As redes sociais bombaram, nos últimos dias, com duras críticas, mas também com postagens em defesa da administração do prefeito Hildon Chaves. Embora a coluna nada tenha de tucana, dessa vez há que se convir que os dois lados têm, cada um, alguma parcela de razão. Parte apenas, mas têm. Os críticos do governo de Hildon estão cobrando promessas de campanha. Alguns mais exaltados, silentes no governo de Mauro Nazif, que em quatro anos pouco fez para acabar com as alagações da cidade, agora exigem que o atual Prefeito resolva o problema em alguns meses, menos de um ano de duração de seu trabalho à frente da municipalidade. Mesmo assim, todos têm o direito de reclamar, até porque o próprio Prefeito pediu o apoio dos eleitores, porque prometeu cuidar de Porto Velho. No combate às alagações, ao menos até agora, fez muito pouco. Talvez em onze meses, fez mais ou menos o que Nazif em quatro anos. A verdade é que a situação da Capital é trágica, nesse quesito. Somente uma revolução na estrutura da cidade; um pacotaço gigante de obras estruturais; investimentos bilionários e muita vontade política de fazer as coisas, podem mudar esse quadro. Portanto, têm alguma razão os que protestam, mas não o tem quando exigem que o problema seja solucionado de imediato. Não o será nem por esse e nem pelos próximos cinco governos, que podem sim amenizá-los, apenas. Os defensores de Hildon também têm suas razões. Além da notória simpatia política pelo Prefeito, esses personagens que se digladiam nas redes sociais com comentaristas contrários, alegam que a grande culpa das alagações é da própria população, que transforma sua cidade num latão de lixo e joga tudo o que não presta dentro dos esgotos, das valas, dos canais. De sofás a barcos velhos, às famigeradas garrafas pet e tudo o que se pode imaginar estão lá. Também esses têm parte de razão, porque essa é sim, uma das principais causas pelo verdadeiro rio que toma conta de dezenas de ruas de Porto Velho, a qualquer chuva mais forte.
Não importa, a essas alturas do campeonato, quem apoia ou não apoia Hildon Chaves. O que a população precisa é de solução prática, de ação e não de troca de ofensas e críticas no campo lamacento das redes sociais. A Prefeitura tem sim que fazer sua parte, começando a resolver o problema das alagações, nem que seja em apenas alguns pontos mais dantescos. E o porto velhense em geral, precisa criar vergonha na cara e parar de jogar lixo nos locais onde que impedem o escoamento das águas. O que não dá é se ficar fazendo campanha política (dos pró e dos contra) pelas redes sociais, enquanto na vida real a situação dos moradores da Capital, com as alagações, se torna um inferno.
UM RIO BEM NO CENTRO
Ainda sobre o mesmo tema: não é possível ver a Rua Barão do Rio Branco, em pleno centro, ficar do jeito que fica, jogando água nos carros estacionados quase até o teto. Não é possível se ver ruas em vários bairros com quase um metro de água, sem se fazer nada. Há pouco mais de uma semana, várias pessoas que deixaram seus carros na Barão, bem no centro da cidade, tiveram grandes prejuízos, porque a água tomou conta de alguns desses veículos, inutilizando-os. Houve um caso em que, além da troca de peças do motor e várias outras, o dono do carro teve que trocar também todos os bancos do carro, destruídos com a água podre que invadiu tudo, durante algumas horas. O problema ali já dura vários anos e até agora não se encontrou uma ação qualquer que ao menos pudesse diminuir o poderoso volume de água que toma conta do local, inundando também barracas de ambulantes e inclusive invadindo as lojas ali localizadas. As cenas são dantescas, impressionantes. Quando as águas baixam, vê-se a sujeira que elas deixam e os danos causados ao comércio e aos coitados que estacionam inadvertidamente naquele local, em dia de chuva pesada.
MICHEL TEMER VEM DIA 23
A última visita Presidencial a Porto Velho foi rápida e pelo ar, apenas. A então presidente Dilma Rousseff sobrevoou a Capital, na grande enchente de 2014. Não molhou os sapatos. Daqui, partiu direto para Rio Branco, também embaixo d´água. Lá ela participou de carreata, foi recebida como a última Coca Cola do Deserto e ficou longo tempo, prometendo liberação de recursos para recuperar a cidade. Prometeu também para Porto Velho, mas nos dois casos, muito pouca grana chegou mesmo. Pois agora, mais de dois anos e meio depois, vamos receber um Presidente de novo. Michel Temer vem acompanhado do Ministro da Saúde, Ricardo Barros e de várias autoridades, para inaugurar oficialmente o Hospital do Câncer da Amazônia. Ele será recepcionado pelo governador Confúcio Moura e seus secretários e pelo diretor presidente do HC, Henrique Prata, junto com muitas autoridades locais. Temer vai percorrer o Hospital, conhecer seu funcionamento e comandar a cerimônia oficial de inauguração do Hospital, que já funciona há alguns meses e foi construído apenas com doações. A vinda de Temer está agendada para o próximo dia 23 deste mês, uma quinta-feira, pela manhã e foi confirmada pelo próprio Presidente em audiência com o senador Valdir Raupp e a deputada federal Marinha Raupp.
