BELINGERÂNCIA
Embora haja vários comentários nos meios políticos sobre uma suposta desavença entre Hildon Chaves, prefeito da capital, e o governador Marcos Rocha, em razão de uma postagem do prefeito nas plataformas criticando a CAERD por esburacar ruas com asfalto novíssimo e remendando de forma inadequada, não é verdadeira tal animosidade, segundo a coluna apurou com o próprio prefeito.
REAÇÃO
Após as críticas do prefeito à buraqueira causada nas ruas da capital pela Caerd, um serviçal governamental também foi às mídias sociais para rebater as críticas de Hildon Chaves. Em nome da Secretaria Estadual de Obras o servidor soltou o verbo de forma grotesca contra o prefeito. Uma reação entendida nos meios políticos como declaração de ruptura entre os dois governantes. Segundo Chaves, tudo não passa de fofoca política e que a relação com Rocha é respeitosa. Quanto à reação acerba do servidor o prefeito disse que não bate boca com serviçal.
PPP
A verdade é que no âmbito da Caerd, empresa estadual de saneamento e água potável deficitária, há uma preocupação enorme com a possibilidade do prefeito da capital firmar uma Parceria Público Privado (PPP) para o saneamento básico, o que impactaria sensivelmente as finanças da companhia.
PRIVATIZAÇÃO
Esta PPP está bem avançada e a prefeitura de Porto Velho pretende decretar a caducidade do contrato com a Caerd nos próximos três meses, abrindo caminho para a privatização do fornecimento da água e esgoto da capital.
MANOBRA
Caso tudo ocorra no cronograma da prefeitura de Porto Velho, em três meses a Caerd perderá a principal fonte de receita. Empresa hoje em estado de insolvência devido a um precatório milionário recheado de dúvidas que inviabilizou economicamente novos investimentos. A PPP, portanto, passou a ser uma alternativa à insolvência, embora o sindicato tente ideologizar o problema numa manobra que em outra época deu resultado, mas agora dificilmente vinga.
IRRESPONSÁVEL
É impressionante o silêncio dos órgãos ambientais do estado, especialmente da Secretaria de Meio Ambiente, com os impactos climáticos que levaram à maior crise hídrica regional, provocando nível baixíssimo no Rio Madeira. Por razões meramente políticas (política menor), a omissão dos órgãos governamentais sobre o problema beira à irresponsabilidade, além de gestores sem a mínima noção de sustentabilidade.
CRISE
A crise hídrica que assola nossas bacias hidrográficas afeta toda a cadeia produtiva, uma vez que impede a navegação, a pesca, o escoamento dos grãos e o isolamento de comunidades ribeirinhas. O Governo de Rondônia, por omissão, passa uma sensação de cumplicidade com os malfeitos ambientais.
ERRO
Por mera barbeiragem processual, o senador Jaime Bagattoli conseguiu escapar da Investigação Judicial Eleitoral que pugnava pela cassação do mandato. Mesmo com provas de uma robustez relevante de cometimento de crime eleitoral, o senador se safou ao arguir preliminares processualmente relevantes que o salvaram da cassação. Neste caso um erro terminou justificando o outro. Razão pela qual os juízes do Tribunal Regional Eleitoral foram obrigados a arquivar os autos por força do erro processual da parte requerente.
CRIMES
Embora no âmbito do TRE o senador tenha conseguido êxito, o relator do processo, desembargador Miguel Mônico, vislumbrando crimes supostamente de lavagem de capitais, entre outros, determinou o envio dos autos ao Ministério Público Federal para avaliar se há elementos suficientes para denúncias de crimes em outras esferas judiciais. Significa dizer que os problemas de Jaime Bagattoli com a justiça ainda não estão totalmente encerrados. E como são fatos anteriores à posse senatorial, sem a prerrogativa de foro, a tendência é que na hipótese de uma nova denúncia a decisão ficará a cargo de um juiz estadual.
INEXPUGNÁVEL
Inicialmente é obrigação de qualquer cidadão repudiar firme atos violentos contra a sociedade civil, idênticos aos ocorridos contra o povo judeu de Israel por um grupo extremista denominado Hamas. Foi uma ação covarde e inadmissível, assim como as reações desproporcionais do governo israelense na faixa de Gaza contra civis inocentes e desarmados. Um ato violento não justiça uma reação ainda mais violenta. O governo Israel tem ocupado territórios palestinos ao longo do tempo com um exército altamente treinado e com um serviço secreto considerado de excelência e até então implacável devido à alta tecnologia usada para antecipar ataques. A sensação de território inexpugnável ruiu com o ataque inesperado e planejado do Hamas, causando um número altíssimo de vítimas no próprio território israelense. Ninguém vai vencer essa guerra, mas os dirigentes e comandantes israelenses serão os perdedores e vão ser responsabilizados pela agressão sofrida. Quando o conflito acabar, acabará junto o governo do impopular e extremado Benjamin Netanyahu.
PRÊMIO
Os editoriais publicados do site Rondônia Dinâmica têm se notabilizado pela profundidade da abordagem dos temas. Não raro, essas abordagens têm agraciado os redatores com prêmios de instituições estaduais, a exemplo do MP. O site já venceu cinco disputas de melhores reportagens no MPE, e este ano é forte candidato a vencer o sexto com a matéria “Ao obter as primeiras condenações criminais, MP de Rondônia se destaca na vanguarda de resoluções de casos sobre atos antidemocráticos após eleição 2022”. Na matéria, o redator esgrime o vernáculo de forma investigativa ao rememorar os atos violentos de extremistas que fizeram todo tipo de ameaças e agressões nos municípios do Cone Sul, o que redundou em condenações criminais. Um texto primoroso merecedor do sexto prêmio.
ANTENA
Nesta terça-feira, 10, participei de um debate de rede estadual radiofônico do grupo Antena Hits, de propriedade de Dirceu Fernandes. Com Fernandes abordamos variados temas, em especial sobre sucessão municipal. O programa pode ser acessado no youtube pelo link: https://www.youtube.com/live/cFC-4OXD0yk?si=0TKTTI1hb4qqjc2G
Fonte: Jornalista Robson Oliveira / Porto Velho-RO.
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