Há um frisson nas ONGs. Há um desespero no setor do Ministério Público que vive das causas ambientalistas. Há um pânico entre aqueles que tomaram posse da Amazônia e querem decidir o que é bom e o que não é para o povo que, à base de muito sacrifício, nela vive. O governador do Amazonas ousou, sem consultar e nem pedir a benção a toda essas magnânimas autoridades, fazer o que um governador faz: decidir em benefício do seu povo e não de organismos internacionais, os que vivem dando pitaco na soberania alheia, apoiados por organismos apinhados de teóricos e ideólogos. Amazonino Mendes liberou o garimpo de ouro no rio Madeira, incluindo a região de Humaitá, pertinho de Porto Velho e de Manicoré, onde o Ibama e CMbio e suas parceiras “não governamentais”, são os grandes e poderosos comandantes. Provavelmente a legislação vai cassar a decisão, porque é de competência federal (e do amicíssimo das ONGs, Sarney Filho), a palavra final sobre áreas de garimpo. Mas Amazonino ao menos teve a coragem de mexer no abelheiro, de avisar que essa terra não é terra de ninguém; que aqui podemos sim explorar nossas riquezas e que elas são nossas, não de organismos alienígenas, que defendem interesses internacionais. E que estão se lixando para o povo amazônido. Quando fiscais do Ibama, de forma arrogante e absurda incendiaram dragas e balsas, sem sequer o aval da Justiça, o conflito explodiu. Não há quem defenda os pobres e os trabalhadores, mas para defender essa heresia legal, até o Exército foi mobilizado. O povo do Amazonas não consegue mais se calar ante tanta injustiça, determinada por leis feitas sob medidas para atender interesses que não são os brasileiros.
Há risco de contaminação da água por mercúrio? Claro que há. Há outros perigos também. No entorno dos garimpos, nada é pacífico e nem politicamente correto. Mas, então, para que servem os órgãos de segurança? Apenas para incendiar bens dos trabalhadores? Ora, se o garimpo for mesmo legalizado, é só colocar polícia para policiar; ambientalistas para vigiar; Polícia Federal e Ministério Público para prender e mandar prender quem não agir dentro do correto. O problema é que muito mais simples ser ambientalista de ar condicionado, discursar sobre a contaminação dos rios só os vendo nos mapas. Tem é que estar onde as coisas acontecem e lá, ao vivo, presente, orientar, comandar e decidir. Quem adora discurso e falar besteira são artistas da Globo, enquanto se rigozijam nas belas praias cariocas. Amazonino não é carioca. Ele é “beradeiro” e conhece muito da nossa região. Bradou a espada da discordância. Pode até não dar certo, mas mostrou que há pelo menos uma voz que não aceita sermos mandados e desmandados por tanta gente, os que adoram aplaudir discursos dos interesses internacionais.
CASSOL É O ASSUNTO
Nas rodas políticas, desde a quarta-feira, o assunto é um só: Ivo Cassol vai ter condições de disputar o Governo, em 2018? Não há uma só conversa entre dois ou mais rondonienses ligados à política em que o tema não seja esse. As respostas ainda não complexas, como complexa é a legislação. Os pró Cassol têm certeza de que a condenação que o STF reduziu, poderá ser prescrita e ele estará sim, apto a entrar na briga. Os adversários, é claro, defendem exatamente o contrário: que mesmo com a prescrição da pena, Cassol não será habilitado pelo TSE para concorrer. Não importa se contra ou a favor, há uma verdade incontestável, comum a todas as opiniões: caso possa concorrer, ele se torna o nome mais forte para suceder Confúcio Moura. Raras são as pesquisas, realizadas em todas as regiões do Estado (com exceção de algumas, na Capital), em que Cassol não lidere as intenções de votos. Se puder concorrer, vai disputar contra dois pesos pesados da política: Maurão de Carvalho e Acir Gurgacz, ambos também com um eleitorado fiel e crescente. Se não puder entrar na briga, Cassol estaria já preparando um Plano B, envolvendo uma aliança com Expedito Júnior. Esperemos para ver...
A DONA DO CAFEZINHO
O salário básico do Presidente da República é de 30.900 reais, desde meados deste ano. Ninguém pode, ao menos na teoria, ganhar mais que ele. Há salários na Caerd, na quebrada Caerd; na ineficiente Caerd, que chegam muito perto desse valor. Por exemplo: um analista de Gestão e Negócios da estatal (seja lá o que isso9 signifique), ganha nada menos do que 26.285,51 reais, ou seja, um total de 85 por cento do vencimento oficial do Chefe da Nação. Claro que não é só esse o problema da companhia de águas e esgotos de Rondônia, mas é por aí que eles começam, com maior gravidade. Quando se começa a analisar mais a terrível situação financeira da Caerd, busca-se explicações. E estes salários exorbitantes fazem parte sim do pacote de maldades feito contra a empresa, nos últimos anos. Um técnico de nível superior, pode ganhar, na Caerd, até 23.475,72 reais, ou seja, mais ou menos também 85 por cento do que ganha um Ministro de Estado. A dona do cafezinho e da limpeza, se fosse trabalhar numa empresa privada, ganharia o salário mínimo ou pouco mais. Na Caerd, segundo informações de gente lá de dentro, ela ganha mais de 6 mil reais. Essa desgraceira é a herança que o Sindur e a Gestão Compartilhada deixaram para a população rondoniense pagar. É por isso, claro, que o Sindur odeia em falar na privatização. Com ela, acabaria a mamata...
