quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Opinião de Primeira - CIGARRO AINDA MATA MAIS DE 18 MILHÕES DE PESSOAS POR ANO NO MUNDO. MERECE COMEMORAR QUEM CONSEGUIU DEIXÁ-LO

Nestes tempos de pandemia, lembremo-nos que há, também, muitas outras doenças graves, que matam milhões de pessoas. Em 12 de agosto de 2012, há oito anos, portanto, o jornalista assustado entrava no Hospital de Base para fazer um cateterismo, com o jovem cardiologista Daniel Mugrabi. Fumante inveterado desde os 15 anos, o personagem saiu mais assustado ainda, com o diagnóstico: ou parava de fumar naquele momento ou corria risco de que  seu coração não suportasse mais os danos do cigarro. Depois de quase 40 anos, o apavorado paciente nunca mais pôs um cigarro na boca. Não voltou a fumar. E o fez muito bem, porque em sua família, todos os homens, todos fumantes, morreram antes dos 65 anos de idade. Talvez por isso, cerca de 40 por cento dos brasileiros homens, segundo dados oficiais, deixaram o cigarro, enquanto ele foi abandonado por 44 por cento das mulheres, elas também, até o final dos anos 90 e primeira década dos anos 2000, as que mais fumavam e que mais corriam risco de serem afetadas por uma série de doenças. O Brasil registrou, em 2015, das mortes com relação direta ao uso do tabaco: doenças cardíacas (34.999); doença pulmonar obstrutiva crônica (31.120); outros cânceres (26.651); câncer de pulmão (23.762); tabagismo passivo (17.972); pneumonia (10.900) e por acidente vascular cerebral- AVC (10.812). Ou seja, apenas naquele ano, quando o número de fumantes já havia começado a cair, nada menos do que 146.216 pessoas perderam a vida, pelo pacote de males do cigarro. Para se ter ideia da grandeza do problema, a assistência médica associada ao tabagismo gerou, em 2015, quase 40 bilhões de reais em custos diretos. A perda de produtividade associada ao hábito de fumar, no mesmo ano, chegou a mais de 17 bilhões e 500 milhões em custos indiretos devido às mortes prematuras e incapacidades.

Fumar é a principal causa de câncer de pulmão, sendo responsável por mais de dois terços das mortes por essa doença no mundo. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que, até o final de 2019, foram registrados 31.270 novos casos de câncer de traqueia, brônquio e pulmão em decorrência do tabagismo: 18.740 em homens e 12.530 em mulheres. O câncer de pulmão é o segundo mais frequente no país. O consumo do cigarro vem caindo, mas mesmo assim, os números mundiais ainda são assustadores. Hoje, com menos gente fumando, mais de 1 bilhão e 100 milhões de pessoas usam o tabaco, em pelo menos 25 países, onde ele se concentra com maior força. Esse número se mantém desde o início da primeira década de 2000. Todos os anos, a média de mortos por causas ligadas ao cigarro tem se mantido na faixa entre 18 milhões de pessoas, no mundo inteiro. Não é fácil deixar o cigarro, um dos vícios mais complicados para se abandonar. Mas, quem tem juízo e quer viver um pouco mais, que faça como o jornalista que, há anos, não consegue sequer sentir o cheiro da fumaça do cigarro, sem se sentir desconfortável.

DE APAVORAR! MAIS 22 MORTES EM APENAS UM DIA
Era bom demais para ser verdade! Depois de vários dias com registros de poucos casos e poucas mortes, o coronavírus mostrou sua verdadeira cara nesta terça, quando entraram para as estatísticas números espantosos, que não haviam sido computados. Nada menos do que mais 22 mortes (12 em Porto Velho) estão no boletim divulgado no final da tarde. Algo lamentável, o que nos coloca perto das mil vidas perdidas desde o início de maio, quando o primeiro óbito foi registrado. Ou seja, em  103 dias, tivemos nada menos do que 866 mortes, numa triste média diária de mais de nove por dia. O número de infectados no boletim da terça, em relação ao de domingo, também deu um salto. Mais de 1 mil casos. Com 130.500 testes já realizados em todo o Estado, o número de contaminados saltou dos 44.372 do segunda-feira para 45.468 na terça, ou seja, um crescimento de 1.096 nesse curto período. Os leitos de UTI na Capital, que estavam na faixa de 75 por cento a  80 por cento da lotação, saltaram para  mais de 90 por cento de ocupação. A falta de cuidados, as coronafest, as aglomerações em banhos e festas privadas, sem a proteção necessária, colocaram o Estado, novamente,  numa situação extremamente preocupante. Pobres de nós!

