A prestigiosa marca alemã volta ao mundo das roadsters despidas com a F 900 R, de construção e acabamento perfeitos
BMW é sempre sinônimo de alta qualidade, excelência em engenharia e soluções técnicas inovadoras. A nova F 900 R não foge à regra; entretanto veja que curioso: o motor original, de 105 cv a 8.500 rpm não passou no limite de ruído imposto pela lei brasileira (mais rigorosa que a européia, a propósito). A solução adotada pela engenharia da marca bávara foi reduzir a potência, eletronicamente, em 20 cv, deixando o motor destinado ao mercado brasileiro com 85 cv a 6.750… Para minimizar a perda de performance, a redução da relação final de transmissão foi encurtada.
Posto isso, vale dizer que a F 900 R é uma bela roadster, uma daquelas motos que dá vontade de ter, de rodar 100 mil km com ela até ficar velhinho (ainda mais velhinho, no meu caso…). Ela resgata a tradição da marca nas motos de rua, mais simples, robustas e extremamente confiáveis.
A F 900 R vem em duas versões: Sport e Sport Plus. A diferença está principalmente na eletrônica embarcada.
A Sport Plus traz uma verdadeira parafernália eletrônica a mais, a saber: controle de tração dinâmico (a versão Sport tem ASC, controle de tração menos sofisticado, mas funcional); de freio motor; ABS sensível à inclinação (a Sport tem ABS comum); partida sem chave; quickshifter; modos de pilotagem Pro (a Sport tem dois: Rain e Road); preparação para GPS (a Sport oferece conectividade com o celular), aviso de pressão dos pneus, cruise control e spoiler sob o motor. Sai por 73.922 reais. A Sport, mais básica, custa 64.882 reais (Fipe, fev. 23). Talvez o pacote de bondades eletrônicas valha os 9,1 mil reais por ele cobrados; eu, honestamente, ficaria com a versão mais simples, que já tem suficiente apoio eletrônico a desempenho e segurança. Mas isso é pessoal.
DESIGN CONVENCIONAL
A BMW F 900 R tem um design bem moderno e atual, segue tendências, mas não se individualiza com forte personalidade própria, o que ocorre com as primas GS, por exemplo. Parte da combinação de bicos aduncos e ângulos marcados. A versão Sport Plus adota uma combinação de azul metálico e branco e a versão Sport vem apenas em preto, sem o spoiler inferior.
O desempenho do motor é ainda bastante agradável, e o torque de quase 9 “quilos” é mais que suficiente para seus 211 quilos em ordem de marcha, permitindo uma tocada ligeira, com boas pitadas de esportividade. Nas saídas de curva, por exemplo, em que a minha pouca experiência em pistas de competição deixava a rotação baixar excessivamente, a presença de torque nas médias compensava o erro, recuperando a velocidade prontamente.
As suspensões absorvem muito bem as ousadias de pista, promovendo, ao lado do chassi perimetral de vigas de aço estampado e soldado (balança traseira em alumínio injetado e sub-chassi traseiro de tubos), uma estabilidade surpreendente para a proposta que, apesar do nome da versão, não é puramente esportiva, mas uma motocicleta de uso geral, com alegria e status para o dia a dia e viagens. O amortecedor de direção ajuda em muitas situações, especialmente em terrenos ondulados e quando a frente levanta.
SEGMENTO DISPUTADO
A BMW F 900 R é uma motocicleta elegante, até certo ponto discreta e aparentemente robusta. Traz o acabamento impecável da marca, e também o valor agregado que o símbolo da hélice incorpora.
O segmento das roadsters de alta cilindrada é bastante disputado. Custando R$ 74 mil na versão Sport Plus e R$ 65 mil a Sport, a bicilíndrica BMW F 900 R (85 cv) entra em confronto direto com as tetracilíndricas Kawasaki Z900 (R$ 57 mil e 125 cv) e Suzuki GSX-S 1000 (R$ 73,5 mil e 150 cv). Joga nessa quadra também a poderosa tricilíndrica Yamaha MT-09, de R$ 62,1 mil (115 cv) e a clássica –bicilíndrica como a F 900 R– Triumph Bonneville T120, de R$ 61,5 mil e 80 cv (preços Fipe fev. 23).
Como se vê muitas opções, em estilos bem diferentes. Mas a hélice azul, branco e preta só a BMW tem…
BMW F 900 R
R$ 73.992,00 (PLUS)
DIMENSÕES
Comprimento (cm): 214
Alt./larg. (cm): 113/81,5
Entre-eixos (cm): 211
Peso (kg): 126
Alt. do assento (cm): 81,5
Tanque (l): 13
MOTOR
2 cilindros paralelos refrigerados a líquido, 895 cc, DOHC, 8V
Alimentação: injeção eletrônica
Ignição: eletrônica
Partida: elétrica
Diâm/curso (mm): 86/77
Taxa de compressão: 13,1:1
Potência (cv/rpm): 85/8.500
Torque (kgf.m/rpm): 8,97/6.750
CÂMBIO
6 marchas em cascata, transmissão final por corrente
CHASSI
Quadro: viga dupla superior/ perimetral em aço estampado, com sub-chassi traseiro tubular
SUSPENSÃO
Dianteira: garfo telescópico hidráulico invertido, diâmetro de 43 mm, curso de 135 mm
Traseira: balança de alumínio com monoamortecedor de regulagem hidráulica da pré-carga de mola, ajuste de retorno e curso de 142 mm
FREIOS
Dianteiro: 2 discos de 320 mm com pinça de 4 pistões, fixada radialmente, com ABS
Traseiro: disco de 265 mm de Ø com pinça de 1 pistão, ABS
PNEUS
Dianteiro: 120/70 - 17
Traseiro: 180/55 - 17
Fonte: www.motopremium.com.br
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