Na semana passada, pelo menos 40 prefeitos de Rondônia foram à Assembleia pedir socorro. A iniciativa do encontro foi da Arom, a Associação dos Municípios do Estado e foi acatada pelo presidente Maurão de Carvalho. Os prefeitos queriam apoio do parlamento para pressionar o Governo do Estado a ajudar as prefeituras, liberando 100 milhões de reais, para que a maioria delas consiga terminar o ano ao menos sem risco de insolvência. A dramática queda na arrecadação e os altos custos de pessoal, são os maiores problemas, segundo os queixosos prefeitos. Claro que esqueceram de sublinhar também que, em muitos casos, são eles mesmos, sem competência administrativa, que têm parte importante da culpa da situação de quebradeira geral nos municípios. Mas nossas não estão sozinhas na crise que assola as comunidades brasileiras. Análise da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, aponta que 86 por cento das prefeituras do país têm situação fiscal crítica ou difícil. A Firjan diz que 2016 foi o ano com o maior percentual de prefeituras em situação difícil, de toda a série histórica do estudo, iniciada em 2006. O nível de investimento dos municípios atingiu o menor patamar em 10 anos. A situação em Rondônia está na média nacional. E o Governo diz que, mesmo que quisesse, não teria como ajudar os municípios com recursos para custeio, porque essa alternativa, no geral, é proibida pela Constituição.
No encontro da Assembleia, os prefeitos pediram recursos dos Fundos Estaduais (e isso o Governo tem mesmo em caixa, em torno de 240 milhões de reais), mas eles mesmos sabem que isso é impossível. Nem um só centavo dos fundos (do leite, do controle sanitário, do Fitha e todos os demais), pode ser usado fora da sua finalidade, sob pena de responsabilização do governante. Confúcio garante que quer ajudar os municípios e que tem feito tudo o que pode, mas no quesito de gastança, nada pode se consertar, além de medidas a serem tomadas pelos próprios prefeitos. Eles têm que cortar na própria carne; demitir, diminuir drasticamente os cargos comissionados, extirpar custos. Há casos em que a Prefeitura estava quase quebrada (segundo um importante membro do Governo) e está se recuperando, graças às duras medidas que tomou. Um dos exemplos disso é Rolim de Moura, que está conseguindo superar enormes dificuldades financeiras. O mesmo exemplo positivo, aliás, pode-se usar para Ji Paraná, que não tem crise. Já os prefeitos em crise querem dinheiro para pagar salários (o 13º inclusive) e o Governo diz que não tem como ajudar, sem burlar a lei. O impasse continua e não se sabe como a maioria dos prefeitos cumprirá seus compromissos de final de ano.
TEMER E O HOSPITAL DO CÂNCER
Nesta quinta-feira, dia 23, o presidente Michel Temer chega a Rondônia, pela manhã. Vai comandar a solenidade de inauguração do Hospital do Câncer da Amazônia, onde chegará às 10 horas, de helicóptero. O HC daqui é uma das melhores e mais respeitadas instituições de saúde no país. Foi construído, em Porto Velho, praticamente apenas com dinheiro de doações. Temer teve papel importante para o funcionamento do hospital, ao determinar que fossem apressados os processos burocráticos de credenciamento dele junto ao SUS. Sem isso, o HC da Amazônia não teria como funcionar. A pressão da bancada federal rondoniense foi importante, mas vital mesmo foi a ordem vindo do Presidente, que encurtou os meandros burocráticos. O que se lamenta é que, nessa dia festivo, aquela meia dúzia de sempre, composta por grupos de sindicalistas e simpatizantes da esquerda, estejam planejando um protesto contra o Presidente da República, que vem pela primeira vez à Capital rondoniense. Uma coisa absurda, misturar um momento importante para a coletividade, com a inauguração oficial de um Hospital do porte do que ganhamos, com a infernal politicalha que que queremos nos empurrar goela abaixo.
CONFÚCIO NAS AMARELAS - Claro que o assunto ainda não é oficial, até porque apenas comentado à boca pequena e entre um pequeno grupo. Mas sabe-se que em breve, pela primeira vez na história, um governante de Rondônia vai ganhar as páginas amarelas da Revista Veja, aquela das famosas entrevistas. O assunto começou a ser tratado dias atrás, quando o presidente do Grupo Abril, Walter Longo esteve reunido com Confúcio Moura e um grupo de pelo menos 20 personalidades do Estado, além de convidados especiais, como o ministro Blairo Maggi. Longo chamou de “revolução” a forma como Rondônia está sendo gerida e disse que tais avanços precisam ser mostrados ao restante do país. Há poucas informações a mais sobre o que foi tratado no encontro com as personalidades rondonienses, mas uma longa entrevista com Confúcio Moura para a Veja está alinhavada. A revista, que já foi uma das maiores do mundo, perdeu um pouco do seu poder e brilho, mas ainda é muito respeitada no país.