A POLÍCIA E OS CELULARES
Toda a sexta, durante o período de final de ano, a Polícia Militar começa a operação Fecha Quartel. Tanto na Capital como no interior, todos os policiais que fazem serviços internos durante a semana, irão para as ruas, segundo anuncia o comandante, coronel Ênedy Dias. No total, só em Porto Velho, mais de 500 PMs estarão fiscalizando a cidade, tentando diminuir a violência que tem assolado a população da Capital. Embora o número de ocorrências tenha diminuído em relação ao ano passado, principalmente nos casos de crimes mais graves, o roubo de celulares, por exemplo, deu um salto. A PM orienta a população para que não use celular na rua, para não atrair bandidos. É uma orientação correta, mas o hábito do usuário é muito difícil de combater. Várias pessoas podem ser vistas andando e falando ao celular, gravando ou ouvindo mensagens de voz ou teclando. No meio da rua. Quando não na direção do carro. A distração – é óbvio que isso facilita a ação dos assaltantes, Se o usuário não se cuidar, não tem polícia que resolva esse problema!
OURO PRETO NA MIRA
Ações policiais contra políticos, ex políticos e até funcionários da Assembleia foram registradas nesta sexta. Em Ouro Preto, uma grande operação policial, que chegou a mobilizar dezenas de policiais, foi realizada novamente contra o ex prefeito e ex deputado Alex Testoni e alguns dos seus antigos assessores. Alex foi levado para depor, mas a Justiça negou o pedido de prisão contra ela. Não tiveram a mesma sorte dois dos seus antigos colaboradores, que estão na cadeia. O rolo atingiu também a Prefeitura da cidade, cujo prédio chegou a ser fechado pela operação policial. As denúncias, que segundo as autoridades, são graves, não foram informadas ao público. Já na Assembleia, um susto. Policiais civis entraram no prédio para executar um mandado de condução coercitiva. Felizmente, nada tinha a ver nem com o Poder e nem com algum deputado. A busca foi por um funcionário da Casa, que está respondendo a um processo desde quando atuava na antiga Secel, no Governo do Estado. Enfim, os prédios públicos foram alvos da polícia, embora em missões diferentes.
PREVISÕES BÍBLICAS
“Estarão em litígio pai contra filho e filho contra pai, mãe contra filha e filha contra mãe, sogra contra nora e nora contra sogra.. Tem mais: “O irmão trairá seu próprio irmão, entregando-o à morte, e o mesmo fará o pai a seu filho. Filhos se rebelarão contra seus pais e os matarão”. Quem tem alguma religião conhece essas frases bíblicas. Elas fazem parte das previsões para o final dos tempos. Em vários locais do Brasil, esses crimes estão se tornando comum. Em Porto Velho, só nessa semana, um filho matou a mãe a facadas, por causa de uma discussão com ela, porque, desesperada com o uso frequente de drogas pelo bandido, a mãe ameaçou denunciá-lo. Na mesma noite e também em Porto Velho, a poucos quilômetros do assassinato, outro jovem tentou matar a própria mãe. A sociedade está apodrecendo a olhos vistos, não há leis que consigam controlar essa violência e a complacência com crimes hediondos como esses, leva a quem acredita nos preceitos bíblicos, a achar que estamos mesmo indo para o final. Que parece, parece sim!
CENAS PATÉTICAS
As cenas de um vídeo que rola nos sites e na internet são patéticas. Nelas, um perigoso traficante, que cumpre pena em Buritis, porque em Ariquemes, onde deveria estar, não haveria local para “guardá-lo”, caminha tranquilamente por um supermercado, ao lado de um agente penitenciário. Ali, o detento encontra membros da família (mãe e esposa), as abraça, faz festa e, depois de fazer compras, junto com mais um agente penitenciário, vai para casa dos familiares, participar de uma festa. Tudo isso mostra a fragilidade do sistema prisional, onde alguns poucos agentes públicos (no caso, incluindo o diretor do Presídio, que também foi corrompido) conseguem destruir um sistema que poderia funcionar muito bem. O exemplo de Buritis, lamentável (acabou virando notícia nacional, nos telejornais da Rede Record, por exemplo), mereceria uma investigação pro funda dos órgãos de segurança e do Ministério Público, porque certamente por trás de tantas fugas dos nossos presídios, podem ter, sim, outros casos de corrupção. Está na hora de acabar com essa baderna e fazer com que os presos fiquem nas cadeias, cumprindo suas penas. Só neste ano, mais de 2.200 foram recapturados, depois de saírem facilmente dos presídios.
PERGUNTINHA
Na sua opinião, o senador e ex governador Ivo Cassol deve ser autorizado pelo TSE a disputar o Governo ou, pelo contrário, deve ficar inelegível, como sonham seus adversários?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires - Porto Velho/RO.
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