quinta-feira, 19 de outubro de 2023

SAÚDE - Fone de ouvido e cotonetes prejudicam a audição



Mais de 1 bilhão de pessoas correm o risco de perda auditiva devido à exposião prolongada e excessiva à música alta

O primeiro Relatório Mundial sobre Audição da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgado em 2021, estima que cerca de 2.5 bilhões de pessoas viverão com certo grau de deficiência auditiva no ano de 2050, e que pelo menos 700 milhões vão precisar de serviços voltados a recuperação. Os dados assustam, mas, segundo o otorrinolaringologista Felipe Lúcio Cordeiro Freitas, do Horp (Hospital de Otorrino E escialidades), em Rio Preto, o relatório chama a atenção para a importância dos cuidados preventivos.

Segundo a OMS, mais de 1 bilhão de pessoas com idade entre 12 e 35 anos correm o risco de perda auditiva devido à exposição prolongada e excessiva à música alta, seja pelo uso do fone de ouvido ou por frequentar eventos com som em alto volume. O especialista confirma que o uso abusivo de fones de ouvidos é hoje a grande ameaça à saúde auditiva. "A exposisão a rúidos sem proteção e o hábito de ouvir músicas em alto volume através dos fones provoca uma perda auditiva irreversível em longo prazo. A pessoa nunca conseguirá ter novamente a mesma audição de antes", exolica. "Por issoi, é muito importante que pessoas nestas condições procurem o médico para fazer uma audiometria pelo menos a cada seis meses", acrescenta.

Abaixo ao cotonete

Freitas destaca outro hábito muito comum e que pode gerar vários problemas auditivos: o uso indiscrimiando de cotonete. "Geralmente, a pessoa sente uma coceira, sente que tem um acúmulo de cera e acha que vai conseguir limpara usando o cotonete. No entanto, ela só empurra mais cera para dentro do conduto auditivo causando obstrução, o que pode gerar perda auditiva condutiva. Ou seja, a pessoa precisa ir até o médico para fazer uma lavagem do ouvido porque não consegue ouvir devido ao execesso de cera", sinaliza.

Ainda segundo Freitas, o cotonete pode ocasionar lesão no próprio conduto auditivo, ocasionando uma otite externa, que, conforme o grau de infecção, poderá demandar tratamento e antibiótvo.

A força da ciência

Entre os tratamentos e tecnologias de saúde disponíveis hoje para a prevenção e o tratamento de problemas auditivos, o médico do Hiorp destaca o teste da orelhinha, incorporado pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em 2006, como um grande avanço. "É possível identificar de forma precoce qualquer problema que possa afetar a audição da criança, lançando mão do tratamento em tempo hábil para seu desenvolvimento neuropsicomotor".

No rol de tecnologias e tratamentos, Freitas aponta a evolução dos procedimentos cirúrgicos para problemas como otite média crônica, geralmente ocasionada por uma  má formação óssea na região auditiva, além das próteses e dos implantes cocleares.

Fonte: Revista Bem estar / Jornal Diário da Região.

(SJRP)


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