoso, que será reformado também, os brasileiros ficarão sem seu principal Museu por uma década inteira.
PERGUNTINHA
Será que os 51 milhões de reais encontrados no seu apartamento, vão ajudar Gedel Vieira a se livrar da cadeia ou vão é enterrá-lo ainda mais nas denúncias de corrupção?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
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