Continua o papa Francisco:
Com efeito, a proximidade é um bálsamo precioso, que dá apoio e consolação a quem sofre na doença. Enquanto cristãos, vivemos tal proximidade como expressão do amor de Jesus Cristo, o bom Samaritano, que, compadecido, Se fez próximo de todo o ser humano, ferido pelo pecado. (...) E vivemos esta proximidade pessoalmente, mas também de forma comunitária: na realidade, o amor fraterno em Cristo gera uma comunidade capaz de curar, que não abandona ninguém, que inclui e acolhe sobretudo os mais frágeis.
A propósito, quero recordar a importância da solidariedade fraterna, que se manifesta concretamente no serviço, podendo assumir formas muito diferentes mas todas elas tendentes a apoiar o próximo. Neste compromisso, cada um é capaz de, «à vista concreta dos mais frágeis (...), pôr de lado as suas exigências e expectativas, os seus desejos de omnipotência (...): o serviço fixa sempre o rosto do irmão, toca a sua carne, sente a sua proximidade e, em alguns casos, até “padece” com ela e procura a promoção do irmão. Por isso, o serviço nunca é ideológico, dado que não servimos ideias, mas pessoas».
Para haver uma boa terapia é decisivo o aspecto relacional, através do qual se pode conseguir uma abordagem holística da pessoa doente. A valorização deste aspecto ajuda também os médicos, enfermeiros, profissionais e voluntários a ocuparem-se daqueles que sofrem para os acompanhar ao longo do itinerário de cura, graças a uma relação interpessoal de confiança. Trata-se, pois, de estabelecer um pacto entre as pessoas carecidas de cuidados e aqueles que as tratam; um pacto baseado na confiança e respeito mútuos, na sinceridade, na disponibilidade, de modo a superar toda e qualquer barreira defensiva, colocar no centro a dignidade da pessoa doente, tutelar o profissionalismo dos agentes de saúde e manter um bom relacionamento com as famílias dos doentes.
Tal relação com a pessoa doente encontra uma fonte inesgotável de motivações e energias precisamente na caridade de Cristo, como demonstra o testemunho milenar de homens e mulheres que se santificaram servindo os enfermos. (...)
Queridos irmãos e irmãs, o mandamento do amor, que Jesus deixou aos seus discípulos, encontra uma realização concreta também no relacionamento com os doentes. Uma sociedade é tanto mais humana quanto melhor souber cuidar dos seus membros frágeis e atribulados e o fizer com uma eficiência animada por amor fraterno. (...)”
FRANCISCO
Fonte: Claudio Pighin / Sacerdote - Belém/PA.
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