terça-feira, 18 de agosto de 2020

Motor a ar ou líquido: qual o melhor sistema de arrefecimento

Essa é mais uma das reportagens retiradas de nosso acervo – assim como os testes da Intuder 125 e BMW F 800 GS, publicados recentemente. Porém, com uma diferença: responde uma pergunta técnica, sobre motor. Afinal, qual o melhor sistema de arrefecimento, a líquido ou ar?
Motor a ar ou líquido, qual o melhor? Motores arrefecidos a ar se tornaram uma marca, por exemplo, da Harley-Davidson. Assim, fabricante adota a engenharia até hoje em praticamente todos seus modelos
É uma dúvida antiga, mas ainda atual graças a grande variedade de modelos à disposição no mercado nacional que adotam as duas estruturas. Dessa forma, a reportagem original foi publicada há quase dez anos e você pode conferi-la clicando aqui.

Motor: a ar ou líquido: qual o melhor sistema de arrefecimento

Pergunta: Gostaria de saber por que os motores refrigerados a água são mais potentes e silenciosos que os refrigerados a ar?
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Scott fabricada em 1928 arrefecida a líquido - em 1909 Alfred Scott fundou a fábrica em Shipley - Inglaterra onde fabricava as primeiras motocicletas com essa tecnologia
Scott fabricada em 1928 arrefecida a líquido – em 1909 Alfred Scott fundou a fábrica em Shipley – Inglaterra onde fabricava as primeiras motocicletas com essa tecnologia
De fato, os motores refrigerados a ar tendem a ser mais barulhentos e menos eficientes e é muito fácil imaginar o porquê.  Primeiramente, a jaqueta de líquido em volta do cilindro absorve bastante ruido e assim o motor fica mais silencioso. Além disso, durante o projeto do motor, os engenheiros determinam limites de temperatura de trabalho em uma faixa mais estreita de temperaturas e isso permite projetarem folgas mais justas, o qua também diminui o ruído.
Mais simples e barato, os motores arrefecidos a ar são quase unanimidade nas motos de baixa cilindrada (aqui a Honda CRF 230F)
Assim, durante o funcionamento a eficiência pode ser maior também porque pode-se projetar uma combustão com mais energia porque o arrefecimento forçado retira o excesso de calor das peças críticas, evitando a detonação (batida de pino) e o descontrole da explosão. Dessa forma, o resultado tende a ser um motor mais potente, silencioso e até mesmo com maior durabilidade porque o óleo pode trabalhar em temperatura mais baixa e não degradar tanto.
Entretanto, alguns modelos fogem à regra. É o caso da Dafra NH 190, movida por um motor arrefecido a líquido
Com o advento da regulamentação mais rígida nas emissões dos motores, a aplicação do arrefecimento a líquido facilitou muito o controle, afinal ao manter a temperatura mais estável a injeção eletrônica pode manter uma proporção de mistura ar-combustível no índice ótimo para melhor combustão, ajudando não só na qualidade do ar mas também na economia.
Portanto, em motores arrefecidos a ar essa proporção é inviável porque gera calor em quantidade acima da capacidade que os materiais tem de dissipá-la ao ar na temperatura ambiente. Ou seja, nesses motores a ar a mistura costuma ser mais rica para evitar um aumento excessivo de temperatura na combustão.
Fonte: Guilherme Augusto / Motonline.


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