Foram algumas horas apenas, mas não pareceu um eternidade? Foi pouco tempo, mas foi de causar pânico. Como viver sem o Wattsapp, sem o Face Book, sem o Instagram? Quem consegue desgrudar do celular e viver apenas a vida real, nos dias de hoje? Nesta quarta, durante horas, uma instabilidade na internet e principalmente nesses três sistemas, na Europa e no Brasil, deixou alguns milhões de pessoas próximas ao desespero, imaginando que teriam que voltar à idade da pedra, sem seu amado celular, aquele que as retira da realidade e lhes coloca num mundo totalmente diferente, só com o toque dos dedos. Quando há qualquer problema na internet, seja corrigido logo ou demorando algum tempo, é notório o pavor no rosto das pessoas, ou pelo menos na grande maioria, que já não consegue pensar em sobreviver sem seus apoios eletrônicos e sem a vida virtual a que se habituaram. “A Internet cairá e quando isso acontecer, viveremos ondas de pânico mundial. Nossa única possibilidade é sobreviver às primeiras 48 horas. Para isso temos de construir —se me permitem a analogia— um bote salva-vidas”. Quem disse isso, em 2014, foi o famoso filosofo Dan Dannet. Os botes salva vidas, para ele, são formados pelo antigo tecido social de organizações de todo tipo, que se viram quase aniquiladas, com a chegada de internet. “Algumas tecnologias nos tornaram dependentes e a internet é o máximo exemplo disso: tudo depende da rede”, resumiu. O filósofo tem certeza: “a internet é maravilhosa, mas temos que pensar que nunca fomos tão dependentes de algo. Jamais. Ao pensar a respeito, é bastante irônico que o que nos trouxe até aqui, possa levar-nos de volta à idade da pedra”, argumenta.
O filósofo Dannet faz o que mais gosta: filosofa: “da invenção da agricultura, há 10.000 anos, a cultura evoluiu de um modo puramente darwiniano, mas a chegada da tecnologia acelerou esse processo, até um ponto imprevisível. Quem compra música agora? E livros? O mesmo pode ser dito do cinema ou de qualquer outra disciplina artística. O papel da cultura mudou completamente, exatamente o mesmo que acontece com a religião. E a tecnologia tem um papel muito relevante em tudo isso”. E conclui: “O que digo não tem nada de apocalíptico, pode falar com qualquer especialista e lhe dirá o mesmo que eu, que é questão de tempo para a rede cair. Só o que digo é que deveríamos preparar-nos: antes costumava haver clubes sociais, congregações, igrejas etc. Tudo isso desapareceu ou vai desaparecer. Se tivéssemos outra rede humana pronta... Se você soubesse que pode confiar em alguém, em seu vizinho, em seu grupo de amigos, porque previram a situação, não estaria mais tranquilo?”, pergunta Dennett. Não é hora de começarmos a pensar em tudo isso?
PARECE ATÉ DEBOCHE DA ANEEL
Nesta sexta, a partir da iniciativa da deputada federal Mariana Carvalho, se discutirá se os aumentos da energia elétrica em Rondônia, considerados abusivos, podem ser revogados através de um decreto legislativo da Câmara Federal. Audiência pública para tratar do tema está marcado para a manhã da sexta-feira na Assembleia Legislativa. Deve levar muita gente para discutir o assunto. Mas, em enquanto isso, o que vale mesmo são as decisões da Aneel, que não dependem da aprovação de ninguém, a não ser dela mesma. E a agência que controla os preços da energia já decidiu: neste mês de julho, a conta de luz virá com acréscimo. Soa como deboche, num momento em que toda a comunidade rondoniense protesta contra o que está pagando à Energisa; quando a Justiça Federal do Acre já mandou devolver aos consumidor valores cobrados a mais e quando se debate intensamente o tema. Pois para a Aneel, não tem papo! A conta virá com acréscimo da já famigerada “tarja amarela” (calma! Ainda tem a “tarja vermelha”, que é bem pior), mais uma forma rebuscada, cheia de termos técnicos e enrolações, para avançar, ainda mais fundo, no bolso do consumidor.
QUE VENHA O MERCADO LIVRE!
Com tudo isso, se amplia ainda mais a responsabilidade do senador rondoniense Marcos Rogério, que é o relator de um projeto de lei que pode abrir o mercado da energia elétrica para todas as empresas, autorizando o consumidor que gaste menos de 500 kilowats/hora, a comprar sua energia no mercado livre, escolhendo a empresa que a vender mais barato. O consumidor poderá optar por uma empresa como o faz na questão das operadoras de celular que pode escolher, optando pelo custo de determinadas horas do dia numa fornecedora e em outros horários noutra, sempre buscando o menor preço. Será o fim do monopólio da energia e o fim das cobranças abusivas. Mesmo com todas as pressões que têm sido alvo, para que tudo continue como está, se Marcos Rogério considerar que essa opção é a melhor para o país e o projeto for votado no plenário do Congresso, certamente será sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro. Daí, se abrirá um novo contexto para o fornecimento de energia no Brasil e será o fim dos preços abusivos. O mercado é quem regulará os valores.
OS BANDIDOS VÃO GANHAR, DE NOVO?
