terça-feira, 28 de setembro de 2021

Petrobras sinaliza aumento no valor dos combustíveis e diz que não vai mudar política de preços

Estatal justifica encarecimento do barril de petróleo no mercado internacional para novo reajuste; associação de importadores afirma que gasolina é comercializada com defasagem de 10% no país

Marcelo Camargo/Agência BrasilPetrobras sinaliza novo reajuste dos preços em meio ao encarecimento do petróleo no mercado internacional

Petrobras afirmou nesta segunda-feira, 27, que os combustíveis devem passar por um novo reajuste para cima nos próximos dias pela defasagem em comparação ao mercado internacional. Sem citar datas, o presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna, disse que a manutenção do valor do barril de petróleo tipo brent — usado como referência para a Petrobras — acima de US$ 70 força o aumento dos preços domésticos. “Acompanhamos o dia a dia desses movimentos, a permanência ou não de uma situação. Vemos o preço do brent se posicionar em um valor elevado, e está sinalizando realmente para a necessidade de reajuste do preço”, afirmou. A última alteração foi anunciada em julho, com o aumento dos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha nas refinarias. Segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o valor da gasolina no mercado doméstico está 10% defasado, enquanto o óleo diesel acumula diferença de 14%. A Petrobras afirma que evita passar aos consumidores os aumentos causados pela volatilidade diária e que pauta as mudanças de preços conforme as expectativas do mercado. “Não tomamos a decisão baseados em como está instantaneamente a defasagem do preço, mas sim a expectativa de manutenção ou evolução dela”, disse o diretor de comercialização e logística, Claudio Mastella.

preço médio da gasolina comum registrou nova alta na semana passada e segue acima da marca de R$ 6. Os dados foram obtidos por um levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizado entre os dias 19 e 25 de setembro. Segundo a ANP, o preço médio do combustível no Brasil chegou a R$ 6,092, mostrando um pequeno aumento em relação à última semana, quando o valor médio era de R$ 6,076. Além disso, o levantamento mais recente também mostrou que o preço máximo registrado pela ANP foi de R$ 7,236, encontrado no Rio Grande do Sul. Por outro lado, o Estado que registrou o menor preço mínimo foi São Paulo, com o litro do combustível sendo vendido a R$ 5,049. O preço médio do etanol também registrou alta e foi para R$ 4,715, enquanto o diesel registrou um pequeno recuo, indo para R$ 4,707. O aumento dos combustíveis é uma das principais forças que puxam a inflação para cima. A prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi a 1,14% em setembro — o maior valor desde 1994 —, e acumulou alta de 10,05% nos últimos 12 meses. O segmento registrou alta de 3%, liderada pelo encarecimento de 4,5% do etanol. A gasolina aumentou 2% — com acumulado de 39% nos últimos 12 meses —, enquanto o GNV encareceu 2%, e o diesel aumentou 1,6%.

Fonte: Joven Pan.com.br / Postado na cidade de São José do Rio Preto - SP.



Um comentário:

Anônimo disse...

Faz arminha que baixa.

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