Não há nada ainda de concreto, mas pode ser o primeiro passo para acabar com a guerrilha em Rondônia, aquela mesma que, disfarçada de movimento social, de grupos de pobres sem terra, atacam propriedades, cometem crimes, destroem o que encontram pela frente, agridem e ferem pobres peões, que apenas estão ali para fazerem seu trabalho e sustentarem suas famílias. No meio desses grupos, segundo palavras do próprio secretário de segurança do Estado, Coronel Hélio Pachá, o tráfico de drogas é apenas mais um dos crimes. “Estes grupos se acobertam pelo manto do movimento social, porém cometem crimes de narcotráfico, desmatamento, roubo e destruição de propriedades”, disse ele. Foi num encontro em que o governador Marcos Rocha liderou um importante grupo da segurança pública do Estado, em reunião no Ministério da Justiça, em Brasília, quando os rondonienses foram pedir apoio para combater esses bandidos. Rocha destacou que “queremos desmistificar o crime organizado, que tem se apoiado em movimentos sociais em busca de terras”, afirmou, embora tenha destacado que “temos muitos assentamentos para cidadãos de bem, que querem trabalhar e prover sustento”, até para separar os verdadeiros trabalhadores da terra. O ministro Anderson Torres, sobre as ações de grupos invasores no Estado, ouviu atentamente sobre a situação. O secretário especial de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura, Luiz Antônio Nabhan Garcia, afirmou que a situação é preocupante. “Ao nosso ver é uma organização que desrespeita totalmente a lei, e vai além, pois há modus operandi de guerrilha”, definiu a obviedade, já constada por aqui há muito tempo.
Participaram do encontro também o comandante geral da PM, coronel Freitas de Almeida e várias outras autoridades. O ministro Anderson, se colocou à disposição para que haja uma interlocução entre os órgãos que possam apoiar no combate a estes fatos que foram apresentados. Segundo ele, a população poderá esperar do Governo Federal dias melhores para o Estado, o que pode significar que forças federais sejam envolvidas no combate à guerrilha que se instalou no Cone Sul e que, há alguns dias, chegou também aos distritos de Porto Velho. Entre outras ações criminosas, suspeita-se que sejam membros de algum desses grupos, os responsáveis pela emboscada que resultou no assassinato de dois PMs, há seis meses, no distrito de Jacy Paraná. Não foram informados mais detalhes das ações que serão postas em prática, mas a comitiva liderada pelo Governador voltou otimista, prevendo apoio federal importante para combater a bandidagem que tenta se adonar de áreas rurais em toda a Rondônia. Veremos se vai mesmo haver ação ou se continuaremos a ver esses bandidos agindo impunemente.
MARCOS ROGÉRIO, UMA PEDRA NO SAPATO DA CPI DA OPOSIÇÃO - Os oposicionistas que são grande maioria dos membros da CPI da Pandemia, incluindo o presidente Omar Aziz, que já demonstrou claramente que a intenção é apenas atingir o presidente Bolsonaro, assim como o relator, o ressuscitado Renan Calheiros, uma raposa cuidando do galinheiro, terão uma grande pedra no seu sapato. O senador rondoniense Marco Rogério já disse a que veio, como membro da situação, na Comissão que tem apenas intenção política. O representante de Ji-Paraná, em sua primeira intervenção, já deu um puxão de orelhas no próprio presidente da CPI, quando Azid afirmou que a Comissão “faria justiça”. Marcos Rogério afirmou que a CPI não tem esse poder, mas que a declaração do presidente deixa clara a intenção das investigações. Também bateu firme na escolha do relator. Certamente a grande maioria de oposicionistas que compõem a CPI, terão pelo menos um duro adversário pela frente, na CPI que, segundo um comentarista da Jovem Pan, “quer sambar em cima dos mortos da Covid, apenas para tentar atingir o presidente Bolsonaro”!
