Como preparar uma cidade para receber 120 mil novos habitantes em apenas sete anos, 17.271 almas a cada ano, de 2010 para cá? Porto Velho estava programada para ter um crescimento populacional de 21 por cento, nesse período? O que foi feito para que a Capital do Estado estivesse apta para crescer tanto em tão pouco tempo? O despreparo era óbvio e os últimos números oficiais do IBGE, divulgados na última semana, foram de assustar. Há sete anos atrás, quando foi realizado o último censo, tínhamos 428.527 moradores na cidade. Neste primeiro semestre de 2017, a maior cidade rondoniense tem 519.527 e continua crescendo todos os dias. As mais de 120 mil novas criaturas que chegaram a Porto Velho (entre nascimentos e migrantes), encontraram uma Capital cheia de problemas, deficiente em infraestrutura; com mais da metade da população sem receber água potável; com praticamente zero de canalização para o esgoto, com um trânsito caótico. Nesses mesmos sete anos, o Índice de Desenvolvimento Humano (IHD) melhorou um pouco, saltando de 0,469 pontos para 0,638 pontos, mas, no contexto geral das capitais brasileiras, lamentavelmente, deixou a de Rondônia como a segunda pior para se viver, em todo o país. Só ganhamos de Maceió, que tem um índice de vida muito pior. O crescimento no número de crianças é espantoso, mas não temos uma cidade com áreas de lazer condizentes, embora possamos comemorar, por exemplo, que 94,5 por cento delas, entre seis e 14 anos, tenham taxa de escolarização condizente com suas idades.
Há números positivos na economia, como o emprego garantido para mais de 182 mil porto velhenses em idade de produzir, criando uma renda média que em 2015 era de três e meio salários mínimos e que continua crescendo. Mas é uma Capital que não está preparada nem para o presente, nem para o futuro, com suas enormes deficiências. Não se preparou para ter, por exemplo, quase 2 por cento de toda a sua população, algo em torno de 11 mil pessoas, com idade superior a 70 anos. O que oferece Porto Velho aos idosos? Quem respondeu zero, acertou em cheio! Enfim, temos mais baixos do que altos e grandes desafios pela frente. Se crescermos na mesma proporção nos próximos sete anos, em 2.024 teremos nada menos do que 630 mil habitantes. Que tipo de vida teremos, se não houver ações práticas e objetivas agora.
O MEGAPULMÃO DO MUNDO - No cinco de setembro se comemora o Dia da Amazônia, data em que devemos lembrar e reverenciar nossa mega floresta de sete milhões de quilômetros quadrados, o verdadeiro pulmão deste planeta, que é cada vez mais maltratado. A data foi escolhida por coincidir com a data da criação da Província do Amazonas, em 1850, pelo Imperador Dom Pedro II. A Amazônia, na verdade, não é só nossa, embora sua maior parte esteja em nosso território. Ela atravessa nada menos do que nove países da América do Sul. Tem mais de 40 mil espécies de plantas, 400 tipos diferentes de mamíferos, milhões de espécies de insetos, além de ser uma das regiões de maior variedade de peixes do Planeta. É ainda uma fonte inesgotável de matéria prima utilizada em medicamentos, alimentos e em outras atividades. Concentra algumas das maiores riquezas de ouro, diamantes e outros minérios do que qualquer outra região da Terra. É por isso tão cobiçada, tão explorada, tão cheia de estrangeiros, muitos dos quais se dizem seus protetores, mas que sabemos muito bem quais são seus interesses. Então, Feliz Dia da Amazônia!
MIL NOVOS EMPREGOS - O competente prefeito de Ji-Paraná, Jesualdo Pires, não se aguenta, de tantas boas notícias que sua cidade tem recebido. Além das muitas obras que ele está realizando e da melhoria na qualidade de vida da população, a cidade marca ainda um feito dos mais importantes: vai receber um frigorífico que está oferecendo nada menos do que 1 mil (isso mesmo, 1.000!) empregos diretos. O grupo Marfrig, presente em 100 países e com 48 unidades de produção, vai beneficiar centenas de famílias da cidade, da região central e do Estado. Já está recebendo currículos para as contratações, que acontecerão em breve. A nova indústria da carne vai assumir a planta do antigo Frigorífico Frialto, na RO 135 e receberá animais, para abate, de pelo menos 17 cidades próximas a Ji-Paraná, que tem bons rebanhos de gado de corte. Serão abatidos 1.500 animais por dia. Toda a região será beneficiada quando o novo frigorífico entrar em operação, em breve, conforme destacou o diretor da empresa, Alcides Bérgamo, que anunciou a abertura da empresa recentemente, em encontro com Jesualdo Pires. “Estamos comemorando mais essa notícia tão positiva para nossa Ji-Paraná”, comemorou o Prefeito. E vem mais por aí...
