Como sempre, o assunto relacionado com o tráfico de drogas e armas causa grande polêmica. Principalmente entre aqueles que vivem teorizando soluções mirabolantes para o problema. Os mesmos que defendem com unhas e dentes os direitos humanos dos bandidos. Que não querem que a polícia reaja à bala, ante criminosos e assassinos; que sugerem que a saída para os graves problemas de segurança pública virão com educação, com diálogo, como se bandidos entendessem essa linguagem que só os ingênuos ou mal intencionados entendem. Ou como se toda essa conversa fiada e palavreado difícil fossem diminuir a violência agora e não antes de duas gerações, pelo menos. Há ainda os que, cercados de segurança e casas com muros altos e eletrificados, acham que quando um Governador ameaça ir à ONU pedir socorro, já que o governo brasileiro não resolve, ele está apenas fazendo campanha política, porque não tem poder para resolver essas questões, única e exclusivamente de responsabilidade da União. Witzel quer que se feche as fronteiras do Brasil com a Bolívia, aqui mesmo em Rondônia e também no Mato Grosso; com o Paraguai, no Paraná e com a Colômbia, no Amazonas. O governador carioca criticou a Polícia Federal e o governo federal, por não policiarem as fronteiras e coibirem a entrada de drogas e armas, que alimentam o crime organizado.
Claro que há algum exagero. Não é tão simples assim fechar as fronteiras. Haveria tantos problemas práticos, que a medida, se tomada, num arroubo de loucura, seria revertida em poucas horas. Um evento desses causaria enorme dano não só aos nossos vizinhos, como também ao Brasil. A ideiam, por si só, parece apenas uma história criada por um desequilibrado, para tentar convencer alguns malucos a praticá-la. Mas é claro que a intenção do juiz de Direito, hoje Governador, era outra. Witzel, é óbvio, usou mais de retórica do que algo a ver com a vida real. Sua principal intenção, certamente, foi colocar o dedo na ferida. Não há como reduzir a criminalidade enquanto ela tiver acesso tão fácil às drogas e, principalmente às armas que vêm dos nossos vizinhos. O Governador carioca sabe do que está falando. Só nos primeiros oito meses desse ano, sua polícia apreendeu 400 fuzis, dos mais diferentes tipos. Todos nas mãos de traficantes. A meta é apreender pelo menos outros 100, ainda este ano. As toneladas de cocaína e maconha que inundam os morros cariocas e são vendidas país afora, dão razão a Witzel. O que ele quer, na verdade, não é fechar fronteiras, mas vigiá-las. E isso o Brasil não faz, há décadas. Sem uma vigilância intensa e competente nas bordas do país, nada diminuirá o tráfico tanto das drogas como do armamento de guerra, que só os bandidos têm acesso. Witzel berrou. Quem sabe será ouvido, enfim?
HORA DE DAR FIM À BADERNA - Uma das pragas, entre as piores heranças que o petismo nos deixou, foi o incentivo à ilegalidades, em nome de ideologias e interesses políticos. Dependendo da cara do freguês, o Estado fechava os olhos para a lei, a Constituição e os direitos de quem não era da turma. As invasões de terras, incentivadas, foi a grande prova disso. O fechamento de rodovias federais, principalmente, foi outra. Ora, ao fechar uma BR, quem protesta está cometendo crime grave, impedindo o sagrado direito de ir e vir de todos, os que nada têm a ver com o motivo da contestação. Essa prática se tornou comum, ao ponto de virar piada. Qualquer motivo, por fútil que fosse, se tornou mote para fechar uma rodovia. Nesse início de semana, Rondônia viveu de novo essa lamentável experiência. Pais de alunos que ficaram sem transporte escolar, no Distrito de Jacy Paraná, fecharam a 364 nos dois sentidos. Compreende-se, claro, os motivos da revolta. Contudo, não se pode aceitar que haja reação criminosa à falta de atenção em algum tipo de serviço público, Já há outra ameaça, agora pela falta de atendimento a saúde, para fechar a rodovia, vital para a ligação do Acre e países vizinhos com o resto do Brasil. Virou a casa da Mão Joana. Está na hora de acabar com essa baderna!
HIRAN GALLO, UM DESTAQUE NACIONAL - O Conselho Federal de Medicina tem novo presidente, para um mandato de 30 meses. E tem novo tesoureiro nacional, que depois deste mandato que esta começando, será o Presidente da respeitada instituição nacional dos médicos até setembro de 2024. Parece confuso, mas não é. O rondoniense Hiran Gallo, um dos mais respeitados médicos do país, concorria ao comando do CFM. Seu adversário seria Carlos Vital. Os dois, com o aval de todos os conselheiros, decidiram dividir os dois próximos mandatos. Vital assumiu até 2022 e fica 30 meses no poder, com Hiran Gallo como tesoureiro. Em março de 2022, Hiran será o Presidente e comanda o órgão nacional até 30 meses depois. Hiran Gallo é um membro ativo do CFM há décadas. Ele representa 3.500 médicos rondonienses. Para se compreender a importância desse destaque nacional: São Paulo tem 185 mil médicos e o Rio de Janeiro tem mais de 100 mil. A presidência vai para um Estado que tem 45 vezes menos profissionais, em média do que os grandes Estados, Hiran Gallo é, portanto um orgulho para nosso Estado.