CONVOCAÇÃO DE GOVERNADORES: OUTRA AÇÃO DO RONDONIENSE - Marcos Rogério, aliás, já mostrou a que veio. Seu primeiro requerimento à CPI será para convocar governadores que, obviamente, os oposicionistas que criaram a CPI política, não gostariam que fossem convocados. O vice-líder do governo no Senado quer que sejam ouvidos o paulista João Doria. O amazonense Wilson Lima; o baiano Rui Costa e o paraense Helder Barbalho. Os requerimentos ainda terão que ser analisados pela comissão, deixando os oposicionistas numa posição difícil. Como eles querem que sejam ouvidos apenas os que podem prejudicar o atual governo, certamente a missão será desviada, quando os governadores tiverem que explicar o que fizeram com os bilhões de reais liberados pela União, para uso exclusivo no combate à pandemia. A tática da maioria pode até obstruir os pedidos para que governadores tenham que depor sobre o que fizeram com tanto dinheiro, mas se não permitirem os depoimentos, a CPI pode ficar muito pior do que já está, perante a opinião pública.
A POLÍTICA CONTAMINOU A VACINA: SPUTNIK NO CENTRO DA DISCUSSÃO - Mais um tema foi politizado, com todos os seus riscos: o da vacina russa Sputnik V. Dependendo da fonte da “notícia” ou mesmo de Fake News a que têm acesso, cada um virou um cientista, médico, especialista, dando sua “fundamental” opinião para defender ou atacar o uso do imunizante, que vem das terras geladas de Vladimir Putin. Ora a vacina é um risco, porque cientistas brasileiros foram proibidos de entrar nos locais de produção, para checagem. Ora ela usa um vírus vivo, que pode, sem dúvida alguma, atacar o organismo e até piorar a doença. Ora está sendo refugada pelos próprios russos, por isso os criadores da vacina a estariam tentando vender para outros países, por absoluta falta de clientes no mercado interno. E há, ainda, muitas outras opiniões, todas se sentindo abalizadas, por terem lido informações de “fontes confiáveis”. Os defensores da vacina só buscam informações positivas. Defendem-na com unhas e dentes, porque ela seria comprovadamente eficaz, com preço justo e ajudaria a salvar milhões de vidas. Obviamente que as coisas positivas, ao menos nas redes sociais, já ficaram para segundo plano. Os que acham que há um conluio russo para produzir vacinas assassinas, começam a ganhar mais espaço. Este mundo enlouqueceu, mesmo!
AGORA, TODOS SÃO ESPECIALISTAS E QUEREM DAR SEU PITACO - O que há de verdade real sobre o assunto? A Rússia teria decidido autorizar a exportação de pequenos lotes, porque quer priorizar o vacinação interna. A vacina já foi aplicada em quase 4 milhões de pessoas e, ao menos até agora, não há um só caso de que ela tenha causado algum efeito colateral grave ou alguma morte. Há casos em que ela foi comprovadamente eficaz, impedindo que o organismo fosse atacado pela virulência do vírus, mas ainda não há, como em todas as vacinas que estão sendo aplicadas, certeza absoluta de eficácia parcial ou permanente e, muito menos, dos 97,6 por cento de eficácia, como alegam cientistas da Rússia. Faltam também muitas informações científicas importantes, para que se conheça mais sobre a produção e os resultados da Sputnik V, o que motivou a decisão da Anvisa para não aprovar seu uso emergencial e nem a importação. O tema não pode, contudo, entrar no rol do achismo ou de qualquer conotação política. Infelizmente, um dos mais graves efeitos colaterais da Covid, foi transformar brasileiros em especialistas no assunto, mesmo os que, até, eventualmente, tenham dificuldade de articular uma frase completa, que tenha sujeito, verbo e objeto direto.
NA CAPITAL, FALTA CORONAVAC PARA A SEGUNDA DOSE - O Ministério da Saúde cometeu mais um erro, na trajetória do combate à Covid e no contexto da vacinação? Em três lotes da Coronavac, que enviou para todo o país (claro que para Rondônia também!), determinou que todas as doses fossem utilizadas na primeira fase da imunização. Não deveriam ser guardadas vacinas para a segunda dose, já que o aumento da produção, garantiria que, nas datas necessárias, chegassem lotes suficientes para concluir o processo de imunizar aqueles que já tivessem tomado a dose inicial. Isso foi feito e, no final, se pegarmos apenas exemplos locais, Porto Velho e Cacoal ficaram sem parte da Coronavac necessária para a dosagem final. As informações são contraditórias, mas o que a Prefeitura anuncia é que acabaram faltando algo em torno de 17 mil doses. Tanto a Secretaria de Saúde do Estado quanto a Anvisa afirmam que não tinham conhecimento desse problema e que as vacinas para as duas doses vieram. O que há de certo é que a vacinação de segunda dose, para a Coronavac, só será restabelecida dentro de cerca de 10 dias.