DOZE FERIADÕES NO ANO - Há quem faça discursos, berrando que precisamos trabalhar mais; batalhar mais; lutar todos os dias, para tirarmos nosso Brasil no atoleiro em que nos meteram. Não falta governante e nem político para defender essa bela teoria. O problema é sempre esse: da teoria à prática, há um longo, complexo e intransponível caminho. Enquanto produzimos muito menos do que deveríamos; enquanto ainda estamos engessados numa legislação trabalhista antiquada e amiga do retrocesso, mesmo com as reforminhas recém feitas; o que parece que a gente gosta mesmo é de festa. O que resto que espere, porque precisamos descansar. Não somos o país com mais feriados no mundo, mas pela nossa pobreza e necessidade que temos de sair do buraco, deveríamos ter muito menos. Como os feriados são feitos para funcionário público, que ganha mesmo que passe uma semana inteira sem trabalhar, 2018 teremos festa e mais festa de novo. Com um diferencial: haverá um feriadão a cada 30 dias. Doze feriadões no ano. Uma vergonha!
CASSOL E AS PESQUISAS - Há um dado relacionado com a eleição ao Governo que não tem mudado há vários meses, através de pelo menos uma dezena de pesquisas realizadas em várias regiões do Estado e por diferentes partidos: o ex governador e atual senador Ivo Cassol aparece em primeiro lugar em praticamente todas elas. Numa das últimas, feitas por um dos mais importantes partidos do Estado, Cassol aparece na frente em 51 dos 52 municípios rondonienses, perdendo apenas na Capital e para a deputada federal Mariana Carvalho, que, ao que tudo indica, não vai concorrer à sucessão de Confúcio Moura. Cassol tem enormes desafios pela frente na área judicial, onde tem sido tratado com extrema dureza e, em muitos casos, com exagero. Mesmo assim, tem vencido algumas batalhas em instâncias superiores e sua candidatura em 2018 depende principalmente do Supremo. Entre seus simpatizantes, amigos e correligionários, há otimismo de que ele possa mesmo concorrer, livrando-se de processos e condenações. Só se saberá mesmo nos próximos meses, quando chegar o período para a formalização das candidaturas. Por enquanto, os cassolistas não pensam em Plano B.
MILAGRE NO TRÂNSITO? - Existe milagre sim! Pelo menos ,em relação a algumas coisas que mudaram do dia para a noite em Porto Velho, essa afirmação parece verdadeira. Depois da inércia a que estava condenada há quase um ano, do dia para a noite a Semtran começou a funcionar como nunca, desde que Hildon Chaves assumiu a Prefeitura. Semáforos que estava m inativos há vários dias, todos, foram consertados em menos de 18 horas. Sinalização horizontal e vertical que estava desaparecendo, começou a voltar às ruas. Os agentes de trânsito, transformados em meros assinantes de multas em esquinas da cidade, de repente passaram a ir para o meio da rua, controlar o trânsito. O prédio da Semtran, que parecia abandonado, foi totalmente limpo e até pintado por seus próprios funcionários. Tudo isso em pouquíssimo tempo. Desde que foi confirmada a exoneração do especialista em trânsito Marden Negrão, que chegou com a missão de resolver o caos do trânsito na cidade, mas não deu um só passo à frente, as coisas começaram a mudar radicalmente. Até o presidente da Emdur, Breno Mendes, que não abria a boca para falar no assunto, correu para as redes sociais, mostrar que a Emdur e a Semtran estão trabalhando em conjunto. Milagre!
SENTINDO NA PRÓPRIA PELE
Sem a grana dos cofres públicos que jorrava para seus cofres, durante longos anos, a Central Única dos Trabalhadores, a CUT está em crise. Anuncia um programa de demissão voluntária, que, aliás, já foi acatado por Delúbio Soares, ex tesoureiro do PT, que recebia de salário, na entidade sindical, nada menos do que 15 mil reais. Era da turma do PT que enchia os bolsos, via CUT, com nosso dinheirinho dos impostos. Agora a torneira secou e os funcionários começam a ser instados a negociar. Só que tem gente dentro da CUT que já ameaça com greve. Não parece piada pronta? Durante anos, a entidade que infernizou o país com seu palavreado de ódio contra o capitalismo, vai ter que enfrentar uma paralisação dos próprios funcionários. Sentirá na pele o que significa uma greve. O assunto dominou a mídia nacional nos últimos dias, pelo inusitado. Mas recém começou. Com a nova lei trabalhista, que cortou o obrigatório imposto sindical, pelo menos cinco mil dos 15 mil sindicatos brasileiros vão ter que fechar suas portas, porque não terão renda alguma. Todos só viviam de dinheiro público e do imposto sindical obrigatório. The End!
PERGUNTINHA
Você aproveitou as ofertas da Black Friday no comércio ou está contando os centavos para suas futuras compras para o Natal, que já está batendo às nossas portas?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires - Porto Velho/RO.
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