CADA VEZ PIOR - Mortes, feridos graves, lesões para a vida toda: mais um final de semana de muitos acidentes de trânsito na Capital, mas também em várias regiões do Estado. A alta velocidade, a falta de respeito à sinalização e, mais recentemente, a praga do uso do celular enquanto se dirige, têm sido causas para que o número de ocorrências aumente cada vez mais. Num Estado em que há um veículo para cada habitante (1 milhão e 800 mil habitantes, para mais de 905 mil carros, motos, caminhões, ônibus e outros tipos), os riscos são cada vez mais acentuados. Além disso tudo, soma-se também o grande número de condutores que continuam dirigindo e pilotando embriagados. Para se ter uma ideia, apenas uma blitz da Polícia Militar, em algumas horas, nessa final de semana (e só na avenida Jatuarana, na zona sul da Capital), 14 motoristas foram flagrados bêbados. Em poucos horas e num ponto localizado da cidade. O conjunto de problemas, somada à falta de sinalização; à falta de fiscalização e até de mais punições, acaba matando quase 50 mil brasileiros no trânsito todo o ano. E vai continuar piorando...
OS PODEROSOS MANDAM - Uma cidade com quase 50 mil habitantes, fica várias dias sem a única agência do Banco do Brasil, simplesmente porque é política deste gigantesco banco não investir em segurança. Alegando que falta segurança em Guajará Mirim (em que comunidade neste país pode-se dizer que ela existe, plenamente?), a agência simplesmente parou de atender, deixando a população se virar apenas com os caixas eletrônicos, que, também eles, por vezes não funcionam. É uma vergonha, um acinte, uma agressão contra o consumidor, para o que os órgãos responsáveis pela fiscalização fecham os olhos, certamente para não “incomodar” o poderoso Banco. Continuam permitindo que ele cometa essa agressão aos seus clientes, apenas porque não quer investir em sua própria segurança. Em Porto Velho, agências também são fechadas em finais de semana, sob o mesmo argumento, sem que ninguém proteste ou que o bilionário Banco do Brasil seja multado e pague por desrespeitar a população. É uma vergonha, em que Guajará Mirim é apenas mais uma vítima...
COMEÇANDO A BATALHA! - A corrida eleitoral para 2018 já começou, é claro. Principalmente aos candidatos à reeleição à Assembleia e Congresso, têm duplicado suas atividades em todo o Estado, cada um concentrando o trabalho principal, é claro, na sua região de origem. Os 24 deputados estaduais, que teoricamente vão disputar o pleito (provavelmente entre 21 e 22 vão tentar se manter no parlamento), não param de correr para lá e para cá. Vão de visitas a obras até batizados e enterros. Usam as redes sociais, principalmente, para falar do seu trabalho e prestar contas, além de outros tipos de mídia. Como já são personagens conhecidos da política, têm essa vantagem na briga pelo voto. Mas há os que têm desvantagem pelo mesmo motivo: ser conhecidos, até demais...Em relação ao Congresso, ainda há dúvidas. Dos três senadores, só Valdir Raupp deve buscar a reeleição. Dos atuais deputados federais, ao menos seis vão entrar na briga para se manterem onde estão. Dois poderão buscar outros caminhos. Veremos no que vai dar...
NINGUÉM FALA NO PRINCIPAL - O caso do anormal que ataca mulheres dentro dos ônibus, preso 18 vezes e solto 17, transformou o assunto em grande tema de debate nacional. As mulheres, cheias de razão, protestaram com veemência, apesar de algumas que se autodenominam “líderes femininistas”, terem dito inúmeras asneiras. Mas sobre a essência do problema, mais uma vez, pouco se comentou. Ora, como um magistrado vai mandar prender um tarado, se as leis existentes dizem que isso não é crime grave? A nova prisão do mesmo tarado, depois da 17ª vez, se deveu a pressões da opinião pública e redes sociais. Para mandar prender o criminoso contumaz, o magistrado agora teve que exagerar na interpretação da lei pífia que existe para esses casos e para tantos e tantos atos criminosos. Ou seja, não haverá combate eficaz ao crime (e a qualquer tipo de crime), enquanto tivermos leis que são contra as pessoas de bem e protegem os bandidos. Mas isso, com todas as letras, ninguém gosta de dizer, porque não é “´politicamente correto!”. Chega dar nojo!
PERGUNTINHA - O Presidente Temer volta ao Brasil nessa terça, mais uma vez acuado por denúncias de corrupção. Até quando teremos no comando do País, políticos com esse ?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires - Porto Velho/RO.
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