sábado, 4 de abril de 2015

OPINIÃO DE PRIMEIRA

O BURACO ANUNCIADO HÁ TEMPO CHEGOU. E AGORA?

Não dá para cobrir o sol com a peneira! A verdade é que o 2015 começou ruim e vai terminar muito pior para o Brasil, a continuar o mesmo ritmo de inflação, insegurança econômica e política; desastres naturais; povo nas ruas; desemprego batendo às porta e um racha ideológico, dividindo o povo em duas vertentes completamente opostas. E não foi par falta de aviso: nos últimos dois anos, os especialistas alertavam para o buraco que se aproximava. Nesse meio tempo, veio uma campanha eleitoral, tão ilusória quanto a árvore que deveria proteger os viajantes, no texto de Raimundo Corrêa. A presidente Dilma, usando de todas as armas, incluindo mentira deslavada e frases de efeito de marqueteiros, ganhou. mas parece que não levou. Em poucos meses, está tão isolada no Planalto, que já não se sabe se ela conseguirá mesmo completar o mandato que conquistou, usando as piores armas que a democracia permite. E Rondônia, neste contexto, onde fica? Ainda é uma incógnita, mas no que dependemos da União e de recursos federais, certamente iremos juntos para o poço. Ainda temos uma incrível e elogiada expansão do agronegócio, mas não se sabe se só ele conseguirá manter o barco no rumo do crescimento. Os contracheques, outro vetor fundamental da nossa economia, continuarão sendo pagos em dia, mesmo na crise?
Há setores importantes da nossa economia que vão sofrer muito. Um dos primeiros setores que está sentindo o baque é o comércio. O desemprego já bateu em muitas portas e pode piorar. Nossa indústria, no geral iniciante, ainda pode ser salva com as exportações. Soja e carne de qualidade continuam tendo grande aceitação no mercado internacional. Mas, afora isso,  como todo o Brasil, estamos correndo muitos riscos. Tomara que todos cheguemos inteiros no final deste 2015 tão perigoso!
 MULTAS PESADAS - Mesmo com muitas reclamações, a Sedam anda batendo forte no desmatamento no Estado. Durante os primeiros meses do ano, os fiscais detectaram mais de 500 hectares derrubados ilegalmente, em várias regiões de Rondônia. Resultado disso: mais de 130 multas, totalizando alguma coisa em torno de 3 milhões e 500 mil reais. Uma operação denominada Desmatamento Ilegal Zero foi realizada e o número de flagrantes dados com derrubadas ilegais surpreendeu até aos experientes fiscais. O trabalho da Sedam vai continuar e muito mais pesadas multas serão aplicadas. O aviso está dado...
 ZONA LESTE DECIDE! - Eleição em Porto Velho se decide na zona leste, comentava um político conhecedor dos meandros da Capital. Só lá, segundo números da Polícia Militar, vivem 350 mil pessoas em pelo menos 33 bairros, dos quais algo em torno de 120 mil eleitores, ou quart terço do eleitorado da maior cidade rondoniense. Se for real a informação, cerca de 40 por cento de todos os eleitores da cidade estariam concentrados nessa região, distante do centro e onde vivem as pessoas com menor poder aquisitivo. E é lá, no período eleitoral, que se concentra a correria pelo voto. Já antes das eleições...
 PROMESSAS, PROMESSAS.... - O TRE aponta que teríamos, agora, um número próximo de 300 mil eleitores em Porto Velho. Todos esses números são passíveis de contestação, porque não são oficiais, já que o último censo do IBGE é de 2010. Mas que a zona leste é decisiva, não há dúvida. No ano que vem tem eleição. A região, que teve alguns benefícios, ainda está distante de receber ao menos uma pequena parcela das promessas que têm sido feitas nas últimas campanhas eleitorais. Os candidatos vão de novo com toda a sede ao pote, na cata aos votos. Como serão recebidos pelos eleitores da área, já curtidfos de tantas promessas não cumpridas?
 O PIOR PASSOU... - Se não houver alguma surpresa, entre as tantas que a natureza tem criado, ultimamente, o risco de uma enchente do tamanho do ano passado, no Rio Madeira e na maioria dos rios do Estado, está afastado. Em 2014, no final de março, o Madeirão atingiu sua marca histórica, superando os 19,40 metros, alagando grandes áreas da Capital e praticamente isolando o Acre do resto do Brasil. Foi um ano terrível e suas consequências ainda são muito sentidas. Neste 2015, a tragédia passou pelo Acre, mas não chegou a Rondônia.
 CIDADES DÃO EXEMPLO - Um total de 5.368 municípios brasileiros estão inadimplentes, por causa irregularidades em convênios federais. Isso representa 96,5 por cento de todas as cidades brasileiras. Segundo a informação, nenhuma das 52 cidades rondonienses está no rol dos enrolados em convênios. Pelo menos até novembro passado, quando o levantamento foi feito, segundo o site UOL. O chefe da Casa Civil, Emerson Castro, comemorou as informações e destacou que um dos motivos para que isso ocorra, é a parceria do Governo do Estado com os municípios, realizando convênios para obras de infraestrutura e regularização fundiária, entre out4os benefícios.
 PERGUNTINHA - Como os moradores vão receber, na campanha eleitoral do ano que vem, os políticos que prometeram transformar a zona leste de Porto Velho num paraíso?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires

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