Esse é um tópico e tanto, e penso que talvez ele lhe interesse. Se não interessar, ao menos repasse este artigo para alguém que precisa lê-lo. Para responder essa pergunta, precisamos entender essa bendita palavrinha:
"Autoestima".
Uma vez atendi uma mulher que chegou dizendo exatamente isso:
"Rodrigo, quero aumentar minha autoestima."
Esse é o tipo de linguajar que beira o misticismo. O motivo pelo qual ela não tinha conseguido seu objetivo era exatamente porque ela não sabia ao que estava se referindo quando dizia esse nominho "mágico". Perguntei a ela:
O que, afinal, "é" autoestima?
Você saberia responder?
Não é, certamente, uma "coisa", como um abacaxi ou uma bicicleta. Não é, tampouco, o volume do mp3 player, que a gente pode "aumentar" à hora que quiser. Mas pode.
No campo de estudos da Neurossemântica, dizemos que Autoestima é um processo. Mais especificamente: é um comportamento desempenhado por alguém.
Mais do que isso, o que eu vejo é que autoestima baixa é, às vezes, simplesmente uma crença. A idéia de que é assim que as coisas são.
Eu fiz uma outra pergunta importante a essa cliente:
"Como você sabe que tem uma autoestima baixa?"
Sua resposta foi óbvia:
"Eu fico dizendo pra mim mesma que eu não tenho valor, que nada vai dar certo na minha viada... Essas coisas."
Ao que eu respondi:
"Ah, sim... Você sabe que tem uma autoestima baixa porque faz essas coisas. Se você parar de fazer essas coisas, de dizer a si mesma que as coisas não vão dar certo etc... O que acontece?"
"Se eu parar, é porque minha autoestima subiu."
Percebe o paradoxo?
Continuei:
"Então... Que tal parar de fazer essas coisas?"
"Não posso. Minha autoestima é baixa."
O que aconteceu, de fato, com essa mulher?
Repare: Se eu digo a mim mesmo que não tenho valor, então eu tenho a autoestima baixa. Além disso, eu sei que tenho a autoestima baixa porque digo a mim mesmo que não tenho valor.
Ou seja: é como se a autoestima fosse um cachorro que correndo atrás do próprio rabo.Tostines vende mais porque é fresquinho, ou é fresquinho porque vende mais? Quem veio primeiro: o ovo ou a galinha? Chamamos essa estrutura de linguagem de "referência circular". Como fugir disso? Existem muitas coisas diferentes que qualquer um pode fazer para responder a essa pergunta: "como aumentar a autoestima?"
Aqui estão algumas delas e, claro, há outras:
1 - Simplesmente perceba a referência circular e reconheça: não é possível explicar a realidade de maneira eficiente utilizando argumentos circulares nesse caso. Trate de pensar sobre autoestima de maneira diferente.
2 - Você tem perseguido algo que, tecnicamente, não existe. Você "reificou" uma palavra. Ou seja: tratou-a como se existisse, mas ela não é "de nada". Autoestima é uma palavra abstrata. Mágica. Que não tem substância. Remova-a do seu vocabulário. Ela é um fantasma que tem assombrado sua vida.
3 - Simplesmente dê a si mesmo a permissão para declarar que tem uma autoestima elevada. Decida que, a partir de hoje, você tem uma autoestima no topo, cem por cento do tempo.Não é que você a terá no futuro. Trate-se como se tivesse autoestima elevada a partir de hoje.
4 - Recuse-se a acreditar que você não tem poderes sobre as palavras que saem da sua boca. Você diz o que quer sobre si mesmo. É responsabilidade sua passar a dizer coisas diferentes e mais edificantes a respeito da sua própria vida.
5 - Não confunda o seu valor como ser humano com o sucesso das suas empreitadas. Se você depender de acertar para ver a si mesmo como alguém de valor, todas as vezes em que errar será tentado a achar que você não presta. Seu humor será sempre uma "montanha russa" se você continuar vitimizado pelos seus insucessos.
6 - Aprenda a dar valor a si mesmo sem depender que outras pessoas façam o mesmo
Esses são alguns insights bem importantes sobre autoestima
Fonte: Rodrigo Santiago Meta-Coach e Diretor Regional da MCF Brasil
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