O sentimento de revolta se mistura com profunda tristeza, pelo que se viu no Congresso Nacional, nesta terça-feira. O show de horrores, praticados por desesperados amigos de ladrões, querendo inocentar o chefe Lula, que está na cadeia e criminalizar o ex juiz, um dos mais probos e respeitados brasileiros, foi daqueles momentos em que se deveria colocar, no lixo, essa parte da História do nosso país. Quando os amigos dos bandidos começaram a tratar Sérgio Moro como meliante, chegando ao ponto de apontá-lo como chefe de quadrilha (lamentavelmente, um deputado, desses que têm muito explicar, um malandro que comete uma ofensa dessas, é eleito, não está lá por si só, ou seja, representa muita gente), chegou-se ao ápice da canalhice, da sem-vergonhice, da defesa da bandidagem contra o Brasil do bem. Quando a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, enrolada em várias denúncias de recebimento ilegal de dinheiro público, insinuou que Moro e a mulher dele poderiam ter contas no exterior, apenas levantando uma podridão muito semelhante à que é a essência dos ladrões petistas e seus aliados, deu vontade de desistir de ser brasileiro e de ser cumpridor das nossas leis. Se nesse país os suspeitos de serem criminosos não só saem ganhando, como ainda podem ser eleitos eternamente, não há mais o que se imaginar que possa acontecer de pior. Pobre Brasil! Pobres de nós!
OS DOIS FINALISTAS SE ENFRENTAM...
A campanha pela sucessão municipal em Porto Velho já começou. E começou quente. Dois dos principais candidatos, os mesmos que se enfrentaram no segundo turno na eleição passada, estarão novamente frente a frente, nas urnas, na disputa em 2020. O prefeito Hildon Chaves tem usado as redes sociais, seus seguidores e parte da mídia para prestar contas do seu trabalho, anunciando muitas obras, algumas em andamento, outras que ele ainda promete realizar. Nessa semana, destacou investimentos de mais de 30 milhões de reais na produção e compra de asfalto, para melhorar dezenas de ruas da Capital. Enquanto isso, o deputado federal Léo Moraes, que tem como principal objetivo político ocupar a cadeira de Hildon, a partir do ano que vem, tem feito muitas críticas ao atual mandatário de Porto Velho. Nessa semana, Léo denunciou na Câmara Federal que há dezenas de serviços paralisados na cidade e incluiu aí algumas da área federal, como a de água e esgoto, protestando que mais de 200 milhões de reais de obras atrasadas ou paralisadas. Exageros à parte, de ambos os lados, a verdade é que, se a eleição fosse hoje, os dois teriam muita chance de serem novamente finalistas. No contexto atual, dois dos que poderiam atrapalhar os planos de ambos seriam o jovem advogado Vinicius Miguel e o ex governador Daniel Pereira. Mas é bom lembrar que falta ainda quase um ano para o inicio da campanha. Até lá, muita coisa pode mudar.
PLANTIO DE SOJA PROIBIDO
Mais de 1 milhão de toneladas de soja serão produzidos no Estado, apenas esse ano, em mais de 334 mil hectares de lavoura. Nossa produção cresce ano a ano e já temos mercados cada vez maiores. O que chega agora, para grandes compras, é o mercado chinês, que em breve estará comprando algo em torno de 300 toneladas/mês. A produção no Estado, contudo, corre riscos de ser atingida pela praga da ferrugem asiática, que pode atingir as lavouras, caso não sejam tomadas medidas preventivas. Uma delas é a proibição do plantio, para o chamado vazio sanitário, que começou em junho e vai até o final da primeira quinzena de setembro. Com essa e outras medidas, em que os produtores estão sendo orientados pela Seagri e pela Idaron, os riscos de contaminação pela ferrugem asiática, que pode destruir lavouras, é praticamente zero. Portanto, o alerta está dado. Até meados de setembro, nada de plantio de soja no Estado. Depois, sem o risco de praga na produção, tudo volta ao normal.
UM LUGAR DE QUALIDADE PARA AS MULHERES
Enfim Porto Velho vai ganhar uma Delegacia da Mulher decente, bem instalada e ainda com apoio de assistência médica e psicológica. A ideia foi do deputado Dr. Neidson, de Guajará Mirim, imediatamente abraçada pelo presidente da Assembleia legislativa, Laerte Gomes, para que uma parte do prédio antigo da ALE seja destinada à implantação de uma Delegacia decente, com estrutura e que possa dar atendimento de qualidade às mulheres. “Já comecei a verificar as questões legais para isso. Esse gesto faz parte da minha luta em favor da mulher vítima de violência, para evitarmos o feminicídio. As mulheres precisam de atendimento digno”, escreveu Laerte nas redes sociais ao mesmo tempo em que elogiou a iniciativa do seu colega Dr. Neidson, ressaltando que o parlamento fará de tudo para dar melhores condições de atendimento às mulheres. Não há ainda uma data definida para a mudança, mas se sabe que a nova Delegacia estará bem localizada e que terá, ainda, um Centro Humanitário de Atendimento à Mulher. Enquanto isso, o Ministério Público trabalha arduamente também para que a Delegacia atenda 24 horas por dias e aos finais de semana. As medidas estão sendo tomadas numa cidade onde os ataques às mulheres tem se repetido com frequência e com cada vez mais violência.
PERGUNTINHA
Depois do que aconteceu nesta quarta, com um verdadeiro Bug na redes sociais, principalmente no Brasil e em vários países europeus, quanto tempo você acha que conseguiria viver sem internet, sem WattsApp e aplicativos, antes de entrar em pânico?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
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