CRESCE RELAÇÃO DOS PRÉ CANDIDATOS EM PORTO VELHO
Começa a se definir o quadro para a disputa à Prefeitura de Porto Velho, ainda com a indecisão dos nomes de Hildon Chaves e Léo Moraes. Antes, a situação era de que Hildon iria à reeleição, mas que Leo não iria. Agora, com a quase certeza desistência do atual Prefeito, a possibilidade de Léo Moraes voltar a pensar no assunto é concreta. Mas já estão numa extensa relação de pré candidatos, alguns nomes bastante fortes: Vinicius Miguel, Lindomar Garçon e Cristiane Lopes estão nesse grupo. O responsável pela nova cara de Porto Velho, hoje uma cidade muito bem iluminada, ao contrário do escuridão do passado, pode surgir como surpresa, com o apoio do prefeito Hildon: Thiago Tezzari. Seria ele a grande surpresa nessa eleição? Outra pode ser a decisão, na 25ª hora, do ex prefeito e atual deputado federal Mauro Nazif decidir concorrer também. O pacote de nomes novos tem mais de uma dezena de pretendentes. Talvez Ramon Cujui, com o fiel eleitorado do PT, possa aparecer com um pouco mais de destaque. Mas há ainda: Breno Mendes, Coronel Ronaldo, Coronel Chrisóstomo, Eyder Brasil, Jaime Gazola, Hermínio Coelho, Alan Queiroz, Fabricio Jurado, Leonel Bertolin, Samuel Costa, Pimenta de Rondônia. Vêm mais gente por aí...

O TRIO COM MAIS CHANCES E UMA SURPRESA VIÁVEL
Supondo-se que Hildon e Léo fiquem fora da disputa, o que só saberá, com absoluta certeza, mais para o final deste mês, teríamos pelo menos três nomes fortes para disputar duas vagas ao segundo turno: Vinicius Miguel, Lindomar Garçon e Cristiane Lopes. Obviamente que é tiro na Lua, até porque as surpresas podem virar qualquer previsão que se tenha antes da abertura das urnas. Lembremo-nos de Hildon Chaves, que saiu da rabeira da disputa para uma vitória eleitoral histórica. Caso entre na batalha, com o apoio de Hildon, do seu grupo político, do tucanato (Expedito Junior, Laerte Gomes, Mariana Carvalho, Maurício Carvalho e de lideranças como Expedito Neto, do PSD), Thiago Tezzari poderia entrar como um dos nomes mais fortes na disputa municipal. Ficaria, nessa elucubração, como um dos quatro com maiores chances. Dentre os que surgem como “novos”,  poucos teriam chances reais. Dessa vez não haverá o fenômeno Bolsonaro para apoiar algum nome e, mesmo que houvesse, o Presidente já avisou que não quer participar da eleição municipal no país, ao menos no primeiro turno. Portanto, o Coronel Chrisóstomo ou Eyder Brasil, bolsonaristas de primeira hora, não poderiam contar com esse diferencial. Ramon Cujuí, do PT, poderia surpreender? Muito difícil. Mas...Entre os demais, há alguns com chances, mas a maioria é de franco atiradores, que querem apenas popularizar seu nome.

