terça-feira, 1 de outubro de 2019

EcoRodovias vence leilão de concessão da BR-364/365



Leilão para concessão de trechos das BR-364 e 365, que ligam Minhas Gerais e Goiás, foi realizado na sede da B3, em São Paulo
Tarifa será R$ 4,69; deságio de 33,14%
Trecho tem 437 km e vai de MG a GO
EcoRodovias venceu nesta 6ª feira (27.set.2019) o leilão da BR-364/365, que liga o Estado de Minas Gerais a Goiás. O grupo ofertou pedágio de R$ 4,69, que representa deságio de 33,14% em relação à tarifa teto estabelecida pelo governo federal, que era de R$ 7,02.
O certame marca a estreia do governo de Jair Bolsonaro na oferta de rodovias –tendo o processo de estudos sido iniciado durante o governo de Michel Temer, e as demais etapas conduzidas e concluídas pela atual administração. Não se trata, entretanto, do 1º leilão bolsonarista: foi a 27º concessão ligada à pasta da Infraestrutura realizada em 2019. Em março, por exemplo, o governo federal já havia ofertado 12 aeroportos e o trecho central da Ferrovia-Norte Sul.
O governo planeja conceder outros 16.562 quilômetros de rodovias até 2022, com expectativa de investimentos de R$ 34,9 bilhões nos trechos durante o prazo dos contratos. A concessão da BR-364/365 integra o portfólio de projetos do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos).
A EcoRodovias será responsável por ampliar, explorar, recuperar e monitorar uma rota de 437 quilômetros, que atravessa 11 municípios brasileiros, nos próximos 30 anos. A previsão é que sejam investidos R$ 4,5 bilhões, sendo R$ 2,06 bilhões em obras e R$ 2,51 bilhões em custos operacionais.
O trecho faz conexão com as rodovias BR-050 e BR-153, consideradas 1 importante corredor para o escoamento da produção agroindustrial do sudeste goiano e do Triângulo Mineiro.
O grupo levou a concessão após ofertar o maior desconto em relação ao valor estabelecido do governo. Na abertura dos envelopes, os outros 2 participantes do certame –Silva e Bertoli e o consórcio Way– apresentaram ofertas de R$ 5,75 e R$ 5,82, respectivamente.
Esse modelo, por menor tarifa ofertada, deve ser usado no próximo certame de rodovias, da BR-101 em Santa Catarina. Nos outros, o governo deve adotar 1 regime “híbrido”, que combinará lances pela menor tarifa e pela maior outorga a ser paga à União.
Entre as obras previstas no edital de concessão, está a duplicação de 44,2 quilômetros de pista, a colocação de uma terceira faixa em 134,3 quilômetros, além da implantação de 88 quilômetros de acostamentos. A previsão é 3,6 mil empregos diretos e indiretos sejam criados.
Os envelopes com as propostas foram abertos nesta 6ª, na sede da B3, em São Paulo. Pelo twitter, Freitas comemorou o resultado do leilão:
A partir de agora, a ANTT (Agência Nacional dos Transportes Terrestres) vai fazer a verificação da documentação do consórcio vencedor. Em seguida, a diretoria da agência deverá homologar o resultado do leilão. A assinatura do contrato de concessão está prevista para ocorrer até dezembro e o início das operações do consórcio deve ocorrer até janeiro.
Em nota encaminhada à imprensa, Marcello Guidotti, Diretor financeiro da EcoRodovias, afirmou que a concessão tem sinergia com outros ativos que já estão no portfólio do grupo. “A nova concessionária tem sinergias significativas com as nossas concessões atuais, em particular com a Eco050, o que permitirá mais eficiência nas operações destas rodovias.”
O grupo EcoRodovias administra duas concessões próximas da BR 364-365: a Eco050 (que liga o município de Cristalina, em Goiás, até Delta, na divisa de Minas Gerais com São Paulo) e a Eco135 (nas proximidades de Curvelo até o Município de Montes Claros). O portfólio também conta com Ecovias e Ecopistas, em São Paulo; Ecoponte, no Rio de Janeiro; Eco101, no Espírito Santo; Ecosul, no Rio Grande do Sul; e Ecovia e Ecocataratas, no Paraná.
Fonte: Poder 360.com.br

COMENTÁRIO DO BLOG: Sou contra a privatização, principalmente de Rodovias, pois pagamos um "calhamaço" de impostos, sendo que está incluso a conservação das rodovias. Um absurdo, pagamos duas vezes pelo mesmo serviço. Todos os governos estão vendendo o País. Lamentável. Perdemos, nós o povo, sempre.



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