Tirando os parlamentares rondonienses, todos os interessados no aumento da cota estão na mira da operação Lava Jato de alguma forma. A votação ficou para o próximo ano e a sociedade acompanha atenta o desenrolar do caso.
Segundo as investigações da Polícia Federal a obra só começou após o pagamento de propinas à políticos como Aécio Neves (PSDB), Valdir Raupp (PMDB) e Ivo Cassol (PP). Pesquisadores e técnicos apontaram à construção da usina de Santo Antônio como responsável por uma tragédia socioambiental dentro da cidade de Porto Velho, culminando com uma grande enchente no ano 2014, deixando milhares de desabrigados e bairros literalmente soterrados pela areia do rio.
A suspeita é de que parte da bancada do Congresso, sindicalistas e agentes públicos, tenham recebido dinheiro para fazerem vista grossa em relação à forma como a obra vinha sendo tocada, desconsiderando as determinações contrárias de órgãos de fiscalização como Ministério Público Estadual – MP/RO e Ministério Público Federal – MPF. Vale ressaltar que as partes envolvidas negam as acusações.
Em meio à esse mar de lama, os representantes do consórcio responsável pela usina de Santo Antônio e lideranças do PMDB estão fazendo de tudo para que o legislativo rondoniense aprove um Projeto de Lei que vise aumentar o capacidade do reservatório da usina, ampliando seus lucros e o poder de destruição dentro de Porto Velho.
Grupos como o Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB, e moradores do distrito de Jacy-Paraná, andam aterrorizados com a possível aumento da área de alagação da usina, de acordo com eles, os impactos ocasionados pelo projeto inicial sequer foram sanados e agora uma nova área será destruída.
Casos os deputados rondonienses aprovem o aumento do reservatório, o projeto será rapidamente sancionado pelo governador Confúcio Moura (PMDB), que chegou a receber uma “intimação” do ministro de Minas e Energia para acelerar o projeto na casa de leis do estado. Confúcio é testemunha de defesa de Raupp em uma das acusações da Lava Jato e tem ligações diretas com diversos acusados de corrupção.
Tirando os parlamentares rondonienses, todos os interessados no aumento da cota estão na mira da operação Lava Jato de alguma forma. A votação ficou para o próximo ano e a sociedade acompanha atenta o desenrolar do caso.
Fonte: JH Notícias
Rio Madeira está condenado. Malditas Usinas!
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