LÉO FALA A LINGUAGEM DAS RUAS - Uma posição firme, diferente da média da classe política, coloca o jovem deputado Léo Moraes, do Podemos de Rondônia, na vanguarda dos debates sobre grandes questões nacionais. Léo tem batido duro contra a Lei de Abuso de Autoridade, ao contrário da maioria dos seus pares, na Câmara Federal, que apoia a ideia. Para ele, “mais uma vez a classe política dá exemplo de que não quer fazer o que a opinião pública pede, pelas ruas do nosso Brasil. Com essa lei, vivemos um grande retrocesso, infelizmente apoiado pela maioria dos deputados e senadores”. Para Léo, medidas como essas e outras, que se somaram, advindas do STF, podem acabar com a Lava Jato e “inverter a lógica do combate ao crime organizado”. Com posições como essa, Léo acaba falando a linguagem da maioria da população, assustada com a possibilidade de que o sistema judicial seja profundamente afetado. Certamente a resposta sobre quem está certo nessa questão virá na hora das urnas.
QUEIMADAS: 50 POR CENTO A MENOS - Claro que as novas informações não tiveram nem um décimo da repercussão de quando as notícias eram ruins. Correu o mundo os exageros acerca das queimadas na Amazônia, que, obviamente, tinham a intenção clara de culpar o governo Bolsonaro, que, mesmo recém iniciado, foi responsabilizado sobre os números imensos de focos de incêndio na região. Claro que todos fizeram questão de esquecer que o maior volume de queimadas na floresta amazônica, tenha ocorrido nos tempos em que Marina Silva era a ministra do Meio Ambiente. Mas isso se tornou apenas um detalhe secundário. O importante era esculhambar o governo Bolsonaro, como se só agora as queimadas no país tivessem ocorrendo e pela primeira vez. Todas as mentiras, exageros, sacanagens, acabaram levando o Governo a uma reação dura. Os resultados apareceram logo. O número de queimadas em Rondônia e em toda a Amazônia, por exemplo, caiu cerca de 50 por cento. A média dos setembros era de 7.500 queimadas em média. Caiu neste ano para perto de 3.800. A mídia mentirosa e aparelhada, obrigada a dar a notícia, a deu em terceiríssimo plano. Mas, é claro, teve que engolir. A torcida contra o Brasil é imensa, mas a verdade é que estamos melhorando em muitas áreas. Na ambiental também!
SEMANA DA CPI DA ENERGISA - A quinta-feira, dia 3, marca o início da CPI da Energisa, criada na Assembleia para investigar a empresa que comprou a Ceron. O presidente Alex Redano e, principalmente, o relator Jair Montes, começam a preparar um calendário de convocações para depoimentos. Entre os convocados a depor, estará o nome de Sidney Sandrinni Queiroz, um ex funcionário da empresa na Paraíba, que há meia dúzia de anos atrás divulgou um duro dossiê com acusações contra ela. A Energisa reafirmou que está a disposição para prestar todos os esclarecimentos e enumerou, novamente, os pesados investimentos que está fazendo e ainda vai fazer no setor, em todo o Estado. Ela está vivendo um momento complicado, perante a opinião pública. O aumento significativo em praticamente todas as contas de energia causou esse dano de relacionamento. A CPI pode não resolver muita coisa em relação ao que a população terá que pagar, mas certamente poderá causar danos à empresa. Espera-se que a Comissão haja com bom senso e respeito aos princípios democráticos, para que não haja mais problemas que soluções, no contexto da situação, que já é complexa por si só.
LÁ VEM A PRIMEIRA EXPO PORTO - Nesta quarta, dia 2, começa a primeira edição da Expo Porto, a feira agropecuária de Porto Velho, que está voltando depois de praticamente oito anos de ausência. Certamente começará modesta, sem a grandeza que teve no inicio dos anos 2000, quando lotava com milhares e milhares de visitantes e realizava grandes negócios. Mesmo assim, é um recomeço. O pontapé inicial foi dado no sábado, quando foi realizada a cavalgada, do Espaço Alternativo ao Parque dos Tanques. Não foi, é claro, daqueles eventos de quase enormes agrupamentos de gente, como a Capital já assistiu nos temos da Expovel. Mesmo assim, houve boa participação de cavaleiros, de carros e gente a pé, movimentando a cidade e a preparando para a exposição, que inicia nessa quarta, feriado municipal em Porto Velho, pelos 105 do aniversário da cidade, com 50 expositores de vários setores do agronegócio e outras áreas. A feira encerra no domingo à noite.
UMA FAMÍLIA SALVA - O final da segunda-feira, felizmente, trouxe a boa notícia. O casal de avós e seus netos foram encontrados vivos, a 90 quilômetros de Vilhena, embora muito mais longe de sua cidade, Rolim de Moura. Eles havia sido raptados por bandidos que invadiram sua propriedade, na área rural de Rolim de Moura. Cada vez mais ousados e cada vez mais covardes, os criminosos estão atacando na zona rural e sempre procurando presas fáceis. Que vítimas menos aptas a reagir do que um casal de avós e seus netos, uma deles de apenas onze meses? A polícia agiu rápido e horas depois prendeu um dos bandidos com a camioneta roubada. Depois, o casal foi localizado, com as crianças. Espera-se que todos os criminosos sejam pegos e que passem muito tempo na cadeia, embora se saiba que com as leis que temos, polícia não acabará tendo que pedir desculpas por tê-los prendido?
PERGUNTINHA - Qual sua opinião sobre a decisão do ex presidente Lula em não aceitar começar a cumprir parte da sua pena em regime semiaberto, caso tenha que cumprir exigências com as quais não concorda, como a de usar tornozeleira eletrônica?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
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