CERON: DÍVIDA BILIONÁRIA
A Ceron, hoje chamada de Eletrobras Rondônia (como se mudar o nome resolvesse alguma coisa!) é a segunda pior empresa do grupo Eletrobras, em termos de volume de dívidas. Quem mora em Rondônia sabe muito bem que ela não só é ruim em termos de dever demais! As deficiências vão muito além... Mas, enfim, a estatal, que deverá ser privatizada em breve, felizmente, porque a cada dia ela aumenta seus débitos, será leiloada por apenas 50 mil reais, mesmo valor de outras cinco no país. A Eletrobras do Amazonas tem a maior dívida entre todas, com quase 9 bilhões de reais e a “nossa” velha Ceron, deve mais der 1 bilhão e 900 milhões de reais. Claro que ninguém vai assumir esse pepino. Quem ganhar a concorrência vai pagar apenas 50 mil reais, para poder investir na empresa e torná-la viável. Adivinhem, então, caros leitores, quem serão os otários a pagar essa gigantesca conta de quase 2 bi? Isso mesmo! Acertou em cheio! Seremos nós, os eternos panacas, quem pagaremos tudo isso. Os responsáveis pelo rombo? Ah, esses vão dormir tranquilamente...
CRATERA NA 425
Recém construída e com os últimos trechos sendo asfaltados, a BR 425, que liga a BR 264 a Guajará Mirim, num trecho de aproximadamente 100 quilômetros, deveria ser exemplo de qualidade, pelo alto custo e pela demora no serviço. Mas não é o que se viu. Mais uma vez, a temporada de chuvas destruiu uma pista da rodovia, no quilômetro 56. Isso já havia ocorrido em função de fortes chuvas, mas quando resolveu o assunto, o Dnit anunciou que ele não se repetiria. Nesta semana, uma enorme cratera se formou novamente numa das e, por muita sorte, não houve algum acidente. O buraco está sendo novamente fechado e o que se espera é que, agora, o seja definitivamente. Não é possível que uma estrada tão importante para nossa região de fronteira, esperada durante décadas, ainda tenha esse tipo de problema, depois dos pesados investimentos feitos. Compreende-se que a região é extremamente difícil, ainda mais no rigoroso inverno amazônico, mas não há mais obstáculos que nossa engenharia não consiga superar. Portanto, a gente torce para que essa situação não mais se repita na 425, uma das nossas melhores BRs.
BANDIDO É O QUE NÃO FALTA
“Constata-se que o Poder Executivo, o Poder Legislativo e o Tribunal de Contas do Estado do Rio, que presumidamente deveriam ser autônomos, independentes, com dever de fiscalização recíproca, na realidade estão estruturados em flagrante organização criminosa com o fim de garantir contínuo desvio de recursos públicos e lavagem de capitais". Quem faz essa duríssima declaração, contra gente poderosa em vários poderes, é o delegado Alexandre Ramagem Rodrigues, da Polícia Federal, que nesta semana realizou mais uma operação, prendendo parte dessa bandidagem. As quadrilhas que tomaram conta do Rio de Janeiro, também em nível de administração pública (porque o crime organizado já manda naquele Estado há décadas), se instalaram no poder com o voto popular, conquistado em campanhas políticas compradas, feitas na base da mentira, na enganação, explorando a boa fé e a esperança da população carioca. O procurador geral do Estado, Alberto Gomes Aguiar, acrescentou: “segmentos empresariais pagavam rotineiramente propina para agentes políticos, não só no Legislativo mas também no Executivo e no próprio TCE, em troca de atos de ofício". Pobre povo do Rio!
UMA GRAVE DOENÇA VOLTOU
A penicilina foi descoberta por acaso. Sua primeira utilidade foi tétrica: ela foi usada para curar soldados atingidos pela sífilis, que, doentes, tinham que ser afastados dos campos de batalha. Com a descoberta, ficavam logo curados e podiam voltar às trincheiras, para matar e morrer. A penicilina surgiu durante a Primeira Guerra Mundial e, depois dela, salvou milhões de vida. A doença é terrível. Pode causar uma série de danos ao organismo e afeta o desenvolvimento de fetos, passa pelo risco de cegueira e pode matar, se não tratada há tempo. A doença voltou com tudo, em pleno século 21, depois de estar quase controlada no mundo todo. Em Rondônia, por exemplo, só neste ano, já foram confirmados quase 250 casos, a maioria deles em Porto Velho. Há pouca penicilina nos postos de saúde, até porque o medicamento não estava mais sendo necessário e só agora o Ministério da Saúde descobriu que a doença voltou com força. Milhares de casos foram detectados em várias regiões brasileiras. É preciso ter muito cuidado com a sífilis. Usar preservativo nos contatos amorosos é a melhor proteção, tanto para essa como para tantas outras doenças sexualmente transmissíveis, com a mortal Aids.
PERGUNTINHA
Você que é empresário da indústria ou se é lojista, se tem impostos e contas a pagar; se tem a responsabilidade de cumprir religiosamente com seus compromissos salariais e de direitos trabalhistas aos seus empregados, não está vibrando de alegria com mais um Feriadão?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires - Porto Velho/RO.
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