ELEITOS EM 2010: SÓ DOIS AINDA TEM MANDATO
Na edição passada desse blog, lembramos os dez deputados estaduais mais votados na eleição de 2010. Os três primeiros foram Valter Araújo, Zequinha Araujo e Jesualdo Pires, o mais votado do interior. Dos três, nenhum está em cargo eletivo atualmente. E os outros 14? Por onde andam? Marcelino Tenório, Euclides Maciel, Lorival Amorim também não apareceram mais na vida pública, Amorim, que foi prefeito de Ariquemes, pode ser candidato novamente, nas eleições de novembro. Hermínio Coelho, o 14º mais votado, não se reelegeu. Pode ser candidato a Prefeito em Porto Velho. Está sem mandato. Vandevino Tucara, de Cacoal, também não se reelegeu mais. A professora petista Epifânia Barbosa, igualmente, não seguiu na política. O 17º mais votado em 2010, Edson Martins, continua deputado, em mais um mandato. O mesmo acontece com Adelino Follador, que em 2014 foi o parlamentar mais votado e reelegeu-se em 2018. Saulo Moreira, de Ariquemes, está sem mandato e é nome forte na disputa pela Prefeitura de Ariquemes. Uma das maiores perdas do parlamento foi Ribamar Araújo, que depois de vários mandatos como vereador e deputado, não se reelegeu. Concorreu a Prefeito de Candeias do Jamari na eleição/tampão, mas não se elegeu. Voltará à política? David Chiquilito, Edvaldo Soares, Ana da Oito e Flávio Lemos também não voltaram à Assembleia.

QUEIMADAS DIMINUEM, MAS AINDA ASSUSTAM
Voltamos, infelizmente, aos tempos das queimadas, que a grande maioria da população condenada sofre por causa da fumaça. Embora os números indiquem que temos menos fogo do que o ano passado, quase 500 focos contra cerca de 1.466 pontos de incêndio no ano passado, já existem dias em que Porto Velho, por exemplo, amanhece sob intensa fumaça.  Pior: as previsões tendem a piorar nossa situação. Para o Corpo de Bombeiros, nas próximas duas semanas vamos ter muito mais focos, mais fogo, mais fumaça. Em tempos de coronavírus, com muitas pessoas afetadas, com dificuldades de respirar, o fumacê das queimadas pode piorar a situação toda. Porto Velho, aliás, continua uma das cidades com mais queimadas da região norte. Diminuir radicalmente as queimadas, é missão não só das autoridades, mas de toda a população. Principalmente nas áreas rurais, no entorno da Capital, os produtores têm que buscar alternativas para renovação de suas áreas de plantações e pastagens.  

ROCHA:  APOIO ÀS POLÍCIAS E GUERRA À CORRUPÇÃO
 Numa entrevista coletiva realizada ontem, no Palácio, o governador Marcos Rocha, ao lado de membros da cúpula da segurança, falou sobre as ações policiais, principalmente da polícia civil, que estão sendo realizadas no combate a suspeitas de corrupção.  Rocha começou falando na batalha pela transparência em seu governo, hoje destacada nacionalmente; relembrou a criação da primeira delegacia especializada na luta contra a corrupção, fato inédito no país e sublinhou que as polícias, tanto a civil quanto à militar, têm total liberdade de ação, sem qualquer interferência do Executivo, para que realizem seu trabalho. Num pronunciamento que envolveu outros temas, como a guerra contra a Covid 19, o Governador rondoniense, especificamente sobre a questão das ações policiais, afirmou que “se houver qualquer ilícito, que os envolvidos sejam responsabilizados”, porque só assim, segundo ele, “a gente vai poder fazer a verdadeira mudança na sociedade”. Sublinhou que “o compromisso que assumi de combater a corrupção, vai permanecer intacto, enquanto eu for o Governador deste Estado”. Depois de parabenizar o trabalho que a PM e a civil têm feito também no combate ao crime organizado, Marcos Rocha fez questão de deixar claro que apoia integralmente as ações de suas equipes da segurança pública.

PERGUNTINHA
Você culpa a falta de cuidados de boa parte da população pelo retorno do grande número de casos e mortes pela Covid 19 no Estado ou acha que a culpa maior é das autoridades?

Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.

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