A Aneel, Agência Nacional de Energia Elétrica, cometeu uma das maiores injustiças contra a Energisa, a companhia de eletricidade de Rondônia, ao não conceder um “pequeno reajuste extra” de pelo menos 20% nas contas de energia elétrica dos consumidores do Estado a vigorar a partir do próximo mês de fevereiro de 2020. Vítima de uma feroz, injusta e sórdida campanha difamatória capitaneada principalmente pela classe política rondoniense, a empresa “tem feito das tripas coração” para atender, sempre dentro da lei, aos seus consumidores. A Ceron foi privatizada com a aceitação, a permissão e a anuência de toda a classe política do Estado, mas a Energisa “tem comido o pão que o diabo amassou” nas mãos dessa mesma gente, dos mesmos políticos, que hoje dizem solenemente estar defendendo a população contra os desmandos da empresa.
Não adianta esses políticos, muitos deles cheios de más intenções, espernear agora e fazer “charminho” só para encher de esperanças e impressionar os seus incautos eleitores. O aumento pode não ter vindo agora, mas virá depois em dobro, diluído mês a mês. É só uma questão de tempo. E ninguém vai reclamar. A Energisa é uma empresa capitalista baseada no lucro de seus donos. Não assumiu a antiga Ceron nem colocou dinheiro na “jogada” para levar prejuízo, pois quem faz proselitismo político e caridade social com o chapéu alheio são os políticos e algumas vezes o próprio Estado. E todos sabiam disto. Todos os políticos de Rondônia, que agora dizem estar insatisfeitos com a situação, também sabiam. Então eles venderam a velha Ceron a “preço de banana” para que todos nós tivéssemos diminuição nas contas de energia? “Me engana que eu gosto”.
Além do mais, muitos rondonienses não sabem o que é o Capitalismo selvagem. Por isso, saem por aí irresponsavelmente defendendo privatizações “a torto e a direito”. Achavam eles que os “gatos” a que muitos já estavam acostumados não teriam consequência nenhuma. A Energisa “botou no toco” e vai criminalizar um a um os ladrões da companhia. Só tem energia em casa quem pode. Várias centrais de ar condicionado, máquinas de lavar e outros luxos consomem muito. E ainda tem gente que se orgulha de ter colocado um “gato”. É óbvio que os excessos de ambos os lados têm que ser apurados, judicializados e punidos. Simples assim. Piada pronta: “Rondônia conquistou uma vitória, o resultado foi positivo”, falaram alguns políticos sem admitir que foram eles próprios que entregaram a Ceron “de mãos beijadas” para os forâneos.
do povo catalão, do povo basco ou dos curdos, que lutam como loucos e dão a vida e o sangue pela sua autodeterminação, os rondonienses entregaram sem nenhuma luta todas as suas riquezas para quem é de fora. Agora estão reclamando. É tarde. Deviam ter pensado antes. Entregaram o Beron, entregaram a Ceron, entregaram o rio Madeira com a sua exuberante natureza e as suas lindas cachoeiras, entregaram a floresta amazônica para o agronegócio tocar fogo nas nossas matas. “Todo o lucro para quem é de fora e nada para os nativos” é o mantra mais conhecido em Rondônia. Capitalismo e privatização são sinônimos disso que estamos vendo. E um aviso para os mais tolos: o nome da companhia de energia daqui é ENERGISA. Ela quer lucro e tudo fará para tê-lo. Se fosse uma empresa de cunho social mudaria o nome para Centrais Elétricas Irmã Dulce ou Madre Teresa de Calcutá. E por que não a estatizam de novo?
Fonte: Professor Nazareno - Porto Velho / RO.
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