Uma super via, que ligaria países, continentes e culturas, estaria nos planos de Vladimir Yakunin, presidente da entidade que administra as ferrovias na Rússia. De acordo notícia divulgada pelo The Siberian Times, a ideia é construir uma autoestrada transiberiana que ligaria a fronteira oriental do seu país com o estado do Alasca, nos Estados Unidos, atravessando a faixa de mar do Estreito de Bering, que separa Ásia e América do Norte. O projeto foi revelado em uma reunião da Academia Russa de Ciências de Moscou.
De acordo com uma simulação do canal CNN, na teoria, uma estrada ligando Londres ao Alasca, via Moscou, percorreria a gigantesca distância de 12.978 km. Para se ter uma ideia, o Brasil é banhado pelo Oceano Atlântico, contando recortes do litoral, ao longo de 7.408 km. Um voo transatlântico, de 11 horas, entre São Paulo e Londres, atravessa algo como 9.500 km.
A autoestrada seria construída ao longo da já existente Ferrovia Transiberiana, juntamente com uma nova rede ferroviária, oleodutos e gasodutos. A estrada cortaria todo o território da Rússia, ligando sistemas de estradas existentes na Europa Ocidental e na Ásia. A distância entre as fronteiras ocidentais e orientais da Rússia é de aproximadamente 10 mil km.
Quem vai pagar a conta?
Em seu ponto oriental na Rússia, a obra ligaria a região de Chukotka, pelo Estreito de Bering, à cidade de Nome, no Alasca. Contudo, a grande pergunta é: como seria a ligação pelo mar ao longo dos 88 km do Estreito de Bering? Túnel? Ponte? Balsa? Ainda não há uma resposta sobre isso.
No caso da suposta estrada conduzir à isolada Nome, seria ainda necessário criar uma rodovia de aproximadamente 836 kms para fazer a conexão com o sistema de estradas nos EUA. A partir daí, seria possível chegar a muitas cidades canadenses e norte-americanas. No caso, pode-se sonhar com uma viagem terrestre entre Londres e Nova York que teria nada menos do que 20.777 km.
Agora vem a questão mais difícil: quem vai pagar a conta?. As respostas são vagas. Estima-se que o projeto custaria "trilhões de dólares", mas todo o dinheiro seria compensado pelo retorno econômico, de acordo com o projeto.
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