O governo brasileiro, quando se trata da ditadura que se desenha na Venezuela, está fazendo ouvidos moucos. Faz de conta que nada sabe sobre a truculência com que o governo impopular e incompetente de Nicolás Maduro está tratando parte do seu povo. O mesmo governo que berrou contra a derrubada - pelo Congresso - do então presidente do Peru, o padre Fernando Lugo, agora que a virulência vem de um aliado ideológico, cala-se totalmente. Silêncio total sobre ataques ilegais a opositores; prisões baseadas em crimes de opinião, com os poderosos mancomunados com um Judiciário subserviente; sobre a cassação de mandato de parlamentares legitimamente eleitos; sobre a baderna institucional e o grave risco de uma guerra civil. Uma das principais opositoras de Maduro, a deputada Marina Corina (foto), cassada de forma vergonhosa pelos parceiros truculentos de Maduro, passou pelo Brasil e chiou, com toda a razão. Ela bateu abaixo da linha da cintura. E o que disse, a lutadora parlamentar venezuelana?
Maria Corina comparou o governo de Maduro com a ditadura militar no Brasil, que começou em 1964 e durou 20 anos. Ela reclamou da falta de apoio dos vizinhos, inclusive do Brasil, que em eventos ocorridos em outros países, saíram berrando em nome da democracia e que, em relação ao que se registra hoje, agem como se nada tivessem a ver com isso. Corina também comentou a falta de apoio dos países vizinhos diante da crise na Venezuela. "Quantas mais violações aos direitos humanos, quantos mais venezuelanos assassinados precisarão acontecer, para que os democratas do hemisfério escutem nossa voz?", perguntou a deputada, com voz embargada. O fez no vazio, porque o governo da presidente Dilma não abre a boca para defender a democracia, quando o ditador é seu aliado ideológico. Lamentável!
CARNIFICINA - Continua a carnificina a BR 364. Em cinco dias, mais cinco pessoas morreram em acidentes terríveis. Em Ji-Paraná, o casal foi esmagado por uma carreta. Em Itapuã, outro foi trucidado, também por um caminhão bitrem. Em Jacy Paraná, mais uma morte. É inacreditável que não haja qualquer movimentação, sequer uma campanha de esclarecimento, absolutamente nada, para orientar os motociclistas que eles estão correndo risco de morte nas ruas, avenidas e rodovias. Para as autoridades, é como se nada estivesse acontecendo. Inacreditável!
EQUIPE MUDA - Mudanças na equipe do governo Confúcio Moura já neste final de semana. Os secretários Marcelo Bessa e Lúcio Mosquini saem para disputar cadeiras na Câmara Federal. Emerson Castro, da Educação, pode sair também, embora, se depender apenas dele e da família, não entrará na disputa e fica onde está. Airton Gurgacz deixou o comando do Detran. Concorre a uma vaga na Assembleia. Outros nomes que podem entrar nessa lista vão esperar a 25ª hora para tomar a decisão final. O prazo para termina neste final de semana.
CAINDO FORA - Dois empresários, um na ativa e outro que estava pensando em voltar, decidiram não disputar a eleição de outubro. Um deles é o prefeito licenciado de Ouro Preto, Alex Testoni, que vai apoiar Confúcio Moura. O outro é o ex-deputado estadual Tiziu Jidalias, que, em carta aberta, disse que depois de profunda reflexão e debates com a família, decidiu que deve continuar apenas se dedicando à sua empresa. Testoni deve voltar ao comando da Prefeitura da sua cidade, onde faz uma administração elogiável. Já Tiziu não comenta sobre seu futuro.
E O NOSSO BOLSO? - O governo federal não vai conseguir segurar o preço da energia elétrica no ano que vem. Até agora, o assunto era proibido, na turma palaciana. Mas não deu mais para segurar a informação. O próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou que, mesmo com o Tesouro Nacional liberando 4 bilhões de reais para as distribuidoras, tentando segurar os preços, isso será impossível. Além de tudo, tem que se dobrir um rombo de mais de 13 bilhões de reais, soma dos prejuízos da Eleobras em 2012 e 2013.
TERCEIRO MUNDO - Para o rondoniense, a notícia não poderia ser pior. Já pagamos a energia entre as mais caras do país e, se formos mais longe, uma das mais caras do mundo. Há casos em que o mesmo consumo no centro sul traz uma fatura de menos de 300 reais e aqui em Rondônia, ela chega a perto de 700 reais. Casos comprovando isso não faltam. Nós produzimos energia em profusão, mas, no final das contas, pagamos preços abusivos e por serviços de terceiro mundo, prestados pela Eletrobras Rondônia, a ex Ceron. Lamentável!
MÃOS FEMININAS - A Associação Rondoniense dos Municípios, Arom, está sob novo comando. Agora, é conduzida por mão feminina. A prefeita de Jaru, Sônia Cordeiro, assumiu a presidência da entidade nesta semana. O prefeito Vitorino Chrque, de Mirante da Serra, deixou o posto para poder concorrer à Assembleia Legislativa. Outro ex presidente da Arom, Laerte Gomes, é outro que vai tentar uma vaga no parlamento rondoniense. Outros prefeitos andam pensando se saem ou ficam. Os de Ji-Paraná, Cacoal, Vilhena, Ariquemes, Porto Velho, Rolim de Moura e da maioria das cidades rondonienses vão ficar exatamente onde estão...
PERGUNTA - Será que depois de tantos dias de sofrimento, começaremos a ver nosso rio Madeira retornar ao seu leito normal?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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