DIRETORES DA OAB FAZEM MANIFESTO CONTRA PRESIDENTE PETISTA - Finalmente! Até que um dia! Alvíssaras! Depois de um longo tempo de destempero, de utilizar a mais importante entidade nacional dos advogados para fazer política partidária; para colocá-la sob suspeita de boa parte da sociedade brasileira, enfim, o petista Felipe Santa Cruz começa a ser enquadrado por seus colegas de direção. Até porque agora já é tempo de eleição e a oposição se mobiliza. Pelo menos três dos cinco diretores estão assinando um manifesto, contra as atitudes de Santa Cruz. O vice-presidente da Ordem, Luiz Viana Queiroz, candidato à presidência, soma-se a outros dois dos integrantes da atual diretoria, para assinar um documento em que o grupo afirma que “é preciso corrigir rumos da entidade”, exigindo que a OAB “se afaste das políticas partidárias”, numa clara crítica a Santa Cruz, que transformou a instituição num braço do PT e suas ideias esquerdizantes. O embate interno, portanto, saiu porta afora da OAB, onde a crise já se arrasta há meses, mas sem que tivesse vindo a público. Com o título de “Manifesto do Movimento em Defesa da Advocacia”, o documento deve ser assinados por centenas de advogados, incluindo presidentes e conselheiros seccionais de todo o país. A OAB rondoniense ainda não se pronunciou sobre o assunto.
COMO VAI TER AGLOMERAÇÃO A 143 QUILÔMETROS DE DISTÂNCIA? - A ponte do Abunã está toda dentro do território de Rondônia. A distância dela até a fronteira com o Acre, segundo dados oficiais do Dnit, é de 143 quilômetros. A obra será inaugurada no próximo dia 7, sexta-feira da semana que vem. Certamente preocupado com a possibilidade de que acreanos possam ser contaminados pelo Coronavírus, o Ministério Público Federal do Acre emitiu dias atrás, com “recomendação” a governo e autoridades do Estado, para que evitem aglomerações, quando da inauguração da ponte, com solenidade que terá à frente o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. Obviamente como a “recomendação” foi feita aos acreanos, embora a solenidade vá acontecer a quase uma centena e meia de quilômetros da fronteira do nosso vizinho Estado, espera-se que não haja aglomeração na fronteira, onde, quem sabe, milhares de pessoas podem acorrer, para participar de uma solenidade festiva que se realizará no quilômetro 938 da BR 364, enquanto eles ficariam perto do quilômetro 1.181. Realmente é uma preocupação importante que o MPF do Acre deve ter, para emitir tão nobre orientação.
MAIS VACINAS E 560 MIL TESTES. E MORTES CONTINUAM DIMINUINDO - A boa notícia para Rondônia, em mais uma medida de surpresa do Ministério da Saúde, foi a chegada, no meio da tarde da quinta-feira, de mais 37.050 doses de vacinas. O que se lamenta é que, desse lote, apenas 800 são Coronavac, exatamente a vacina que mais precisamos nesse momento, para imunizar com a segunda dose, pelo menos 17 mil pessoas, apenas em Porto Velho, sem contar Cacoal e outras cidades que também estão sem o produto. Todo o restante do lote será de vacinas Oxford/Astrazeneca, um pouco mais de 36 mil doses, para duas aplicações, ou seja, para imunizar nada menos do que 18 mil pessoas. Outra informação importante: nesta sexta, a Secretaria de Saúde do Estado realiza mais um Drive Thru, dessa vez na zona sul da Capital. Até agora, Rondônia já testou aproximadamente 560 mil pessoas, o que representa 32 por cento de cada um dos cerca de 1 milhão e 750 habitantes do Estado. Em todas as ações semelhantes, nos casos em que o exame dá positivo, a pessoa já é orientada para ficar em quarentena e, se quiser, já recebe medicamentos para começar o tratamento inicial. Outra notícia positiva: pelo quarto dia, o número de mortes caiu, no Estado. Na quinta-feira, foram 18, três vezes menos do que a alta média das semanas passadas.
PERGUNTINHA - Depois de Lula e Eduardo Cunha, será o ex governador Sérgio Cabral, mesmo condenado a mais de 200 anos, por crimes investigados na Lava Jato, o próximo a ser solto e se tornar mais um da mesma turma a sair livre?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
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